Olympiakos – Arouca (Liga Europa)
O Arouca tem tarefa complicada para concretizar o sonho de jogar a fase regular de uma competição europeia. Não é impossível. Mas se a viagem ao Pireu seria sempre dura mais ficou com a derrota sofrida na primeira mão, ainda que pela margem mínima. Valeu a qualidade individual de Sebá, que se superiorizou à determinação e querer dos homens de Lito Vidigal.
Quando viajou até Arouca Paulo Bento mal tinha tido tempo de desfazer as malas. Agora o treinador português teve mais alguns dias para acertar pormenores e passar mais algumas mensagens simples. Não haverá ainda um cunho pessoal de fundo mas já se deve notar uma maior identificação entre treinador e a equipa do Olympiakos.
O jogo dos gregos no Municipal de Arouca esteve longe de ser brilhante. Do ponto de vista coletivo não se tornou evidente uma superioridade em relação à equipa portuguesa que estava pela primeira vez no patamar de uma fase de grupos da Liga Europa. Mas no aspeto individual havia essa diferença de nível. Cambiasso e Milivojevic fazem uma dupla muito sólida na primeira linha do meio-campo e Chori Rodríguez é aquele jogador capaz de mexer com um jogo em momentos de inspiração. Na primeira mão, Sebá beneficiou de ficar do lado em que o Arouca tem o seu calcanhar de Aquiles. A frustração de Carleto foi evidente em alguns lanches, pela incapacidade que sentia para travar o extremo brasileiro. O golo acabaria por chegar por essa via, aos vinte e sete minutos, e foi o suficiente para dar ao Olympiakos uma vantagem para a segunda mão do play-off. O substituto de Roberto na baliza dos gregos, Kapino, também deixou bons apontamentos.
Onze Provável: Kapino – Diogo Figueiras, Manuel da Costa, Botía, De la Bella – Milivojevic, Cambiasso – Chori Rodríguez – Pardo, Ideye, Sebá.
Lito Vidigal sabe que o sonho do Arouca se estrear na fase de grupos da Liga Europa ficou um bocadinho mais longe na passada quinta-feira. Ainda assim, não se desfez ainda e é com isso em mente que a equipa viaja para a Grécia. Os portugueses entraram bem na partida mas ao fim de quinze, vinte minutos, as duas equipas foram encaixando do ponto de vista tático e aí começou-se a aperceber um certo ascendente para os visitantes. Pelo menos sentiu-se que o Olympiakos tinha a capacidade de conter o jogo para poder decidir a eliminatória quando trouxesse o jogo para casa.
O treinador angolano tem um problema a tratar do lado esquerdo da defesa. Não é novo. Desde que perdeu a referência que era Lucas Lima, que se transferiu para o Nantes, Vidigal tem experimentado várias soluções. Na ida à Holanda, para defrontar o Heracles, foi Nelsinho o escolhido para a posição. No jogo de volta apostou em Anderson Luis, a quem já tinha sido pedido que trocasse de lado no Estoril Praia. Na primeira mão do play-off a aposta recaiu no recém-chegado Thiago Carleto. O brasileiro não agarrou o lugar e tendo saído tocado foi Hugo Basto a deslocar-se para a lateral. Como o central não faz nada mal é bem possível que se mantenha no lugar. Haverá uma outra alteração forçada. O capitão Nuno Coelho cumpre suspensão por ter visto o terceiro amarelo na competição europeia e para o seu lugar deve entrar Adilson, para se juntar a André Santos.
Onze Provável: Bracali – Anderson Luis, Jubal, Sema Velásquez, Hugo Basto – Adilson, André Santos – Nuno Valente, Crivellaro, Mateus – Walter González.
Arouca
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0-1 |
Liga Europa (Q) 2016/17
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Sendo o Arouca estreante nestas andanças europeias o único confronto entre os dois clubes foi o da primeira mão.