Nigéria – Japão (Jogos Olímpicos 2016)
Este Grupo B pode bem ser dos mais equilibrados do torneio olímpico de futebol masculino. No papel, Colômbia e Suécia tem equipas mais fortes mas não podemos descartar a ambição bem orientada da Nigéria e Japão. Os Super Eagles conquistaram ouro em 96, prata em 2008 e estão desejosos de repetir essas proezas. Os nipónicos ainda têm atravessada a perda da medalha de bronze, há quatro anos. Motivação não falta.
O Grupo B promete ser um dos mais equilibrados do torneio olímpico de futebol do Rio de Janeiro. Suécia e Colômbia são favoritos, pelo menos em teoria. Apesar de algumas ausências importantes, os suecos ainda têm no plantel seis dos jogadores que se sagraram campeões europeus de sub-21, no ano passado. Além da qualidade, são rapazes que têm rotinas, entrosamento e, como sabemos, isso podem ser decisivo numa prova como esta. Os colombianos também têm um conjunto bastante talentoso nesta faixa etária, uma boa parte sobrevivente do grupo que conquistou o campeonato sul-americano de sub-20 em 2013. Mas esse favoritismo inicial nem sempre resiste ao teste no relvado. E Nigéria e Japão têm esperanças de contrariá-lo.
O conjunto orientado pelo ex-internacional Samson Siasia conquistou o Campeonato Africano de Sub-23 em novembro de 2015, carimbando assim o seu passaporte para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. São um grupo interessante e a grande maioria joga espalhada por clubes europeus e asiáticos. De Portugal, por exemplo, vem o maior contingente (quatro elementos), e as equipas madeirenses têm quase o monopólio. Turquia, Bélgica e a própria Nigéria disputam o segundo lugar, ambas com três a jogares nos respetivos campeonatos. A figura da equipa – à parte Obi Mikel, que funciona como o pai deles todos – é Azubuike Okechukwu. O médio de dezanove anos, a representar o Yeni Malatyaspor da Turquia, foi considerado o melhor jogador do Campeonato Africano de Sub-23 e tem sido associado ao Monaco.
A Nigéria tem uma medalha de ouro, conquistada no Atlanta 96, e uma de prata, em Pequim 2008. Curiosamente, o adversário das duas finais foi o mesmo, a Argentina. Os Super Águias estão desejosos de repetir as proezas passadas.
Onze Provável: Akpeyi – Amuzie, Erimuya, Troost-Ekong, Madu, Abdullahi, Obi Mikel, Okechukwu, Etebo, Ezekiel, Sadiq.
Há quatro anos, em Londres, o Japão sofreu um enorme desgosto ao perder a medalha de bronze no jogo de atribuição do terceiro e quarto lugar. Doeria de qualquer forma mas foi ainda mais penoso diante dos rivais da Coreia (2-0). Estiveram assim muito perto de repetir a melhor classificação de sempre dos japoneses no torneio olímpico de futebol masculino – em 68 chegaram ao bronze. Em 2000 foram aos quartos de final e todos sabemos que a mentalidade nipónica os leva a superar em momentos destes, o fracasso é muito mal processado. A seleção orientada por Nakoto Teguramori garantiu a presença no Rio de Janeiro ao vencer o Campeonato Asiático de Sub-23, no início deste ano, derrotando na final precisamente a Coreia do Sul. Foi uma espécie de desforra mas as contas ainda não estão saldadas.
Takuma Asano é o jogador a manter debaixo de olho neste plantel nipónico. O avançado de vinte e um anos, que representava o Sanfrecce Hirshima, assinou com o Arsenal de Londres recentemente.
Onze Provável: Kushibiki – Ueda, Iwanami, Shiotani, Fujiharu, Harakawa, Oshima, Minamino, Nakajima, Kokori, Asano.
Nigéria
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2-1 |
Japão
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Pequim 2008
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Nigéria
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2-0 |
Japão
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Atlanta 1996
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Japão
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3-1 |
Nigéria
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México 1968
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Este será o quarto confronto dos dois países nos Jogos Olímpicos e a Nigéria venceu os dois mais recentes, em 96 e 2008, anos em que levou medalhas para casa.