A 29ª jornada da Liga BBVA ficou marcada pelo empate dos dois grandes de Madrid, deixando tudo na mesma na corrida ao 2º lugar da competição. No fundo da tabela, a segunda vitória consecutiva do Deportivo da Corunha recoloca-o na luta pela manutenção, onde o Mallorca sai como o grande derrotado da ronda.

Foguetes gastos à partida

Era o jogo grande da jornada e os dois golos marcados nos primeiros dez minutos prometiam noite de espetáculo em Madrid. No entanto, Atlético de Madrid e Valência não voltariam a marcar, com algumas picardias entre os seus jogadores a tomarem conta do desenrolar dos acontecimentos na segunda parte. Assim, o que prometia muito, acabou por resultar em pólvora seca.

Jonas Valencia

Jonas abriu o ativo para o Valência

Ernesto Valverde optou por enfrentar o Atlético de Madrid com uma proposta de ataque. Haedo Valdés era o pivô de uma frente ofensiva onde se assinalava a entrada de Piatti, ao lado do brasileiro Jonas. O meio-campo de força tinha Parejo, Banega e Tino Costa, pedindo-se aos laterais, João Pereira e Guardado, que subissem pelas faixas. Logo aos 5 minutos de jogo, João Pereira assim fez, centrando a bola para que Jonas colocasse o Valência em vantagem. Mas não durou mais que um minuto a resposta do Atlético de Madrid. Falcao, que ainda não tinha marcado com a camisola do Atlético no mês de março, apressou-se a fazer o empate.

O técnico Diego Simeone não tinha Juanfrán, habitual lateral-direito, disponível, mas a entrada do jovem Javi Manquillo permitiu que não se sentisse qualquer diferença nesse flanco. Faltou, no entanto, alguma capacidade criativa no meio-campo. A lesão de Arda Turan, que foi obrigado a sair aos 27 minutos de jogo, terá tido grande influência, já que Raúl García não se apresentou ao mesmo nível do turco. No entanto, na segunda parte, mais do que procurar a vitória, as equipas procuraram não perder. Diego Costa e Koke envolveram-se por diversas vezes com João Pereira, transformando o jogo numa sucessão de pequenas disputas individuais.

O empate não permitiu que o Atlético ultrapassa-se o Real Madrid e fez com que o Valência fosse ultrapassado pelo Málaga, que venceu no campo do Rayo Vallecano por 3-1. A luta pela Europa mantém-se viva, depois de uma partida onde todos deixaram algo a desejar.

Há vida na Corunha!

Marchena Deportivo

Marchena marcou na vitória do Deportivo

O Deportivo já havia sido declarado condenado nesta Liga quando venceu, em sua casa, frente ao rival Celta de Vigo. Agora, em Mallorca, o conjunto de Fernando Vázquéz voltou a vencer e ficou à beira de apanhar os seus diretos adversários na corrida pela manutenção. Só não ficou em melhor posição porque, quer Celta de Vigo, quer Saragoça, empataram com os primeiros da classificação.

O Mallorca até começou a ganhar, nesta partida, com golo de Victor. A reação dos galegos fez-se sentir ainda na primeira parte, com Sílvio a marcar um grande golo, depois de já ter feito o mesmo na derradeira jornada. Na segunda parte, Marchena, a aproveitar um ressalto de bola na área, e Riki, a finalizar, com alguma sorte à mistura, uma belíssima jogada de Pizzi, colocaram o Deportivo a vencer por 1-3. Nsue ainda conseguiria reduzir a vantagem, mas os três pontos foram conquistados por uma equipa que pode agora sonhar com a manutenção.

Grandes empatam

Messi Barcelona

Uma volta inteira a marcar para Messi

Barcelona e Real Madrid defrontaram adversários do fundo da tabela em vésperas de compromissos na Liga dos Campeões e entraram na história de empates da jornada. Os catalães visitaram a Galiza, com Abidal a regressar ao banco – enquanto Tito Vilanova ficava, em repouso, em Barcelona. Lionel Messi bateu mais um recorde, marcando golos contra todas as equipas da Liga de uma forma consecutiva – 19 jogos -, mas não foi suficiente para vencer o Celta, que através de Borja Oubiña, já bem perto do final, fixou o resultado em 2-2.

O Real Madrid visitou Saragoça, onde começou, praticamente, a perder. Golo de Rodri, que acabou assim com um jejum de golos protagonizado por todos os colegas de Hélder Postiga desde 4 de janeiro. O Real respondeu com Cristiano Ronaldo a empatar, mas nem com a chamada da artilharia pesada na segunda parte – Ozil, Di María e Khedira saltaram do banco quando faltava meia-hora para terminar o encontro – a equipa de José Mourinho voltou a marcar. Foco total na Liga dos Campeões onde, aí sim, será proibido perder.