As duas primeiras jornadas da última fase de qualificação da CONCACAF rumo ao Mundial 2018 deixaram claro que Jurgen Klinsmann tem agora espaço mínimo para continuar como selecionador dos Estados Unidos. Conhecido como o Hexagonal, onde os três primeiros se apuram diretamente para a competição que terá lugar na Rússia e o quarto classificado terá uma oportunidade no playoff, esta fase é habitualmente muito disputada, ainda que México e Estados Unidos sejam habituais favoritos. Ora, a seleção dos Estados Unidos começou com duas derrotas, zero golos marcados, seis sofridos, sendo que a goleada desta madrugada terá sido das piores sofridas pela equipa desde que o técnico alemão chegou ao país.
Frente ao México, a equipa norte-americana optou por um meio-campo mais povoado, conseguindo durante parte do tempo equilibrar frente a um México muito criativo, com uma série de jogadores que desequilibram bastante no momento ofensivo. Os mexicanos marcaram primeiro, por Layún, com Bobby Wood a empatar no início do segundo tempo. O veteraníssimo Rafael Marquez acabou por ser decisivo ao marcar o tento da vitória já perto do apito final do árbitro.
Na Costa Rica, no entanto, a derrota foi fruto de uma exibição muito má da equipa dos Estados Unidos. Defesa desprotegida, incompreensão das movimentações de uma Costa Rica muito móvel, incapacidade para se proteger de situações de 1v1 em que os Ticos conseguiam, uma após outra vez, ser superiores. O primeiro golo surgiu à beira do intervalo, com Bolaños a servir Venegas, lance parecido com o que, no minuto 68, permitiu a Bolaños finalizar com assistência de Bryan Ruiz. Quando os Estados Unidos estavam lançados a tentar reduzir a desvantagem, Joel Campbell marcou por duas vezes, afirmando assim uma goleada por 4-0 que deixa a sua seleção isolada no primeiro lugar, com duas vitórias, depois de ter batido Trindade e Tobago na passada sexta-feira.
México cede pontos no terreno da surpresa
Apontámos os favoritos México e Estados Unidos, aos quais a Costa Rica se junta devido a uma geração que tem ainda este Mundial para voltar a brilhar, sobrando espaço para uma eventual surpresa entre os quatro países que alimentarão a esperança de chegar ao Mundial. Em 2014 foram as Honduras, neste Mundial, o Panamá partiu à frente.
No jogo inaugural conseguiu um resultado que poderá colocá-lo com enorme vantagem na disputa de uma posição entre os apurados, ao ir vencer nas Honduras, de certa forma, o seu adversário direto na tentativa de se juntar aos países com maior historial na sua região. Fidel Escobar, jogador do Sporting B, foi o autor do golo panamiano nas Honduras, arriscando-se assim a ser promovido a herói nacional.
Na segunda jornada, em casa, perante o México, o Panamá voltou a demonstrar capacidade defensiva que lhe permitiu fechar o encontro sem sofrer golos, somando mais um ponto e assumindo, para já, o terceiro lugar na classificação.
Sem surpresa, Trindade e Tobago também acabou por perder os seus dois encontros do Hexagonal. Dois jogos em casa, duas derrotas, com Costa Rica e Honduras, numa demonstração de quão difícil vai ser para a equipa caribenha afirmar-se perante a concorrência. Para já, tem a companhia dos Estados Unidos no último lugar, mas não será por muito tempo…
Boas Apostas!