Nápoles – FC Porto (Liga Europa)
Depois de há apenas uma semana o FC Porto ter feito a sua melhor exibição da temporada, culminando-a com uma vitória frente ao poderoso Nápoles, a viagem até terras transalpinas poderá ser considerada como um dos mais exigentes testes às capacidades da equipa azul e branca, que com Luís Castro ao comando, parece ter recuperado algum élan, apesar de ter perdido, no domingo, no Estádio de Alvalade. O jogo frente ao Sporting, aliás, serviu para mostrar quais as forças e quais as fragilidades dos Dragões, algo que Rafael Benítez deverá ter aproveitado para sublinhar, no momento de fazer o scouting dessa partida.
Talvez o Nápoles não esperasse um Dragão tão sólido como o que encontrou na passada quinta-feira. Talvez Rafael Benítez não estivesse preparado para encontrar uma equipa que não cometeu erros na defesa. Assistindo ao jogo de domingo, Benítez poderá ter tido algumas ideias sobre como tentar fazer tremer o último reduto dos portistas. Mas com Maicon de volta e mexidas obrigatórias no quarteto defensivo devido à ausência de Alex Sandro, serão, também, diversas as consequências que daí virão. Para o Nápoles, no entanto, pouco importa. Não é tempo agora de ficar parado a analisar possibilidades, os napolitanos precisam de entrar forte na partida, marcar cedo, sem baixar nunca a intensidade. Aliás, será na velocidade a que o encontro se jogar que se poderá decidir o apuramento. Se o Nápoles impuser velocidade, estará muito mais beneficiado do que se se deixar levar por um Porto que deverá apostar forte em parar o ritmo da partida. Rafael Cabral, Zuñiga e Maggio, todos lesionados, são os jogadores do plantel que não poderão dar o seu contributo para este encontro.
Onze provável: Pepe Reina – Réveillere, Albiol, Fede Fernández, Ghoulam – Behrami, Inler – Callejón, Hamsik, Insigne – Higuaín.
O FC Porto terá ficado a ganhar com a mudança no comando técnico, mas a derrota de domingo, frente ao Sporting, terá voltado a abrir algumas feridas na equipa. Por um lado, a dependência ofensiva de Ricardo Quaresma tem vindo a ser reforçada. Os azuis e brancos vivem do individualismo do extremo para criar perigo junto da baliza adversária, seja pelo espaço que Quaresma consegue abrir, seja pela forma como coloca a bola ao serviço de Jackson Martínez, que não vive a fase de maior confiança da sua carreira. Por outro lado, o Sporting deixou também claro que a saída de bola dos azuis e brancos é um problema, algo que poderia ficar um pouco disfarçado com o duplo-pivô de Paulo Fonseca, mas que volta a exigir mais trabalho dos centrais e de Fernando. Sentindo a possibilidade de poder defender o resultado, o mais certo é que o FC Porto se apresente com mais precauções defensivas, sobretudo limitando as subidas dos extremos e pedindo maior colaboração defensiva dos seus extremos. Varela terá, aqui, um papel fundamental para compensar o equilíbrio do meio-campo, já que Quaresma, neste plano, funciona como um avançado puro, que raramente descerá para ajudar atrás. Com Helton lesionado, Fabiano fará a sua estreia na Liga Europa.
Onze provável: Fabiano – Danilo, Maicon, Diego Reyes, Mangala – Defour, Fernando, Carlos Eduardo – Varela, Jackson Martínez, Ricardo Quaresma.
Sem grande histórico de confrontos, as duas equipas tinham-se encontrado na temporada de 1974/75, na Taça UEFA, com o Nápoles a vencer ambos os encontros por 1 a 0. Repetir esse resultado obrigará a um prolongamento.
Por sua parte, o FC Porto poderá tentar aproveitar o espaço oferecido pela subida no terreno do Nápoles para marcar primeiro e fazer a diferença na eliminatória. Ricardo Quaresma, uma vez mais, será o homem a seguir sempre que os Dragões se preparem para uma transição.
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