Grupo E:

Bayern Munique 1 – 0 Manchester City

AS Roma 5 – 1 CSKA Moscovo

Este é o único Grupo da Liga dos Campeões onde não esxite um único português. Nem o árbitro dos encontros.

E foi um jogo de gigantes, o que opôs Bayern Munique e o Manchester City, e um passeio nocturno dos romanos por um Moscovo muito suave. Com o aliciante de, em ambos os jogos, estarem jogadores bem conhecidos. Mas não, não eram portugueses.

O Bayern de Munique, treinado por Pep Guardiola, só muito perto do final do encontro, mais concretamente aos 89′, é que conseguiu o caminho para a baliza, por intermédio de Boateng que, finalmente, conseguiu furar a muralha inglesa e o super guarda-redes, Joe Hart, que defendeu tudo, menos o golo. Mas antes, muito antes, e durante quase todo o jogo, o Manchester chegou a mandar, e [quase] que chegou ao golo. Mas estava lá, sempre, Manuel Neuer. E foi num golpe de magia que, perto do final lá conseguiram os alemão encontrar a chave do sucesso.

Por seu lado, a AS Roma fez história ao vencer o CSKA Moscovo por 5 a 1, a maior vitória de sempre da equipa italiana na Liga dos Campeões. Foi Iturbe, antigo jogador do FC Porto, foi quem abriu o marcador, ao fazer o 1 a 0, logo aos 6′ de jogo. Depois, bem, depois foi sempre a aviar. Ao intervalo, já a AS Roma vencia por 4 a 0. Na segunda-parte foi gerir o resultar e pensar no jogo do fim-de-semana para Série A.

Ficou, de qualquer forma, mais ou menos explícito que, neste Grupo E há 3 equipas poderosas a lutarem por 2 lugares de classificação e continuidade. Vamos ver o que o futuro reserva.

Grupo F:

FC Barcelona 1 – 0 Apoel

Ajax 1 – 1 PSG

Grupo de clubes ricos, como o FC Barcelona e o PSG, ambos a perceberem que já viveram tempos melhores, pelo menos desportivamente. O Barcelona viu-se e desejou-se para levar de vencida os cipriotas, num jogo em que os seus maiores craques pareceram amorfos e os adeptos acabaram por assobiar a equipa. Valeu, ao FC Barcelona, a cabeça de Piqué que, respondendo a um centro de Lionel Messi, colocou a bola no interior da baliza de Rafael Pardo. Mas foi um jogo que se tornou muito difícil, pesado, lento e muito previsível.

O Ajax, conseguiu a proesa de parar o rolo compressor parisiense de Ibrahimovic e companhia. O PSG não foi forte o suficiente para derrotar os holandeses, embora estivesse a ganhar durante grande parte do encontro. Cavani fez o 1 a 0 para o PSG logo aos 14′ de jogo, mas o Ajax conseguiu o empate, por intermédio de Schone, aos 74′, que conseguiu segurar até ao fim do jogo.

FC Barcelona 1 - 0 Apoel

O FC Barcelona sentiu enormes dificuldades para levar de vencida o Apoel de Chipre

Em Espanha, o  Apoel jogou com os 3 jogadores portugueses que tem no plantel. O lateral direito Mário Sérgio e os médios Tiago Gomes e Nuno Morais. Mário Sérgio e Nuno Morais, que é também o capitão de equipa, jogaram os 90′ de jogo. Já Tiago Gomes saiu aos 61′ para dar lugar a Manduca, jogador brasileiro, bem conhecido dos portugueses, e que chegou a jogar no SL Benfica, e que está, desde a época de 2010, nos cipriotas do Apoel. Apoel que acabou por se tornar uma barreira muito complicada de o FC Barcelona transpor. E a vitória só chegaria através de uma cabeça milagrosa de Piqué. Mas entre o minuto do golo e o final do encontro, foi todo um calvário que os catalães tiveram de passar. Foram assobiados. Jogaram mal. Os craques (sim, porque galácticos são os outros) evaporram-se e estiveram ausentes do jogo, se bem que tenha sido Lionel Messi a fzer o passe para o golo do Piqué. Este FC Barcelona parece cansado e Luis Enrique não parece o nome certo para recuperar a equipa.

Mas com estes resultados, as coisas prometem bastante mais neste grupo, com o Ajax a aproximar-se dos ricos, e o Apoel dos portugueses a afirmar-se e a dizer que não estão derrotados à partida.

Grupo G:

Maribor 1 – 1 Sporting CP

Chelsea 1 -1 Schalke 04

Este é o Grupo dos empatas. Em 2 jogos onde se esperaria 2 vitórias, se não esmagadoras, pelo menos claras, foi o recuo que levou ao empate.

O Chelsea de José Mourinho é um dos candidatos a ganhar a Liga dos Campeões, e todas as outras competições onde entrar. Equipa onde já houve muitos portugueses, está agora reduzida à equipa técnica e cargos dirigentes. Sim, que José Mourinho tem Silvino Louro como adjunto, e Rui Faria como preparador físico, mas também por lá anda o antigo lateral direito Paulo Ferreira que, hoje em dia, é o Director das Relações Institucionais do Chelsea. Mas esta pequena concentração de portugueses não bastou para a equipa londrina levar de vencida os alemães. O Chelsea ainda chegou a marcar cedo, aos 11′, por intermédio de Cesc Fàbregas, mas no segundo tempo, deixou-se empatar com um golo de Huntelaar (que Jorge Jesus já quis muito) aos 62′. Didier Drogba, de 36 anos, esteve como ponta de lança, na ausência de Diego Costa (que chegou a entrar aos 74′), que, segundo Mourinho, chegou tocado da selecção. A verdade é que o Schalke 04 que até não está a fazer grande campeonato na Bundeslinga (é o 16º classificado com 1 empate e 2 derrotas em 3 jogos), conseguiu bater o pé à equipa de José Mourinho, mesmo com uma equipa de recurso (8 habituais titulares do Schalke estão lesionados e, por isso, não foram a jogo). Agora, José Mourinho tem de acelerar para não cair na Liga Europa, que tanto abomina. Mas com o futebol que se jogou no outro jogo deste Grupo, entre o Maribor e o Sporting CP, não há que ter medo. Chelsea e Schalke 04 devem ser mesmo as equipas mais interessantes.

Maribor 1 - 1 Sporting CP

Nani foi a única coisa boa deste Sporting CP que foi à Eslovénia

O Sporting CP, equipa portuguesa de regresso à Liga dos Campeões bastantes anos depois da última vez, e que no ano passado chegou mesmo a estar afastado dos jogos europeus, fez um sofrível jogo contra os eslovenos do Maribor. Aquela que será, provavelmente, a menos cotada das equipas que estão na fase de Grupos da Liga dos Campeões, bateu o pé aos leões e, ao cair do pano, que os jogos só acabam quando acabam, conseguiu marcar o golo do empate através do filho do ex-jogador do FC Porto e SL Benfica, Zahovic, outro Zahovic, agora junior. Um Sporting desnorteado foi o que se viu ao longo de todo o encontro. Tendo o Chelsea e o Schalke 04 empatado, este jogo poderia ter projectado o Sporting CP para uma boa campanha na Liga dos Campeões, e um grande passo para o seu apuramento, mas a equipa portuguesa não teve descernimento suficiente para isso. Já na noite anterior, o SL Benfica acabou por perder o jogo com dois erros graves da sua defesa (leia-se, Jardel), ontem voltou a acontecer o mesmo com a defesa sportinguista (concretamente, Maurício). O Sporting CP entrou com vários portugueses no onze inicial, como Rui Patrício na baliza, Cédric Soares na defesa, André Martins, William Carvalho e Adrien Silva no meio-campo, e Nani no ataque. Ainda entraram, no segundo tempo, João Mário, Carlos Mané e um desaparecido Fredy Montero.

Mas a equipa de Marco Silva, entrou desaparecida em campo. Quando se esperava que o Sporting CP, que tem bastante melhor equipa que o Maribor, arrancasse para cima dos eslovenos, a tentar construir um resultado sólido, o que aconteceu foi a imagem de marca que os leões têm apresentado neste início de época oficial: o empate. O Sporting CP está uma equipa amorfa, sem vontade de crescer, sem ganas de ganhar, mesmo quando a superioridade é obvia. Depois de passar quase hora e meia a passear a bola, com um meio-campo inexistente, Nani lá conseguiu o milagre de um golaço. Aconteceu ao minuto 80 e, esperava-se que bastava gerir os minutos finais (poucos), para entrar com o pé direito na Liga dos Campeões. Mas este Sporting CP, quando não tem problemas, arranja-os. Assim, permitiu o empate já depois da hora, mesmo sobre o apito do árbitro. Aquele trio, que quer ser o dono do campo, William Carvalho-André Martins-Adrien Silva, simplesmente meteu baixa e desapareceu. Quem perde assim, não merece ganhar.

Grupo H:

FC Porto 6 – 0 Bate Borisov

Athletic Bilbao 0 – 0 Shakhtar Donetsk

O grande vencedor deste Grupo é mesmo o FC Porto que ganhou nos 2 campos. Em casa, destruiu, por completo, qualquer organização que o Bate Borisov podesse ter em mente e, depois, ganhou no campo do Athletic Bilbao que não foi além de um empate a zero com o Shakhtar Donetsk, o que permite ao FC Porto liderar o Grupo H isolado.

FC Porto 6 - 0 Bate Borisov

Um jogo que o FC Porto e Brahimi tornaram fácil

Acho que ninguém imaginava que tal pudesse acontecer, por melhor que o FC Porto fosse que o Bate. 6 golos num jogo da Liga dos Campeões é algo que não é habitual. Mas depois vemos que, só nesta jornada, houve outros 2 jogos que terminaram com o resultado em 5 a 1. Afinal… Afinal este desnível qualitativo torna-se banal da Liga dos Campeões. Assim, o FC Porto só fez o que lhe competia e conseguiu ser a única equipa portuguesa, e a única com treinador estrangeiro, a ganhar nesta jornada. Entrou com o pé direito e quente. Logo aos 5′, o argelino Brahimi (cada vez mais a melhor aquisição portista) inaugurou o marcador. À passagem da meia-hora, ampliou-a. E o FC Porto chegou ao intervalo a ganhar por 3 a 0, com o terceiro golo a ser marcado por Jackson Martinez. Num jogo de risco ao meio (3 golos na primeira parte, outros 3 na segunda parte), o mesmíssimo Brahimi, não satisfeito, veio carimbar o 4 a 0. Depois de estar tudo sossegado, Adrián Lopez e Aboubakar fizeram os outros 2 golos da meia-dúzia com que o FC Porto encerrou a partida de ontem. Portugueses na equipa, é que foi unica e exclusivamente, o proscrito Ricardo Quaresma que voltou, finalmente, aos relvados. O outro português convocado, Rúben Neves, ficou no banco. Este FC Porto é cada vez menos português. Mas, ontem, deu bem conta do recado.

E presume que, depois do que foi o Athletic Bilbao – Shakhtar Donetsk, que o FC Porto seja a equipa a tentar a classificação do Grupo H em primeiro lugar. Está muito quilómetros à frente. Assim continue.

Boas Apostas!