Marco Amelia nasceu em 1982 em Frascati, uma região italiana da província de Roma.

O actual guarda-redes de 32 anos teve um percurso pouco normal nas camadas jovens. Começou na equipa local da Lupa Frascati, em 1987, onde começou por jogar a avançado. Três anos depois, com 9 anos, transferiu-se para a Roma como guarda-redes, apesar de também ter feito alguns jogos a avançado.

Na época 1999/2000 foi um dos protagonistas do Campeonato Primavera, competição de juniores. As boas exibições valeram-lhe um lugar como 3ª guarda-redes da Roma na temporada seguinte. Com Fabio Capello no comando técnico do emblema italiano, o jovem Amelia não somou qualquer minuto. A Roma viria a vencer esse mesmo campeonato.

No Verão de 2001, o presidente do Livorno, Aldo Spinelli, decidiu apostar nele para o clube da Série C1. Amelia foi o segundo guarda-redes e apenas somou um jogo no campeonato. Na época seguinte foi aposta na Série B, onde alinhou por 35 vezes e sofreu 39 golos. O Livorno terminou a época no meio da tabela e Amelia conquistou o interesse de vários clubes.

Em 2002/2003, o Lecce do principal escalão garantiu os serviços por empréstimo do jovem guarda-redes. Amelia estreou-se na Série A e nas competições europeias, Taça UEFA, com 21 anos. Na Série A alinhou em 13 jogos, sofrendo 27 golos. Em Janeiro de 2004, o Livorno decidiu emprestá-lo ao Parma onde somou 2 jogos, um na Taça UEFA, beneficiando da expulsão de Frey, e outro na Taça de Itália.

Marco Amelia no Livorno

Marco Amelia foi guarda-redes no AS Roma e no AC Milan, mas foi no Livorno que cimentou a sua carreira

De regresso ao Livorno, Amelia agarrou a titularidade da formação que já se encontrava na Série A. Com 31 jogos realizados e 50 golos sofridos na liga, o guarda-redes do Livorno foi um dos jogadores que contribuiu para a permanência no principal escalão, terminando em 9º lugar. A partir dessa época, 2004/2005, começou a desenhar o seu percurso de sucesso no clube da Toscânia. Na temporada seguinte, Amelia e os seus companheiros continuaram a fazer crescer o Livorno. Com 36 jogos e 42 golos sofridos, o talentoso guarda-redes levou o Livorno até ao 7º lugar, garantindo um lugar na Taça UEFA.

Em 2006 entrou para o lote de guarda-redes que já marcaram um golo nas competições europeias. Aos 87 minutos, subiu à área do Partizan e de cabeça empatou a partida, numa clara referência aos seus tempos de avançado.

Foi indicado para o prémio de melhor guarda-redes da Série A mas perdeu para Buffon. Terminou a época de 2006/2007 em 11º lugar com 30 jogos completados e 46 golos sofridos, somando ainda 8 jogos na Taça UEFA e 9 golos concedidos. Em 2007/2008 não conseguiu evitar a descida de divisão, sofrendo 48 golos em 33 jogos do campeonato. O Palermo mostrou interesse em Amelia e na temporada seguinte continuou na Série A, alinhando em 34 partidas onde encaixou 45 golos. A aventura não durou muito e na época seguinte seguiu-se o Génova.

Os 30 jogos e os 5 na Liga Europa fizeram com que o Milan mostrasse interesse em contar com Amelia no seu plantel. O conjunto de Milão contratou o guarda-redes por empréstimo em 2010/2011. O italiano estreou-se na Liga dos Campeões frente ao Real Madrid, disputando ainda mais dois jogos na competição. Somou 4 jogos e 5 golos sofridos na Série A, ajudando o Milan a sagrar-se campeão nessa mesma temporada. Os campeões acabaram por exercer a opção de compra e Amelia permaneceu no clube até Julho de 2014, altura em que terminou o contrato.

Selecção

Marco Amelia na Selecção Italiana

Marco Amelia, que chegou a ser falado para o SL Benfica, esteve com a Selecção Italiana no Mundial 2006, na Alemanha, que a Itália acabaria por vencer

Amelia fez a sua estreia por Itália nos Sub-15 em Março de 1998, num torneio em França.

Em 2004 assumiu os Sub-21 e conquistou o Europeu da mesma categoria, subindo depois à Selecção Olímpica que garantiu a medalha de bronze em Atenas.

Com 23 anos e fruto das boas exibições no Livorno, entrando na segunda parte de um amigável frente à Costa do Marfim. Marcello Lippi confiou em Amelia e convocou o guarda-redes para o Mundial de 2006, competição em que a Itália venceu, com Amelia a ser o terceiro guarda-redes. No final do Mundial, Peruzzi abandonou e, aos 24 anos, Amelia tornou-se o segundo guarda-redes na hierarquia das balizas, atrás de Buffon. Foi convocado para o Europeu de 2008 e a Taça das Confederações de 2009.

A sua última internacionalização remonta a 10 de Junho de 2009, num amigável frente à Nova Zelândia.

Origens

Seguro entre os postes e experiente, Amelia há um ano jogava a prova que todos os jogadores ambicionam disputar. A 22 de Outubro de 2013, jogou os 90 minutos do empate a uma bola entre o Milan e Barcelona.

Precisamente um ano depois anunciou a sua filiação ao Rocca Priora, clube amador da província da Roma que disputa a 7ª divisão italiana. Marco Amelia é o presidente honorário do Rocca Priora desde 2009 e também tem o seu nome ligado às escolas de formação.

Dado o momento complicado do clube, Amelia foi convidado para ser director técnico do clube, convite que aceitou depois de rejeitar algumas propostas de clubes profissionais mas cujos projectos não o cativaram. Pouco tempo depois, Amelia decidiu saltar do banco para o relvado e voltar a calçar as luvas para ajudar o Rocca a inverter a situação, tendo sofrido 14 golos em 7 jogos. Com esta decisão Amelia pode manter a condição física enquanto espera por uma chamada de algum clube profissional.

Para a história fica um guarda-redes humilde que chegou ao topo e decidiu voltar às origens com dois campeonatos em Itália, Europeu Sub-21 em 2004, Supertaça de Itália, Mundial em 2006 e o bronze nos Jogos Olímpicos de 2004.

Esta é a vida de Marcos Amelia e a sua viagem até às origens.

Boas Apostas!