Premier League – Sendo a única equipa dos primeiros quatro classificados a ter o calendário cumprido, o Chelsea seguia numa linha bastante fina, sabendo que, uma vez jogadas as partidas em atraso, poderia ser alcançada pelo Manchester City. Ora, essa linha acabou de se desfazer este sábado, quando os Blues perderam na visita ao Aston Villa, por 1 a 0. A questão é se foi apenas um jogo que se perdeu ou se algo mais poderá afetar a equipa de José Mourinho.
O Chelsea terminou o encontro de cabeça perdida, depois de ver dois cartões vermelhos para jogadores, Ramires e Willian, e também o técnico português a ser expulso, depois de invadir o terreno de jogo para pedir satisfações ao árbitro. Uma tarde suja para uma equipa que vinha sendo capaz de manter o primeiro lugar. O Aston Villa soube, no entanto, explorar bem as fragilidades do seu adversário, que vem demonstrando alguma insegurança ao nível ofensivo, sem que os seus avançados consigam materializar o número de oportunidades criadas por um setor criativo que é a força motriz deste Chelsea.
José Mourinho, dividido entre o querer ser o “Happy One” da Premier League e o “resmungão” que vai encontrando razões para provocar os seus adversários, seja a nível desportivo, seja na forma como o calendário é agendado ou, ainda, na forma como os árbitros abordam os seus jogos. Esta é a segunda vez que José Mourinho é expulso, correndo agora o risco de ficar mais de uma partida longe do banco da sua equipa, algo que poderá ter um preço ainda maior a pagar, num conjunto de jogadores que ainda não tem a experiência necessária para enfrentar, sem escorregadelas, a luta pelo título.
O Manchester City é, na teoria, a equipa com maiores probabilidades de vir a ser o líder da Premier League, tendo-o confirmado com uma vitória frente ao Hull. No entanto, o grande vencedor da jornada só pode ser o Liverpool, que com uma goleada no terreno do Manchester United conseguiu, mais do que cimentar a sua posição na corrida ao título, declarar, com grandiosidade, uma espécie de nova ordem na Premier League. Com a saída de Alex Ferguson do comando dos Red Devils parece ter terminado, também, um período de ouro para a equipa de Manchester, que se conseguia manter, ano após ano, no topo da Liga. Com esta derrota, vai ficando óbvio que o Manchester United não irá estar presente na próxima edição da Liga dos Campeões e, a partir desse dado, toda uma torrente de incertezas poderá desenrolar-se.
A vida no fundo da tabela
Cair no fundo da tabela classificativa transforma, certas equipas, numa espécie de mortos-vivos que tentam surpreender adversários para pontuar. O Fulham, último classificado da Premier League, bateu o Newcastle e regressou, esta semana, à vida da luta pela manutenção. Outra equipa a conseguir sorrir com os resultados desta semana é o West Bromwich, que bateu o Swansea depois de uma série de jogos sem somar os três pontos.
Por outro lado, no cara-a-cara entre equipas desta zona da classificação, o Sunderland empatou a zero com o Crystal Palace, ainda que, com menos dois jogos (ou três) do que os seus concorrentes, os Black Cats têm uma bomba de oxigénio reservada para ainda tentar dar um salto na tabela antes do ar se tornar, definitivamente, irrespirável.
Boas Apostas!