Faltava apurar mais duas equipas para os quartos-de-final da Liga dos Campeões, e elas foram encontradas ontem: FC Barcelona e Juventus FC.

Nada que não fosse previsível ou, pelo menos, esperado.

O FC Barcelona recebeu os ingleses do Manchester City em Campo Nou, depois de terem ido ganhar, por 2 a 1, ao Etihad Stadium. A Juventus FC foi ao Signal Iduna Park vencer os alemães do Borussia Dortmund depois de já terem ganho, em Turim, por 2 a 1.

O resultado que menos garantias dava era a vitória da Juventus FC em casa por 2 a 1. Resultado traiçoeiro, bastando ao Borussia ganhar por 1 a 0 para ser o apurado. Já o FC Barcelona tinha a vantagem de uma vitória fora que o jogo em casa potenciava.

Acabaram por passar as duas equipas latinas, FC Barcelona e Juventus FC.

E foram juntar-se a um lote maioritário de equipas latinas: FC Porto, Real Madrid, Atletico Madrid, PSG e AS Monaco. 3 equipas espanholas, 2 equipas francesas, 1 equipa portuguesa e outra italiana e, por último, e fora do pacote latino, 1 equipa alemã, o Bayern Munique.

A crise pode ter atingido em força o sul da Europa, gente preguiçosa e pouco produtiva, mas no futebol, continuam a ditar ordens. Do rico norte da Europa, uma única equipa alemã. De Inglaterra, zero.

Um Trio de Luxo

Depois de ter ido vencer o Manchester City, de Manuel Pellegrini, ao Etihad Stadium, por 2 a 1, o FC Barcelona era a equipa que parecia ter tudo a seu favor para continuar em prova. Se bem que uma equipa como o Manchester City pode ir vencer a qualquer lado e, a qualquer momento, inverter a ordem das coisas.

Joe Hart

Se o Barcelona não ampliou o resultado, foi Joe Hart, o guarda-redes do Manchester City, o grande responsável

O problemas para os ingleses é que o FC Barcelona não é uma qualquer equipa. Se o Manchester City podia ir, perfeitamente, ganhar a Espanha, facto que não escandalizaria ninguém, também se poderia perceber que, nesta altura, tal seria muito difícil de acontecer em Camp Nou. Pelo que se passou no jogo da primeira-mão e, especialmente, por aquele trio de ataque que destrói qualquer defesa: Lionel Messi, Luis Suárez e Neymar, e que ontem estiveram endiabrados, especialmente Messi.

Mas também é preciso dizer que o Manchester City também tinha o seu grande trunfo. E esse dava pelo nome de Joe Hart, e era o guarda-redes do Manchester City, e que tão bem defendeu as suas redes, com excepção do golo de Rakitic, à passagem da meia-hora. E o Manchester City ainda manteve esperança numa reviravolta, porque, lá atrás, estava tudo bem controlado.

É verdade que o FC Barcelona entrou a matar para tentar resolver o jogo, e a eliminatória, o mais cedo possível. Domingo que vem chega com o Real Madrid. Por isso… É verdade que desde o minuto inicial o FC Barcelona carregou consecutivamente sobre o adversário até ter conseguido marcar um golo. E também é verdade que o golo só não aconteceu mais cedo porque estava lá Joe Hart.

Se a primeira parte foi essencialmente do FC Barcelona, a segunda parte teve um Manchester City mais acutilante e esperançado em conseguir, pelo menos, levar o jogo para o prolongamento. Para isso seriam necessários 2 golos, esperança que se reforçou quando, ao minuto 77, Kun Agüero foi derrubado em falta, dentro da área, por Piqué, e o árbitro assinalou grande penalidade que o próprio Kun Agüero se encarregaria de marcar. De marcar a grande penalidade, porque não o golo.  Na senda do seu homólogo adversário, Marc-André tar Stegen, o alemão guarda-redes do FC Barcelona, defendeu a grande penalidade marcada por Kun Agüero e, a pouco mais de 10 minutos do fim do encontro, quase destruiu por completo as esperanças da equipa de Manuel Pellegrini de poder, pelo menos, forçar ao prolongamento.

Prolongamento tal que não aconteceu. O FC Barcelona até poderia ter dilatado o resultado, mas manteve-se porque Joe Hart não permitiu que o Barcelona FC voltasse a marcar, e o FC Barcelona acabou apurado para os quartos-de-final, deixando o Manchester City pelo caminho.

De salientar também que Lionel Messi, que fez um grande jogo e potenciou bastante o ataque culé, não marcou nenhum golo, mantendo-se, assim, empatado com Cristiano Ronaldo como os Melhores Marcadores de sempre da Liga dos Campeões.

Desorganizados Italianos Vencem Organizados Alemães

Não é que tenha sido assim, mas é um pouco assim que são definidos os países que estiveram em confronto: a Alemanha é organizada, a Itália é a confusão.

Ontem, no entanto, os caóticos vencerem, e bem, os organizados.

A Juventus FC foi a Dortmund vencer o Borussia, por 3 a 0. Depois de, na primeira-mão, os italianos terem ganho por 2 a 1, esperava-se uma reacção alemã que, afinal, não se verificou.Claro que este Dortmund está longe das proezas que fez, não há muito tempo, e que está mais focado em tentar sobreviver na Bundesliga. No entanto, não se chega aos oitavos-de-final por sorte.

Borussia Dortmund 0 - 3 Juventus FC 2015

Carlos Tevez e a Juventus não deixaram pedra-sobre-pedra no Signal Iduna Park

A carreira do Borussia Dortmund na Liga dos Campeões tem sido brilhante, ainda para mais com todos os problemas internos que tem tido, até ontem.

E ontem até se esperava algum receio da Juventus FC pois, o Borussia estava a jogar em casa, com um estádio repleto de adeptos a gritarem pela sua equipa com a possibilidade real de continuarem em prova, depois de uma mera derrota por 2 a 1, em Turim.

Mas tudo desmoronou logo aos 3′ de jogo quando Carlos Tevez rematou forte, fora da área, e a bola só foi parada dentro da baliza à guarda de Roman Weidenfeller. Um balde de água fria nos 80 mil adeptos que estavam no Signal Iduna Park para ver a sua equipa passar ao lote da Elite.

Durante o resto da primeira-parte do jogo, que foram mais de 40 minutos, nem por uma vez a Juventus FC permitiu qualquer veleidade ao Borussia de pensar, sequer, em conseguir aproximar-se da baliza de Buffon, quanto mais em marcar um golo.

No segundo tempo foi mais do mesmo, com a Juventus FC a dominar o jogo, mesmo se permitiu ao Borussia Dortmund dominar a posse de bola. Aos 70′, no entanto, acabavam-se as espectativas alemãs quando, Alvaro Morata marca o segundo golo, a passe de Carlos Tevez.

E, como se não bastasse, o mesmo irrequieto Carlos Tevez, outra vez ele, voltou a colocar a bola na baliza adversária, elevando para 3 a 0, o resultado no marcador.

Com esta vitória, a Alemanha só garantiu uma equipa na Elite dos quartos-de-final, o Bayern de Munique de Pep Guardiola, enquanto que a Itália mantém o seu único representante, a Juventus.

Grandes partidas de futebol se aguardam na próxima eliminatória.

Boas Apostas!