Liga ZON Sagres – Primeiro o FC Porto perdeu, depois o Benfica empatou e, finalmente, o Sporting acabou por ficar a zero. Nenhum dos três pretendentes ao título conseguiu somar uma vitória, juntando-se a eles o Estoril Praia, que também empatou na 17ª jornada da Liga Portuguesa. Ninguém ri de ninguém, mas toda a gente deixa à mostra parte das suas fragilidades. Mesmo que sem grandes novidades.
Os azuis e brancos caíram no campo onde já o Benfica havia caído. O Marítimo mantém, em casa, o mesmo espírito lutador e de aproveitamento de espaços na defesa adversária que Pedro Martins instalou na Madeira. Não sendo tão consistente quando tem que atacar, o emblema do Funchal está longe da luta pela Europa. Paulo Fonseca saberia o que esperar deste jogo, mas não soube arrumar a sua equipa para o enfrentar. De um momento para o outro está instalada uma Quaresma-dependência e o internacional português ainda não tem a forma necessária para carregar a equipa às costas até uma vitória. Quadro cada vez mais complicado para os Dragões.
O Benfica viu regressar Cardozo e acabou por ser o paraguaio uma das faces negras da equipa no jogo de Barcelos, ao falhar uma grande penalidade em cima do apito final. No entanto, não se trata de definir um encontro por um erro num lance. Os encarnados dominaram o encontro, mas não dominaram o seu adversário. Foram permissivos com o Gil Vicente quando deveriam ter cortado todas as suas aspirações na partida. Deixando-os construir esperanças, viram Vítor Gonçalves fazer um dos golos da semana. A fragilidade do Benfica é a sua incapacidade para perceber onde está o perigo. Os jogos não são todos iguais e a intensidade com que se aborda cada um deve ser trabalhada. Jogar sempre à Benfica é um mito que precisa, urgentemente, de revisão.
Quem pagou também o preço da falta de intensidade foi o Sporting. Perante uma Académica que ofereceu os primeiros quinze minutos aos leões, a equipa de Alvalade virou costas ao jogo e foi incapaz de aproveitar. A partir daí, equilibrados os movimentos defensivos, foram os Estudantes que tiveram, quase sempre, o jogo na mão. Mesmo não tendo criado mais do que uma oportunidade de perigo, com Marcelo a rematar ao ferro da baliza de Rui Patrício, conseguiram manter a bola longe das suas redes. É uma pequena vitória para Sérgio Conceição, mas, ainda assim, uma vitória, somar um ponto neste encontro.
A subir!
A Académica comprovou, em Alvalade, o seu bom momento e agarrou o 8º lugar da tabela classificativa. Sérgio Conceição vai fazendo milagres com um plantel algo limitado e ao dizer, esta semana, que não sabe se continuará por Coimbra na próxima temporada, coloca a pressão do lado da Direção do clube. Este treinador tem capacidade para levar a Académica mais alto, resta saber se existe estrutura para o acompanhar.
A descer!
Quatro empates consecutivos e o Estoril pode mesmo perder o quarto lugar da classificação se houver uma vitória para algum dos lados no encontro entre Vitória de Guimarães e Nacional. A saída de Luís Leal foi a estocada final no equilíbrio de um grupo que viu os seus principais marcadores sair num espaço de seis meses. Marco Silva mantém os estorilistas no topo da tabela, mas não se fazem omoletes sem ovos.
Boas apostas!