Com os olhares concentrados no clássico entre Sporting e FC Porto, onde os Leões assumiram o primeiro lugar isolado, é bom não esquecer que Vitória de Setúbal e SC Braga se mantém, com o Benfica, no segundo lugar da Liga NOS e com os olhares no topo.
Sporting a somar, FC Porto a crescer
Foi um grande clássico, o disputado entre Sporting e FC Porto este domingo. Os Leões saíram vencedores, acabando por se mostrarem mais fortes a gerir os ritmos do encontro e a saber quando e como mudar para atingirem os seus objetivos, enquanto os Dragões, mesmo perdendo, encontram razões para perceber que o seu processo de crescimento enquanto equipa mantém-se em evolução.
Entraram melhor os azuis e brancos, chegando ao golo, por intermédio de Felipe, e criando problemas ao Sporting através de uma dinâmica coletiva muito interessante. Era o FC Porto de Roma, ativo e desejoso de demonstrar capacidade para lutar com equipas grandes, a conseguir impor-se a uma equipa que, em casa, demorou a aquecer os motores. No entanto, Jorge Jesus já parecia ter em campo soluções para travar o ímpeto do seu adversário.
Com Bruno César a procurar mais o centro do terreno, conseguiu o Sporting travar a superioridade portista e começar a criar oportunidades. O primeiro golo surge de um livre marcado pelo brasileiro, com a bola a sobrar, no ressalto do poste, para Gelson Martins, que rematou para defesa de Casillas, antes que Slimani confirmasse em cima da linha de baliza. A defesa dos Dragões protestou, mas sem razão.
O segundo tento nasce de jogada de envolvimento do Sporting, com Bryan Ruiz a assistir Gelson Martins para um forte remate sem hipóteses para Iker Casillas. A equipa portista queixou-se de uma eventual mão do costarriquenho neste lance, mas parece não haver movimentação que justificasse a falta. Ainda assim, as queixas sobre a arbitragem foram tomando a mente dos jogadores dos Dragões e isso ter-lhes-á retirado alguma capacidade de reação.
Na segunda parte, o FC Porto tentou equilibrar forças no meio-campo, com a entrada de Óliver Torres para o lugar de Corona, mas o Sporting continuava a parecer mais forte para conseguir controlar o ritmo da partida. A entrada de Bruno Paulista e Joel Campbell deu ainda maior consistência à linha média leonina, com o FC Porto a não conseguir criar oportunidades para contestar a vitória leonina.
A vitória do Sporting ajusta-se, num jogo que poderá ter sido o da despedida de Islam Slimani e Adrien Silva. A confirmarem-se as duas saídas, Jorge Jesus terá duas semanas – a pausa para jogos das seleções – para encontrar forma de reconstruir a sua equipa, contando para isso com uma série de reforços também anunciados este fim-de-semana, como Bas Dost e Luc Castaignos.
Três na perseguição ao líder
Benfica e Braga cumpriram com as suas obrigações a atuar fora de casa, ambos vencendo por 3-1.
O primeiro a resolver o assunto foi o conjunto bracarense, que no Estoril não encontrou um adversário capaz de lhe criar dificuldades. Pedro Santos marcou cedo, logo aos 15 minutos, para Wilson Eduardo aumentar a contagem a seguir à meia-hora de jogo. Alisson Farias ainda reduziu no início do segundo tempo, mas André Pinto, aos 85 minutos, fechou a contagem.
O Benfica também não sentiu dificuldades na Madeira, ainda que, depois de autogolo de Aly Ghazal na primeira parte, Tobias Figueiredo tenha empatado o encontro aos 64 minutos. No entanto, André Carrilo aos 70 e Raúl Jiménez aos 90 fecharam a contagem a favor dos encarnados.
Surpresa, para já, neste temporada, o Vitória de Setúbal segue neste grupo dos segundos classificados. Depois de ter batido o Belenenses no Bonfim e empatado com o Benfica no Estádio da Luz, somou nova vitória na receção ao Arouca. João Amaral e André Claro foram os autores dos golos que fizeram a diferença frente ao 5º classificado da temporada passada.