LA Galaxy – New England Revolution (MLS)
As chegadas de Ashley Cole, Jelle Van Damme e Nigel De Jong denunciavam que em Los Angeles a aposta continua a ser a mesma: ter equipas de perfil mediático elevado, conscientes de que a qualidade coletiva que é possível de criar com tanto talento vão deixar os Galaxy, indiscutivelmente, num dos lugares de topo da MLS. No entanto, o elevar do nível dos jogadores do continente americano tem atrapalhado um pouco estas contas, ao mesmo tempo que Bruce Arena pode não ser, já, um treinador com uma visão e um plano que não estejam entendidos pelos concorrentes.
Apesar de ter apenas uma derrota, os LA Galaxy são, por esta altura, uma equipa ainda em busca de identidade. Bruce Arena nunca repetiu um onze e o único jogador que esteve presente em todas as equipas titulares é o estreante Daniel Steres, que chegou da equipa B para entrar, com alguma surpresa, no lote de indiscutíveis do seu treinador. Jelle Van Damme e Steven Gerard são outros dois nomes que estão de pedra e cal na equipa, enquanto se espera que Zardes, Giovani dos Santos e Robbie Keane encontrem a sua melhor forma em termos ofensivos. No entanto, entre altos e baixos, os Galaxy têm tido alguns encontros em que são capazes de soltar todo o seu potencial e golear quem lhes aparece pela frente. Assim foi contra os DC United, os Houston Dynamo ou os Real Salt Lake. Em casa, onde tudo lhes parece ser mais fácil. Ashley Cole cumprirá castigo depois de ter sido expulso na semana passada, enquanto Leonardo, Alan Gordon e Keane estão em dúvida, devido a problemas físicos.
Onze Provável: Rowe – DelaGarza, Steres, Van Damme, Rogers – Husidic, Gerard – Lletget, Giovani dos Santos, Boateng – Zardes.
Os New England Revolution estão em sexto lugar, mas o facto de já terem disputado dez encontro, mais um ou dois do que a generalidade dos outros emblemas, permite-lhe essa posição algo enganadora. A equipa tem apenas uma vitória em dez jogos, o que não pode deixar de ser visto como negativo, se bem que sete empates lhe permitem ir acumulando pontos. Jay Heaps tem a sua equipa montada em volta dos dois criativos, Nguyen e Diego Fagundez, embora lhe vá faltando consistência na finalização, onde Davies e Agudelo são bastante inconstantes, e na defesa, onde a experiência da maior parte dos seus elementos não parece ser suficiente para travar as equipas adversárias. O conjunto de New England parece ter ficado mais forte, no entanto, no meio-campo defensivo, onde Koffie acrescenta capacidade física à equipa, numa posição onde Jermaine Jones, que continua a ser um elemento muito valioso na Liga, parecia não conseguir adaptar-se às ideias de Heaps – levantando problemas que só a sua saída parece resolver. Para este jogo, os problemas alargam-se às lesões de Tierney, Neumann e Davies, com Bunbury também ainda em dúvida.
Onze Provável: Shuttleworth – Watson, Farrell, José Gonçalves, Smith – Koffie, Caldwell – Rowe, Nguyen, Fagundez – Agudelo.
As duas equipas jogaram a final da MLS em 2014, com os homens de Los Angeles a vencerem, mas essa parece ser agora uma realidade distante. Em busca de formas para poderem voltar a estar entre os mais fortes, com a consistência de atingir uma final, os Revolution são quem tem um caminho mais longo a percorrer. Daí o favoritismo natural para os Galaxy neste encontro.