Um título que soará estranho, mas a verdade é que Portugal, frente à Letónia, voltou a sofrer para, no final do jogo, entender que tinha vencido com facilidade um adversário que terá aprendido bastante a ver os últimos jogos da seleção. Cristiano Ronaldo, numa grande penalidade, quebrou a capacidade dos letões em termos defensivos, mas nunca se viu a equipa adversária sair do seu desenho muito fechado. De certa maneira, a Letónia acreditou que mantendo a diferença mínima poderia, em algum momento, surpreender os portugueses. O seu primeiro sucesso foi indo frustrar uma equipa portuguesa que não desequilibrava.O segundo foi, aos 67 minutos, encontrar o espaço certo para empatar a partida, num lance de distração da defesa portuguesa no corredor central.

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Dois golos de Cristiano Ronaldo na vitória portuguesa

Só a partir desse golo Portugal acordou para a necessidade de mostrar outro tipo de jogo. Quaresma já tinha entrado para o lugar de Nani e a sua atividade a partir do flanco direto quebrou o acerto dos letões, que deixavam muitas vezes Quaresma livre por ausência de cobertura. Depois, com Gelson Martins no lugar de João Mário, Portugal abriu definitivamente o seu jogo a toda a largura do campo. William Carvalho surgiu na área a colocar Portugal na frente dois minutos depois do golo adversário. Cristiano Ronaldo e Bruno Alves fecharam a contagem. Portugal cumpriu com a sua obrigação, numa partida difícil, um pouco à imagem da Suíça que bateu as Ilhas Faroé por 2-0, tendo marcado o segundo tento também nos dez minutos finais.

Afirmação em tempo de dificuldades

A França não teve tarefa fácil perante a Suécia, mas ao vencer o seu encontro acabou por permitir também a afirmação da Holanda, que ultrapassou o Luxemburgo e está agora com os mesmos pontos do segundo classificado no Grupo A. Em Paris, a Suécia marcou primeiro, mas foi incapaz de conter o melhor ataque dos franceses. Já a Holanda, chegou ao intervalo empatada a um golo e precisou de um bis de Depay na segunda parte para alcançar o resultado esperado.

Também em sentido ascendente vai a Ucrânia, que aproveitou o mesmo tipo de situação no Grupo I. A Croácia afirmou-se no primeiro lugar, ao bater a Islândia por 2-0, deixando os ilhéus para trás. A seleção ucraniana recebeu a Finlândia, mas não encontrou facilidades. Uma vitória por 1-0, com golo de Kravets aos 24 minutos, foi o suficiente para subir ao segundo lugar.

No Grupo C, a vitória da República da Irlanda na Áustria oferece-lhe vantagem, depois de País de Gales terem empatado a sua partida. Ainda assim, neste caso, estaremos longe de perceber quem é o favorito, numa luta que se prepara para se desenrolar a três.

As evidências tomam o seu lugar

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Gnabry vezes três perante o frágil San Marino

Uma série de líderes vai tomando a liderança nos seus grupos. No Grupo B, a Alemanha goleou com facilidade em San Marino e tem agora cinco pontos de vantagem sobre o segundo classificado, que passou a ser a Irlanda do Norte, depois desta bater o Azerbaijão. A Polónia também está mais isolada no Grupo E, pois goleou na Roménia, por 3-0, tendo visto Montenegro quebrar na Arménia. Estando a vencer por 2-0, acabou por perder por 2-3.

Também a Bélgica deixou bem clara a sua capacidade ofensiva ao bater a Estónia por 8-1. Lukaku e Mertens, com dois golos cada um, foram figuras da noite. No mesmo grupo, a Grécia empatou no último minuto frente à Bósnia-Herzegovina, mantendo vantagem sobre o seu adversário, mas agora dois pontos atrás dos belgas. Por sua vez, a Inglaterra goleou no dérbi britânico, frente à Escócia, mantendo-se perseguida pela Eslovénia, que venceu em Malta pela margem mínima.

Finalmente, no Grupo G, Espanha e Itália continua o seu passeio. Ambos golearam por 4-0, espanhóis frente à Macedónia, italianos no Liechtenstein. A grande surpresa desta grupo surgiu no confronto entre albanenses e israelitas, com estes últimos, atuando fora, a conseguir aproveitar o descontrolo emocional da equipa da casa para vencer por 3-0.