Paris SG – Lyon (Supertaça de França)
O campeão e vencedor da Taça francesa da época passada, Paris SG, estreia o seu novo técnico em jogos oficiais numa partida frente ao Lyon, segundo classificado da Liga francesa. Cumprindo com o habitual, a Supertaça francesa disputa-se fora do território gaulês, desta vez na Áustria, no Worthersee Stadion, em Klagenfurt, com uma lotação de 32.000 lugares. Se o grande foco de atenção estará na estreia de Unai Emery e naquilo que o espanhol já foi deixando antever ao longo das partidas de preparação, alguma curiosidade para entender como o Lyon, equipa que no ano passado mais se tentou aproximar do poder dos milionários, estará, em termos comparativos, preparado para o mesmo desafio: conseguir derrubar o gigante.
O Paris SG fez a sua pré-temporada na Taça Internacional dos Campeões e os três jogos disputados demonstraram que é preciso ter em conta este conjunto. Não só para a Ligue 1, onde são habituais dominadores e não se adivinha que a concorrência possa mudar esse facto para já, mas também para o plano europeu, afinal o grande objetivo de uma administração que procurou dar uma oportunidade a um técnico que alcançou sucesso na Liga Europa. O que impressiona nas primeiras imagens do Paris SG é a sua capacidade para absorver as ideias do seu técnico, impondo desde logo outro ritmo nas trocas de bola, uma pressão muito mais agressiva perante o adversário e uma marca de estilo que poderá diferenciar o conjunto parisiense. Sendo certo que a Liga dos Campeões dependerá, sempre, da sorte do sorteio, neste momento Unai Emery parece conseguir evidenciar o suficiente para entrar na Liga francesa sem receio das análises, um teste de exigência por onde têm que passar todos os técnicos estrangeiros chegados ao território. Nesta primeira convocatória, duas ausências por lesão lançam, desde logo, dúvidas no onze. Thiago Silva e Edison Cavani são os afetados fisicamente, juntando-se a eles Krychowiak e Rabiot, suspensos, e Sirigu, por opção. Aliás, na baliza deverá residir uma das surpresas deste início de temporada, com Areola a ganhar o lugar a Trapp.
Onze Provável: Areola – Meunier, David Luiz, Kimpembe, Maxwell – Matuidi, Thiago Motta, Pastore – Lucas Moura, Ben Arfa, Di Maria.
O Lyon não terá vida fácil nesta temporada, numa Liga que parte com vencedor antecipado e se torna muito equilibrada nas posições seguintes. O ter ficado em segundo lugar permite-lhe a entrada direta na Liga dos Campeões deste ano, onde também terá como objetivo melhorar e continuar a evoluir, mas sempre sem meter em risco uma classificação na competição nacional. Isto numa altura em que vários jogadores do plantel continuam a ser notícia como possibilidade para reforçar outros conjuntos, chegando-se mesmo ao ponto de se ter criado um conflito entre a administração e Rachid Ghezzal, que pretende um aumento salarial ou a possibilidade de sair, e falhará, por isso, a presença nesta Supertaça (apesar da explicação oficial ser uma lesão). No que toca a encontros de preparação, o Lyon deixou boa imagem de si em vitórias frente ao Zenit, ao Sporting e ao Benfica, ainda que se mantenha a ideia de que perante este Paris SG, e logo num jogo oficial, a exigência seja muito mais elevada. Conseguir travar o fluxo ofensivo do seu adversário e ultrapassar a pressão que irá exercer são as duas chaves que Bruno Genesio terá que saber manejar para ter sucesso neste encontro.
Onze Provável: Lopes – Rafael, Yanga-Mbiwa, N’Koulou, Morel – Gonalons – Fekir, Sergi Darder, Tolisso, Valbuena – Lacazette.
Na temporada passada, as equipas do Paris SG e do Lyon encontraram-se por cinco vezes, em todas as competições do futebol francês. Começaram na Supertaça, passaram pela Taça da Liga, Taça de França e Ligue 1, sempre em casa do PSG, com os parisienses a vencer. O último encontro, único disputado em Lyon, em fevereiro, foi também o único a ter a vitória do lado do Olympique. Agora, na Áustria, não restam dúvidas de que é o Paris SG o grande favorito à vitória. A forma como o conseguirá, depende muito do acerto defensivo da equipa do Lyon e de como reagirá a um adversário que parece estar avançado na aquisição de novas dinâmicas.
