Ao vencer na Madeira, o Benfica ficou ainda mais perto do título, que poderá ser festejado no Estádio do maior rival. O FC Porto mantém-se à mesma distância, enquanto na luta por um lugar europeu, o Estoril alcançou uma vitória muito significativa.
“Segunda parte à campeão”
Jorge Jesus definiu assim a segunda parte do Benfica frente ao Marítimo. Terá razão, o técnico. Não pelo domínio ofensivo que caracterizou os encarnados em algumas fases desta temporada, mas mais pela forma como soube gerir o encontro, atacando mas nunca deixando muito espaço para que o Marítimo utilizasse a sua poderosa transição. Depois do autogolo de Igor Rossi, aos 72 minutos, Jesus chamou até Carlos Martins e Roderick, para fechar atrás, evitando assim o golo madeirense.
O jogo começou com os encarnados a afirmarem a sua vontade de campeões. Márcio Rozário fez uma falta infantil sobre Lima, que o próprio aproveitou para transformar em golo, através de grande penalidade. Mas a partir daí, foi o Marítimo quem encheu o relvado do Estádio dos Barreiros. A segurar bem a bola, explorando a velocidade de Héldon e Sami, com Suk a lutar e a desgastar a última linha encarnada, o Marítimo chegou ao golo por Igor Rossi, que cabeceou para o fundo das redes de Artur depois de várias jogadas de insistência perto da área.
No final do jogo, os encarnados festejaram como verdadeiros campeões. Era sabido que os dois jogos desta última semana, frente a Sporting e Marítimo, eram decisivos para que o Benfica viajasse ao Dragão com a vantagem do seu lado. Falta ainda enfrentar o Estoril, em casa, mas os jogos considerados mais complicados foram ultrapassados. Com a mesma dedicação e precaução, os encarnados vão dando passos seguros para segurar o primeiro lugar na Liga ZON Sagres.
FC Porto faz o que pode
Os azuis e brancos tinham colocado a pressão do lado do Benfica, ao receber e vencer o Vitória de Setúbal por 2-0. A equipa sadina optou por jogar com um esquema bastante defensivo, criando dificuldades aos portistas. Durante a primeira parte, a baliza de Pavel foi-se mantendo inviolada, mas no segundo tempo surgiram, finalmente, os golos. Lucho González e Defour foram os autores.
A equipa do FC Porto ainda falhou uma grande penalidade, podendo ainda lamentar a lesão de Alex Sandro, que foi substituído ao intervalo. O Vitória, relativamente sossegado em relação à manutenção, tentou conquistar um ponto mas não tinha qualquer hipótese de discutir a partida, escolhendo, como escolheu, oferecer a bola ao adversário e esperar que os 90 minutos passassem depressa.
Estoril cheira a Europa
Grande passo para o Estoril na luta pela Liga Europa. A receber o SC Braga no seu estádio, o Estoril começou a perder, com Mossoró a abrir o ativo aos 17 minutos. No entanto, na segunda parte, e com o apoio do vento, a equipa da Linha conseguiu mudar a história do jogo. Douglão, com um autogolo, e Steven Vitória, a finalizar uma fabulosa jogada do ataque canarinho, mudaram o resultado e colocaram o Braga em situação mais difícil para chegar à Liga dos Campeões.
Para piorar a situação bracarense, o Paços de Ferreira conseguiu pontuar em Guimarães. Num estádio vazio, Tiago Rodrigues colocou a equipa da casa na frente, mas Luiz Carlos conseguiu empatar. Amido Baldé voltou a colocar o Vitória na frente, mas Caetano, ao isolar-se aos 87 minutos, certificou o empate final.
Em Alvalade, outro episódio da luta europeia. Diego Capel abriu o marcador com classe, a passe de Bruma, mas o mesmo jogador ofereceu a bola a Mateus, na segunda parte, para que este assistisse Candeias para o golo do empate. Fechando o ciclo, Bruma, uma vez mais, surgiu já perto do fim a cruzar a bola para que Marcos Rojo fizesse o golo da vitória leonina. O Sporting é agora, com o Rio Ave, a equipa que espera uma escorregadela do Estoril para poder alimentar as esperanças europeias.