A fase de grupos do Mundial de Basquetebol cumpriu com a generalidade das expetativas, não reservando especiais surpresas e dando a entender, ao longo das cinco jornadas, que a maioria das equipas aposta forte nos jogos a eliminar que se iniciam na tarde deste sábado, com os oitavos-de-final. Percorremos os quatro grupos desta primeira fase para os destaques, as desilusões e as promessas para a fase seguinte.
Grupo A
Destaque: Domínio espanhol. A jogar em casa, a ÑBA tinha poucas dúvidas de que mesmo numa fase de grupos com equipas complicadas, teria que ganhar todas as partidas. Assim foi. Melhor, fê-lo sem deixar qualquer dúvida quanto à superioridade da sua equipa. O segundo classificado, o Brasil, esteve muito longe do nível espanhol e, ao vencer por apenas por dois pontos frente à França, deixou claro que a sua medida está mais próximo da linha debaixo do que da linha de cima. Para os franceses, sem as suas principais estrelas, a presença nesta fase de grupos foi meritória e deixa-a com esperanças para os oitavos-de-final.
Desilusão: O Egito não tinha nível para estar presente neste Mundial. Pior ataque, pior defesa e nenhum vislumbre de competitividade, nem quando jogou frente ao Irão. Mau demais para estar nesta realidade.
Promessas: A Espanha vai jogar para o título e poderá jogar olhos-nos-olhos com os Estados Unidos. Todos os outros apurados poderão chegar aos quartos-de-final, ao terem duelos frente a equipas que estão ao seu alcance.
Grupo B
Destaque: Quem diria que a Grécia, sem Diamantidis ou Spanoulis, só para citar duas ausências, poderia ser a melhor equipa deste grupo? Fotsis Katsirakis, o treinador, é a resposta. Sabendo conjugar talento e sentimento, o treinador grego “criou” um verdadeiro candidato ao pódio, sendo responsável pela grande surpresa deste torneio. A Croácia, com altos e baixos, acabou em segundo lugar, mas deixa mais dúvidas do que certezas. O Senegal também surpreendeu ao superiorizar-se a Puerto Rico e à revelação das Filipinas.
Desilusão: Porto Rico. A lesão de Arroyo foi um preço demasiado elevado para uma equipa que dependia da sua dupla de bases. JJ Barea também nem sempre esteve ao nível necessário e com a responsabilidade a cair para os ombros de Renaldo Balkman, Porto Rico deixa a Espanha sem glória.
Promessas: A Grécia tem jogo para chegar bem longe na prova, tal a qualidade que apresentou nesta primeira fase. Mas atenção com as equipas que chegam do Grupo A. Brasil, França ou Sérvia são equipas capazes do melhor e do pior, um pouco à imagem de Croácia e Argentina. Há jogos onde tudo poderá mesmo acontecer.
Grupo C
Destaque: Anthony Davis e Kenneth Faried mostraram bem que, ao nível FIBA, os Estados Unidos podem estar sossegados, pois continuam a produzir talento que não pode ser defendido por jogadores que estejam fora do Universo NBA. A Turquia, sem brilhar, garantiu o segundo lugar e a República Dominicana e a Nova Zelândia acabaram por sais vencedoras na lotaria num grupo muito equilibrado.
Desilusão: A Ucrânia poderia ter chegado mais longe, mas num grupo onde não teve jogos fáceis, acabou por lhe ver escapar a oportunidade de pisar nos oitavos-de-final. Esperemos que o apoio à equipa se mantenha. Está ali uma geração de jogadores que poderão levar os ucranianos a conquistar pódios num futuro próximo.
Promessas: Com os Estados Unidos a cumprir formalidades até chegarem à final, curiosidade para perceber o que poderá fazer a República Dominicana nos oitavos-de-final, onde defronta a Eslovénia, depois de ter descansado nas jornadas finais da fase de grupos.
Grupo D
Destaque: Enorme Lituânia e fortíssima Eslovénia, as duas equipas fizeram a lei e decidiram o primeiro lugar num jogo de grande emoção no fecho da última jornada. Ambas as equipas mostraram condições para estarem entre as melhores, embora a Eslovénia tenha o “azar” de poder encontrar o Estados Unidos nos quartos-de-final.
Desilusão: A “ausência” da República da Coreia, que nunca se mostrou competitiva durante este Mundial, o fracasso angolano, que tinha talento para render mais, mas sem um foco competitivo constante, acabou por largar mão de vantagens e uma Austrália a deixar-se perder no jogo da última jornada para “fugir” aos Estados Unidos. Talvez lhe venha a correr mal a brincadeira.
Promessas: A Lituânia está lançada para atingir as meias-finais. Mesmo sem Mantas Kalnietis, as opções desta equipa podem mesmo levá-la longe. Seria enorme poder voltar a ter um Lituânia – Eslovénia nos quartos-de-final, mas o “caso australiano” roubou-nos a possibilidade. Austrália e México poucas ambições terão a partir daqui.
Os jogos iniciam-se na tarde de sábado. No Apostas Online teremos prognósticos para o melhor jogo de cada dia.