No domingo, José Mourinho e os seus rapazes viajam até ao Etihad para defrontar os campeões em título, contando por vitórias os quatro desafios disputados na liga inglesa. O arranque do City está longe de ser famoso e na antevisão ao jogo do fim-de-semana, David Silva dizia que não se podiam dar ao luxo de perder frente ao Chelsea, sob pena de dar aos principais rivais um avanço comprometedor.
Arranque lento
O bicampeão inglês é, reconhecidamente, uma das melhores equipas da europa. O seu plantel tem qualidade, dimensão e profundidade inatacáveis. Para cada posição tem pelo menos duas opções de elite e com as contratações de Mangala e Fernando taparam a única brecha numa armada quase invencível. Contudo, o início da competição não está a correr como seria de esperar. Em seis partidas oficiais, os Citizens perderam metade: a Comunity Shield para o Arsenal (3-0), em casa com o Stoke City (0-1) e o primeiro encontro da fase de grupos da Liga dos Campeões, com o Bayern de Munique (1-0). Nem parece deles! Ou será que sim?
Na época de 2013/14 o City também começou devagar e curiosamente, no que respeita às competições domésticas, finda a quarta jornada, o registo era o mesmo que é hoje – duas vitórias, um empate e uma derrota. Exatamente os sete pontos que agora acumula. E isso não os impediu de chegar ao fim das trinta e oito jornadas no topo da tabela de classificação.
Pressão do lado do City
Na antevisão do confronto de domingo, o médio espanhol David Silva dizia que o City não se podia dar ao luxo de perder com o Chelsea. Claro que a temporada mal começou, há ainda muitos jogos pela frente e muita coisa pode acontecer, mas, num campeonato tão competitivo, permitir ao principal adversário um avanço considerável pode tornar-se comprometedor. Silva desvaloriza o arranque e afirma que várias equipas têm elementos em baixo de forma, a participação dos jogadores no Mundial do Brasil, subsequente alteração do período de férias e preparação da pré-época explicam essa tendência. Pode ser. O facto é que Yaya Touré, por exemplo, uma peça-chave da dinâmica dos Citizen,s tem sido uma sombra de si mesmo nestes primeiros desafios em que participou. Em Munique, apesar de ter entrado em campo, primou pela ausência. E não é o único. Dzeko ainda não encontrou o caminho para a baliza desde que a temporada começou.
Ganhar vantagem psicológica
Mourinho sempre foi grande apologista de arrancar na máxima força e ganhar vantagem logo cedo. Não conseguiu fazê-lo no ano passado, em virtude de ter um plantel em reformulação, mas agora não facilita. Os reforços de verão deram aos Blues a dimensão de candidatos inquestionáveis a qualquer competição em que estejam envolvidos, a Liga Inglesa não é exceção. É verdade que o City também não começou da melhor forma a época anterior e acabou por recuperar terreno mas este ano as equipas do topo reforçaram-se para estar à altura dos campeões.
O treinador português entende como ninguém a importância psicológica e anímica de sair do Etihad com um resultado positivo. Tem a sua equipa a jogar a bom nível e, tendo em conta que foi o único a conseguir arrancar um vitória no reduto azul celeste no ano passado, certamente pretende repetir a façanha.
Boas Apostas!