Um autêntico grupo da morte nesta Liga dos Campeões, com o Arsenal a ter que medir forças com Borussia Dortmund e Nápoles, enquanto o Marselha tentará a todo o custo colocar-se na luta pelos pontos e pelo apuramento. Nenhum estádio será fácil para nenhuma das equipas e todos os jogos parecerão demasiado equilibrados para encontrarmos apenas um vencedor. Quem conseguirá avançar para lá deste dificílimo grupo?
Arsenal
Arsene Wenger prometeu um maior investimento para esta temporada, mas acabou por falhar contratação atrás de contratação, até conseguir assegurar Ozil, do Real Madrid, quase em cima do fecho. Sabendo a pouco para os seus adeptos, sobre a cabeça do francês pende a necessidade de assegurar resultados e conquistar algum troféu.
Com o panorama na Liga Inglesa bastante complicado, o Arsenal não poderia ter tido pior sorte na Liga dos Campeões, já que, apesar de estar no pote 1, terá de defrontar algumas das equipas mais fortes que não foram campeãs na época passada. Wenger confiará no crescimento de alguns dos jovens que tem no seu plantel, esperando ainda que Giroud se possa mostrar como um ponta-de-lança de categoria europeia. Porque por muito que Ozil signifique um aumento de qualidade na sua equipa, só o alemão não chegará para fazer do Arsenal mais competitivo.
Borussia Dortmund
Jurgen Klopp perdeu um dos seus melhores jogadores, Gotze, para o rival Bayern que parece mais forte do que nunca. Mas Klopp ainda é Klopp. E construindo a sua equipa com contratações cirúrgicas como Aubameyang e Mkhitaryan, o técnico alemão volta a ser um tremendo candidato para chegar à final da Liga dos Campeões.
Lewandowski mantém a posição na área do adversário, Hummels continua a liderar a defesa, Gundogan ainda ocupa todo o meio-campo. Num onze sem pontos fracos, o Dortmund é temível, também, pela intensidade que coloca no jogo. Quando em casa, as bancadas cheias do Westfallen são outro obstáculo difícil de ultrapassar. Uma grande equipa e que poderá ter as condições de sair vencedora deste Grupo, onde outros grandes tubarões fazem também pela sua vida.
Marselha
Quando o panorama do futebol francês se vai afirmando como território de milionários que tentam usar o seu dinheiro como fórmula mágica, o Marselha continua a criar equipa à boa maneira antiga, escolhendo jovens jogadores e alimentando um estilo de jogo característico que vai dando resultados. Aos irmãos Ayew, Valbuena e Gignac juntou-se, este ano, Payet e Khelifa, que aumentam as opções do técnico Elie Baup. Ainda que pareça ingrato para os marselheses calhar neste grupo, o desafio poderá até agradar ao técnico, que entrará em todas as partidas sem a responsabilidade de vencer, podendo surpreender alguns dos mais fortes candidatos do grupo. O objetivo passará por aí, aproveitando os deslizes dos seus rivais e buscando encontrar a felicidade em forma de apuramento para uma das provas europeias.
Nápoles
Na cidade onde Maradona é Deus, reina agora o perfume do futebol espanhol, com o técnico Rafael Benítez a fazer-se acompanhar de uma autêntica armada, composta por Pepe Reina, Albiol, Callejón e o argentino Higuain, chegado do Real Madrid. Os napolitanos têm um plantel muito forte, uma atitude naturalmente combativa e um técnico que sabe tudo sobre como chegar longe na Liga dos Campeões. Associado a isso, vêm crescendo nos últimos anos como uma personagem do filme das grandes equipas europeias, estatuto que pretenderão confirmar já esta temporada. O grupo da morte é um grupo desenhado à medida das ambições dos napolitanos, que contarão com os jogos em casa para fazer toda a diferença – e se somarem os nove pontos caseiros, ficarão praticamente com um pé nos oitavos-de-final.
Boas apostas!