Rubin Kazan – Spartak Moscovo (Premier League Rússia)
O que conta mais, as competições europeias ou a Liga nacional? Para os dirigentes do Spartak, uma escorregadela na Liga Europa soou a imperdoável e Dmitri Alenitchev deixou, rapidamente, de ser o treinador da equipa de Moscovo, para mais num momento em que parecia ter os poderes para organizar a equipa da melhor forma. Ainda assim, na Primeira Liga Russa somaram duas vitórias e partilham a liderança com o FK Krasnodar. À terceira jornada visita um Rubin Kazan que parece não descolar, apesar do enorme investimento feito na contratação de um novo treinador e de jogadores, com vistas a estarem na luta pelos primeiros lugares. Um ponto em dois jogos deixa bem evidentes as dificuldades para se impor.
O Rubin Kazan apostou forte e, para já, vê a sua equipa tremer ao fim de duas jornadas. Nada de anormal, se tivermos em conta que para Javi Gracia e para vários dos jogadores contratados se trata de uma estreia na Primeira Liga Russa. Adaptações automáticas são algo que raramente acontece. O calendário nem sequer terá pesado muito nas dificuldades do conjunto de Kazan, que empatou em casa frente ao Amkar Perm e se viu derrotado pelo Arsenal Tula, equipa que no confronto da primeira jornada tinha cedido por 0-4 frente ao Spartak Moscovo. Problemas de adaptação para o técnico Javi Gracia, que encara a Primeira Liga Russa em toda a sua complexidade, mas também outro tipo de fragilidades se registam, com Alex Song a trabalhar para recuperar a forma e Maxime Lestienne ainda de fora devido a questões burocráticas. De fora neste encontro estará, ainda, Oleg Kuzmin, lesionado, num encontro em que é normal pensar que os jogadores do Rubin sentirão pressão para conseguirem um bom resultado, ainda que seja o adversário mais forte que terão que defrontar, esta época, na Primeira Liga Russa.
Onze Provável: Ryzhikov – Ustinov, S. Sanchez, Burlak, Nabiulin – Caktas, Ozdoev – Samu Garcia, Karadeniz, Ruben Rochina – Jonathas.
Um golo sofrido no minuto 88 da segunda mão da pré-eliminatória deixou o Spartak Moscovo de novo caído em crise, com a saída de um treinador que, a custo, lá ia tentando impor a sua vontade e organizar um grupo de trabalho que pudesse elevar a equipa da capital ao nível dos seus rivais campeões. Era uma tarefa difícil, tendo em conta a diferença de talento, mas possível, através de um conhecimento da Liga e de um entendimento das forças e das fraqueza da concorrência. A Liga até tinha começado com uma boa goleada por 4-0 frente ao Arsenal Tula, mas Alenitchev já não estava no grupo no segundo encontro, quando o seu antigo adjunto, o italiano Massimo Carrera, assegurou a segunda vitória na Liga, pela margem mínima, frente ao Krylya Sovetov. Num momento em que se discute quem será o novo técnico e quanto dinheiro haverá disponível para reforçar o plantel à sua vontade, os jogadores que fazem parte da equipa lidam com sensações mistas. A promessa parece ser de mais exigência e, logo, de melhores resultados, mas também parece claro que nem todos terão lugar assegurado na equipa dentro de algumas semanas. O ambiente é assim de concorrência e incerteza, o que haverá de complicar, e de que maneira, o trabalho de Carrera. Pesjakov e Ananidze, a recuperar de lesão, são as duas dúvidas no momento de fazer a convocatória.
Onze Provável: Rebrov – Kutepov, Bocchetti, Tasci – Eschenko, Fernando, Zobnin, Glushakov, Kombarov – Promes, Zé Luís.
Na temporada passada, o Spartak venceu o encontro disputado em Moscovo e empatou a dois golos na deslocação a Kazan.
Com a pressão a aumentar sobre o técnico do Rubin Kazan, a equipa moscovita terá que se manter muito unida para conseguir continuar com a sua série de vitórias da Primeira Liga Russa.