Fim-de-semana com muitos golos nos encontros em que participaram os três grandes, mas com o Sporting a perder pontos novamente e a deixar o Benfica mais primeiro, para além de ter sido apanhado pelo FC Porto. Diogo Jota foi a figura da jornada, pois juntou um hattrick – com todos os golos marcados na primeira parte – ao seu dia de estreia como titular com os azuis e brancos.

Diogo Jota vezes três

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Diogo Jota fez três golos frente ao Nacional

Nuno Espírito Santo voltou a mexer no seu onze, mas desta vez, entregando definitivamente a frente de ataque à juventude que tem no seu plantel, deu-se bem. No Estádio da Madeira, Diogo Jota tratou de se apresentar com o dragão ao peito, fazendo lembrar, como muito bem foi notado pelas redes sociais, os seus melhores dias em Paços de Ferreira. O que isso significa? Para um bom jogador não há camisola que pese.

Pela frente, o Porto teve um Nacional que também se sentiu obrigado a mexer na sua organização, indo a jogo com três centrais, mas sem capacidade para travar a alegria ofensiva que escorria doa lances onde a bola, tocada quer por Diogo Jota, quer por Otávio, parecia transformar-se em perigo com outro prazer. O avançado emprestado pelo Atlético de Madrid marcou três vezes na primeira parte, aproveitando também para fazer história com a camisola azul e branca.

Antes de se encaminharem para as seleções, os jogadores do FC Porto reconquistaram, assim, o direito à confiança que se ia perdendo numa série de exibições menos conseguidas. Talvez a equipa portista preferisse, nesta fase, somar já mais jogos para a Liga, mas com cerca de vinte dias até ao próximo encontro, é fundamental que estes bons princípios sejam defendidos e melhorados no treino.

O Feirense pagou mesmo a factura

Depois da derrota em Nápoles, o Benfica procurava deixar para trás, o mais rápido e melhor possível, o insucesso na Liga dos Campeões, para reforçar o seu primeiro lugar na Liga NOS. Com o Feirense a visitar o Estádio da Luz, havia um contexto perfeito para o conseguir. No entanto, a resistência da equipa fogaceira foi-se multiplicando nos minutos iniciais, chegando mesmo a fazer crer que poderia chegar ao intervalo com o resultado a zero. Com Pizzi no corredor central, no papel que tem sido assumido por André Horta, a equipa ganhava ainda mais agressividade ofensiva, mas sem conseguir marcar.

A situação acabou desbloqueada por uma opção infeliz de Luís Aurélio, que atirou para o fundo da baliza de Peçanha ao minuto 35. Mesmo assim, o Benfica só na segunda parte conseguiu realmente ter produtividade na frente de ataque, depois de Salvio aproveitar um ressalto, quando Cervi apareceu na área a concluir uma excelente jogada de envolvimento. Alex Grimaldo, com um livre direto, fechou o encontro com 4-0, sendo que depois de ter visto o Sporting perder pontos, o Benfica segue para a pausa no campeonato com três pontos de vantagem sobre a concorrência.

15 minutos de (des)atenção

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Marega foi uma das figuras do Vitória

Se o jogo de Guimarães tivesse terminado ao minuto 70, o Sporting teria conseguido uma vitória sem contestação no Estádio Afonso Henriques, depois de também ter vencido na Liga dos Campeões. Mas as semanas perfeitas precisam de fins perfeitos e para os homens de Jorge Jesus, os últimos quinze minutos de jogo foram um pesadelo.

Comecemos pelo princípio. O Sporting entrou forte na partida, criou situações de golo, vergou o Vitória ao seu ritmo ofensivo e foi para o intervalo a vencer por 0-2, com golos de Markovic e Sebastian Coates. Situação ideal, com os leões a mostrarem um nível competitivo que lhe é reconhecido. A equipa vimaranense veio do intervalo com maior capacidade de pensar o seu momento ofensivo, mas aos 70 minutos o Sporting chegava ao 0-3, com Elias a rematar à entrada da área para má intervenção de Douglas.

Jorge Jesus começava a preparar a rotação dos seus jogadores quando William Carvalho cometeu uma falta dentro da área e permitiu a Marega o reduzir para 1-3. No minuto seguinte, nova posse de bola para o Vitória, centro da direita e o mesmo Marega a cabecear para o 2-3. Ou seja, num minuto só, a equipa de Guimarães provocava a erupção do Estádio, deixando o Sporting nervoso e incapaz de reagir segurando a bola.

O momento da estocada final dos vimaranenses surgiu quase no minuto 90, quando Marvin faz falta na faixa direita do ataque do Vitória e, na marcação de um livre, Tiquinho Soares encontra espaço – provavelmente em situação faltosa – para finalizar junto do segundo poste. O ponto vale muito para este Vitória de Guimarães, que conseguiu mostrar frente a um grande todo o potencial do seu conjunto, enquanto para o Sporting é um resultado que pode ferir, mentalmente, uma equipa que tem denunciado estas quebras de atenção em várias partidas da temporada.

Boas Apostas!