Com o arranque da 1ª jornada da Fase de Qualificação ao Mundial 2018, começamos aqui por fazer a antevisão do Grupo G, com a Espanha e a Itália a lutarem pelo 1º lugar num agrupamento onde a oposição é escassa, já que a Albânia, Macedónia e Israel pouco poderão fazer contra dois colossos do futebol internacional, muito menos poderá o Liechtenstein, que se deverá ficar pelo último lugar.
Espanha volta à carga pelo título

Morata será uma das principais apostas no ataque espanhol.
Com uma selecção bastante forte, bem organizada nos três terços do campo e com uma enorme vontade de vencer, a Espanha volta à carga pelo título de Campeã do Mundo, título esse que conquistou pela primeira, e única vez, no Mundial 2010 na África do Sul. Depois da desilusão do Mundial 2014 no Brasil, onde não foram além da Fase de Grupos, cabe agora a Julen Lopetegui, que ainda não se estreou aos comandos da Fúria, fazer melhor nesta nova edição da prova.
Com um plantel constituído por jogadores como David De Gea na baliza, Piqué e Sergio Ramos a comporem o sector defensivo, Sergio Busquets e Koke no meio-campo, e o jovem Álvaro Morata no ataque, a Espanha tem um espinha-dorsal bem constituída. Resta apenas saber se Julen Lopetegui, depois de uma frustrante temporada ao serviço do FC Porto, conseguirá tirar o máximo de proveito da enorme qualidade aqui presente.
Itália

O jovem de 17 anos é uma das grandes promessas tanto do AC Milan, como da selecção italiana.
A Itália é presença constante nos Campeonatos do Mundo desde o Mundial de 1962, no Chile, não falhando uma única edição da prova desde então. Quatro vezes sagrada Campeã do Mundo, em 1934, 1938, 1982 e 2006, a Squadra Azzurra parte então em busca do 5º título onde começará num agrupamento da Fase de Qualificação onde, teoricamente, é clara favorita a seguir em frente, sendo a Espanha a única concorrente que realmente assusta.
Com um plantel longe de ter a mesma qualidade dos últimos anos, cabe agora a Giampiero Ventura tirar o máximo de proveito dos jogadores que constituem esta selecção, contando com jovens de grande potencial. Por enquanto, a baliza italiana continua a ser o trono do mítico Buffon, contando com uma enorme promessa de 17 anos, Gianluigi Donnarumma. O sector defensivo continua a ser composto pelos veteranos Bonucci, Chiellini e Barzagli, de 29, 32 e 35 anos respectivamente, o que faz o técnico italiano começar a procurar por novas soluções. Com Bonucci ainda com uns bons anos pela frente, Rugani, de 22 anos, torna-se uma boa aposta para substituir Barzagli que poderá não fazer parte do próximo Mundial.
No meio-campo, agora sem a magia de Andrea Pirlo, e com De Rossi já com 33 anos, cabe a Verratti e Florenzi a construção de jogo no meio do terreno italiano, deixando o sector ofensivo nas mãos de Pellè e Éder, que terão de ter cuidado com Gabbiadini, avançado do Nápoles, que começa a dar nas vistas.
Luta pelo 3º lugar
A Albânia deu, pela primeira vez, nas vistas na Fase de Qualificação ao Euro 2016 ao qualificar-se ao seu primeiro Campeonato da Europa na sua história, conseguindo o 2º lugar no Grupo I onde faziam parte Portugal, Sérvia, Dinamarca e Arménia. Contudo, durante o Euro 2016 não foram além da Fase de Grupos, vencendo apenas um jogo, contra a Roménia. No que toca ao Campeonato do Mundo, esta selecção orientada por Giovanni De Biasi ainda está por garantir a sua primeira qualificação, algo que será difícil de conseguir com a Itália e Espanha no mesmo agrupamento.
A selecção de Israel parece ser outra equipa que fará frente à Albânia a conseguir o 3º lugar, que apesar de não ser de qualificação, sempre é mais honroso que qualquer um dos restantes 3. Apesar de nunca sequer ter conseguido qualificar-se a um Campeonato da Europa, os israelitas já se estrearam num Mundial, em 1970 no México, a sua única presença na competição, acabando por não irem além da Fase de Grupos. Com pouca experiência na baliza, destaca-se Gershon, do Gent, no sector defensivo, e Saief, de 22 anos, e Munas Dabbur, 24 anos, do Gent e do Red Bull Salzburg, no ataque.
Fuga do último lugar
Tanto a Macedónia como o Liechtenstein são Países com pouca tradição no futebol, já que nenhuma destas selecções, em toda a sua história, conseguiu um qualificação a um Campeonato da Europa ou a um Campeonato do Mundo.
A Macedónia conta com 50 jogos em Fases de Qualificação ao Campeonato do Mundo, onde somam 11 vitórias, empatando 10 vezes e perdendo os restantes 29 jogos, apresentando parciais de 56 golos marcados e 87 golos sofridos. Se não fosse a existência de duas selecções como a Espanha e Itália, os macedônios até que poderiam ter, ainda que remota, uma hipótese.
Já o Liechtenstein, por sua vez, como se diz na gíria do futebol, são os “bate na avó”, uma vez que nos 50 jogos que disputou nesta Fase de Qualificação venceu apenas 2 jogos, empatando 6 vezes e perdendo os restantes 42 encontros, com parciais de 22 golos marcados e 146 golos sofridos. Esta etapa de qualificação não deverá ser diferente das tantas outras que já disputou.
Boas Apostas!