Uma vitória magra por apenas 1-0, numa situação do encontro em que um erro da defensiva adversária acabou por gerar a oportunidade para Cristiano Ronaldo empurrar para lá da linha de golo, pode parecer pouco, mas estes foram três preciosos pontos conquistados pelos portugueses na sua caminhada para o Europeu de Futebol. Pouco importa se o adversário era a Arménia ou se, apesar de dominar o encontro, a equipa portuguesa continua a encontrar dificuldades para marcar. A equipa de Fernando Santos assumiu uma postura realista perante o apuramento e, no Grupo I, parece que portugueses e dinamarqueses se aprestam para tomar, definitivamente, os dois primeiros lugares, sobretudo depois da Dinamarca ter batido a Sérvia por 3-1 e ter lançado o caos sobre a equipa que já despediu Dick Advocaat.
Conferências de líderes
Vários confrontos do passado fim-de-semana tinham peso sobre os primeiros lugares de cada grupo. A Itália marcou passo na receção à Croácia que segurou assim o primeiro lugar, ainda que em igualdade pontual com os transalpinos. Num jogo marcado pelo mau comportamento dos adeptos croatas, dois golos no primeiro quarto de hora serviram para fechar o encontro. Noutro jogo disputado no domingo, a contar para o Grupo A, a República Checa superiorizou-se à Islândia, depois dos ilhéus terem entrado a ganhar. Kaderabek conseguiu o empate e Hallfredsson fez um autogolo que acabou por dar aos checos uma vantagem que poderá fazer a diferença entre o apuramento direto e o playoff.
A Áustria é agora líder isolado do Grupo G com quatro pontos de vantagem sobre a Suécia e cinco sobre a Rússia e o Montenegro. Um golo do avançado Okotie serviu para que os austríacos se transformassem numa das equipas com maior diferença em relação ao segundo classificado do seu grupo – só batida pela Inglaterra. No Grupo F houve mesmo mudança na frente, com a Irlanda do Norte a perder o seu primeiro encontro da Fase de Qualificação. Papp bisou na segunda parte do encontro e promoveu a Roménia ao primeiro lugar, posição que poderá permitir o regresso dos romenos à alta roda do futebol europeu, depois de alguns anos de afastamento na mudança geracional.
A revolta dos pequenos – parte II
Quando na antevisão destas partidas da “revolta dos pequenos” não estaríamos a imaginar que San Marino, Liechtenstein e Ilhas Faroé conseguissem somar sete pontos em nove possíveis neste fim-de-semana. San Marino foi mesmo a seleção a ter a performance mais humilde, conseguindo um empate caseiro frente à Estónia, sem golos, terminando assim com uma série de sessenta e uma derrotas! Já os seus “parceiros” foram mais espetaculares. O Liechenstein confirmou o crescimento do seu futebol, conseguindo bater uma equipa que tem estado um degrau acima da sua, a Moldávia. Ao bater os moldavos por 1-0, fora, com golo de Burgmeier, a equipa do Principado candidata-se a escapar ao último lugar do grupo. A grande surpresa foi, no entanto, protagonizada pelas Ilhas Faroé, que foi até à Grécia terminar com a curta carreira de Claudio Ranieri na frente da seleção grega. Edmundsson foi o homem do golo numa vitória histórica e que deixou a Grécia mais longe da presença no Europeu.