New England Patriots – Seattle Seahawks (NFL)

O Gillette Stadium vai estar ao rubro na noite de domingo para a receção aos Seahawks. Será a primeira vez que New England e Seattle se defrontam desde o Super Bowl 49, há quase dois anos mas não será fácil para os visitantes conseguir uma desforra. Vêm de uma partida exigente na segunda-feira passada e tiveram que atravessar os Estados Unidos no entretanto. Já os Patriots estão no máximo da sua força, praticamente sem lesões e vindos da semana de pausa.

Ao entrar na segunda volta da temporada regular os New England Patriots são, provavelmente, uma das únicas coisas em que todos os analistas concordam: eles são, neste momento, a equipa a bater na NFL e a primeira que todos apontam para chegar ao Super Bowl. Os Pats lideram, mais uma vez, destacados a AFC Este, com sete vitórias e apenas um desaire, sendo que os mais diretos perseguidores, Dolphins (4-4) e Bills (4-5), estão já a uma distância confortável. A equipa de Bill Belichick está a funcionar com o acerto de um relógio suíço e já provou que tem a capacidade de ultrapassar seja que adversidade for. Tom Brady está a jogar ao seu melhor nível, apesar dos trinta e nove anos de idade. Ainda que tenha perdido as primeiras quatro jornadas lidera várias das estatísticas relativas às exibições dos quarterbacks da Liga: percentagem de passes completos (73.1), jardas por tentativa (9.8), e média de passes para touchdown por partida (três). Mas tem sido também particularmente incisivo nos momentos determinantes do jogo: passes completos na red zone e nas terceiras tentativas, por exemplo. Já falamos várias vezes da diversidade de opções que os Patriots têm à disposição do seu QB. Martellus Bennett volta a estar quase a cem por cento e tem sido mais vezes solicitado, a par com o inevitável Gronkowski. Mas o jogo em corrida também está em alta, seja através de LeGarrette Bount ou James White.

Antes da semana de pausa os Patriots tiveram duas jornadas na estrada mas nem assim deixaram de manter o nível elevado. Venceram em Pittsburgh (27-16) e conseguiram a desforra dos Bills (41-25) – o único adversário que lhes manchou o currículo – em Buffalo.

Para os Seattle Seahawks esta não é a altura ideal para visitar Foxborough. A equipa de Pete Carroll só jogou na segunda-feira e já se sabe a dureza que é atravessar os Estados Unidos de lés-a-lés numa semana encurtada. Ainda por cima, o embate da passada jornada foi desgastante. Curiosamente, o último adversário de Patriots e Seahawks foi o mesmo, os Bills de Rex Ryan.

Foi um regresso às vitórias para os Seahawks (31-25) depois daquele empate estranhíssimo em Arizona (6-6) e a derrota em New Orleans (25-20). Russel Wilson fez muito provavelmente a melhor exibição da temporada (vinte passe completos em vinte e seis tentativas, duzentas e oitenta e duas jardas, dois TD’s e sem interceções). Ainda não está cem por cento saudável – o problema no joelho ainda não está resolvido – mas a partir do pocket ele continua a ter a capacidade de fazer o jogo acontecer. A defesa aos tight ends não é algo em que os Patriots se destaquem e com a capacidade que Wilson tem de colocar as bolas longas podemos contar vê-lo a solicitar Jimmy Graham, Doug Baldwin ou Tyler Lockett com frequência.

Este jogo podia mostrar o confronto dos irmãos Bennett mas com a lesão de Michael – que teve que ser operado ao joelho – o momento fica adiando. E Seattle perde o seu jogador defensivo de maior impacto. Felizmente, Kam Chancellor parece estar de novo apto depois de uma lesão na virilha o ter deixado de fora na segunda-feira.

	New England Patriots	Seattle Seahawks	University of Phoenix Stadium (SB49)	28-24
	Seattle Seahawks	New England Patriots	CenturyLink Field	24-23
	Seattle Seahawks	New England Patriots	Qwest Field	21-24
	New England Patriots	Seattle Seahawks	Gillette Stadium	30-20

A última vez que New England e Seattle se encontraram foi há quase dois anos, no Super Bowl 49. Os Patriots venceram esse de forma dramática e apesar dos dois lados repetirem que isso agora não interessa nada fica sempre um rastro. Para os vencedores de confiança, por vezes enganadora; para os perdedores, uma vontade de desforra. Seja o que for, jogos como este são a receita infalível para a NFL recuperar as famigeradas audiências. Grande noite em perspetiva.