River Plate – Tigres (Taça Libertadores da América)
Fica hoje decidido o vencedor da Taça Libertadores 2015, com o River Plate a beneficiar de jogar em casa, no Monumental de Buenos Aires. Depois do empate alcançado no México, frente ao Tigres, sem golos, os prognósticos apontam o conjunto argentino como favorito. Ainda assim será preciso que, ao quarto encontro com este adversário na presente temporada – os outros três redundaram, sempre, em empates -, o River Plate consiga, finalmente, vencer. Marcelo Gallardo acredita que isso pode mesmo acontecer.
Para o River Plate, já o escrevemos aqui, a chegada à final da Taça Libertadores da América foi o culminar de um percurso surpreendente na prova. Acreditamos que até ao cruzamento com o Boca Juniors nos oitavos-de-final, a equipa nem teria esta prova no topo das suas prioridades, nem teria sentido ainda a capacidade para a vencer. Mas o episódio ocorrido nessa eliminatória terá sido um elemento fundamental da narrativa de Marcelo Gallardo no balneário dos “milionários”. Ironicamente, o River Plate chega ao jogo decisivo da prova reencontrando um adversário com quem partilhou o grupo. Na primeira mão da final, voltou a empatar, o resultado conseguido nas duas partidas anteriores entre estas equipas. Mas as mudanças operadas no plantel no River Plate entre a fase de grupos e a final também pesam na forma da equipa abordar estes encontros. Reforços como Lucho Gonzalez ou Javier Saviola podem não ser peças fundamentais na forma de jogar do River, mas são, seguramente, elementos centrais na abordagem que a equipa faz dos jogos. Rodrigo Mora falha o jogo devido a lesão, enquanto o próprio Marcelo Gallardo não estará no banco, depois de ter sido expulso no jogo do México.
Onze provável: Barovero – Mayada, Maidana, Funes Mori, Vangioni – Carlos Sánchez, Kranevitter, Ponzio, Bertolo – Cavenaghi, Alario.
O Tigres é aquele convidado incómodo que, contra todas as expetativas, acaba por se tornar no centro da festa. Nunca uma equipa mexicana foi capaz de vencer a Libertadores, mas o simples facto de atingir a final levou, já, a algumas críticas à CONMEBOL por abrir, desta forma, a sua principal competição de clubes. Se, por um lado, oferece maior competitividade às equipas da América do Sul e abre um mercado que é disputado entre as duas Confederações das Américas, o facto de atingir a final leva a que os outros clubes se sintam prejudicados no terreno de jogo. Passando para lá dos problemas de organização, a equipa do Tigres soube ler muito bem as fraquezas e as forças dos adversários nesta competição e atinge a segunda mão da final com a Taça ao seu alcance. Para o conquistar terá que ganhar fora, mas parece seguro que para os mexicanos, não será o ambiente do Monumental a ter algum tipo de efeito intimidatório. Esta é, aliás, uma das grandes forças das equipas mexicanas na Libertadores, visto que chegam de uma realidade competitiva muito elevada e estão totalmente familiarizados com a pressão. A dupla Rafael Sóbis/ Gignac, na frente de ataque, será a arma que Ricardo Ferretti tentará utilizar para chegar ao golo e estragar a festa argentina.
Onze provável: Guzmán – I. Jiménez, Juninho, Rivas, Torres Nilo; – Damm, Pizarro, Arévalo Ríos, Aquino – Sobis, Gignac.
O histórico de confrontos está definido. Três jogos, todos esta temporada, três empates.
Tigres | 0-0 | River Plate | Libertadores 2015 |
Tigres | 2-2 | River Plate | Libertadores 2015 |
River Plate | 1-1 | Tigres | Libertadores 2015 |
A jogar em casa, o River Plate entra como favorito à vitória nesta partida e à conquista da Taça Libertadores da América. O pequeno passo que basta para voltarmos a ter o River num Mundial de Clubes. Grande, como sempre se esperou que fosse.