Nigéria – Dinamarca (Jogos Olímpicos 2016)
As seleções da Nigéria e Dinamarca disputam, na Arena Fonte Nova, em Salvador, um lugar nas meias-finais do Torneio Olímpico de Futebol masculino. O Dream Team nigeriano, último representante do continente africano ainda em prova, venceu o Grupo B e partiu para o último jogo da primeira fase com a qualificação garantida. Os nórdicos ficaram no segundo posto do Grupo liderado pelo anfitrião.
A Nigéria chegou ao Brasil determinada a lutar pelas medalhas olímpicas, ainda que estivesse incluída num grupo que prometia dificuldades. Acabou vencendo as duas primeiras partidas, frente ao Japão (5-4) e Suécia (0-1) e partiu para o último compromisso da fase de grupos já com vaga assegurada nos quartos de final. Nigerianos e portugueses foram os primeiros a garantir essa presença dessa forma. No último jogo os homens liderados pela antiga glória nigeriana, Samson Siasia, perderam os três pontos para a Colômbia (0-2). Mas é preciso lembrar que Téo e companhia precisavam do resultado para não ficar pelo caminho, ao contrário dos africanos, que aproveitaram para descansar alguns jogadores.
O que não significa que os dois golos sofridos não tenham merecido o desagrado do selecionador da Nigéria. Embora contextualizando, Siasia, garantiu que ia fazer correções já que os seus jogadores permitiram demasiado espaço aos atacantes colombianos. Das cinco alterações que fez no onze inicial, duas – Udo por Shehu e Madu por Amuzie – foram na defesa. Nas duas laterais, para ser mais exata. É normal que tenha afetado os automatismos. Mas como a seleção já tinha deixado a desejar no departamento mais recuado no jogo de estreia – relembrem-se que venceu pela margem mínima frente aos japonese mas concedeu quatro golos ao adversário – o técnico não vai deixar de dar atenção a esse aspeto. Na segunda partida, frente à Suécia, a equipa esteve acertada nesse domínio, prova de que alguns puxões de orelhas e acertos pontuais fizeram toda a diferença.
Onze Provável: Akpeyi – Shehu, Troost-Ekong, Sincere, Amuzie – Okechukwu, Usman – Ezekiel, Obi Mikel, Etebo – Sadiq Umar.
A Dinamarca ficou no segundo lugar do Grupo A, com quatro pontos (1V/ 1E/ 1D), atrás do Brasil, que somou mais um. Deixou, assim, para trás iraquianos e sul-africanos. A seleção orientada por Niels Frederiksen empatou no encontro de estreia com o Iraque (0-0) mas foi o triunfo conseguido sobre a África do Sul (1-0), no segundo jogo, que fez a diferença para as aspirações dinamarquesas. No encontro que fechava a fase de grupos os nórdicos sofreram derrota pesada frente à seleção anfitriã mas é preciso perceber que o Brasil (4-0) estava altamente pressionado e de orgulho ferido pelos fracos resultados anteriores. Mesmo assim, a contagem dos golos deve preocupar os responsáveis técnicos. Sofrer quatro numa só partida nunca é reconfortante mas é ainda pior é por demais evidente a dificuldade da formação em marcá-los. A Dinamarca só marcou um tento na fase de grupos, o de Robert Skov – que entrou a partir do banco – frente à África do Sul.
Onze Provável: Hojbjerg – Desler, Gregor, Eddie Gomes, Blabjerg – Borsting, Maxso, Jonsson, Vibe – Jacob Larsen, Skov.
Nigéria e Dinamarca não eram dadas como favoritas à partida para estes Jogos Olímpicos. Era até duvidoso que fossem capazes de superar a fase de grupos. Mas os africanos acabaram por se revelar uma formação sólida e organizada, que agora está altamente motivada. Já os dinamarqueses foram menos impressionantes mas foram passando entre os pingos da chuva do grupo A. Agora que estão perto de poder lutar por uma medalha o fator superação vai fazer a diferença.
As duas equipas nunca se defrontaram em olimpíadas.