Rosenborg – Austria Viena (Liga Europa)
O equilíbrio que se esperava desta eliminatória não foi desmentido pelos factos, o primeiro jogo, em Viena de Áustria, confirmou isso mesmo. Um Roseborg atrevido, a tentar trazer para casa alguma coisa que pudesse ser trabalhada para conseguir o apuramento, e um Austria Viena a acabar por ser mais forte, somando uma vitória, mas também esta a precisar de ser cuidada na Noruega, para que não se transforme num afastamento.
Depois de uma primeira parte sem golos, o Austria Viena colocou-se na frente com um golo de Grunwald, assistido por Felipe Pires, o mesmo jogador que apenas dois minutos depois subia a parada para 2-0. Este seria um resultado que oferecia enorme vantagem à equipa austríaca, mas o Rosenborg não se disponibilizou para tal feito, mantendo a pressão sobre o conjunto da casa e conseguindo, já em tempo de descontos, reduzir a desvantagem com um golo de Reginiussen.
Agora, a atuar em casa, o Rosenborg terá que subir a parada, sabendo, desde já, que uma vitória por 1-0 poderá ser o suficiente para conseguir seguir em frente. Mas, pelos dados do último jogo, esse resultado não será o mais provável. Estamos perante duas equipas com alguns jogadores com talento e criatividade, ambas mais focadas no processo ofensivo, onde estão mais à vontade, do que num processo exclusivamente defensivo. Para além disso, mesmo marcando primeiro, o Roseborg não teria grande vantagem em recuar as suas linhas depois de 1-0, porque estaria a oferecer passagem para que o Austria Viena também lutasse pelo resultado. Depois de ter eliminado o Norrkopig e ter sido eliminado pelo APOEL Nicósia na Liga dos Campeões, manter-se até chegar à fase de grupos da Liga Europa é como que um objetivo “obrigatório” para os homens do Rosenborg.
Onze Provável: Kwarasey – Svensson, Reginiussen, Eyjolfsson, Gersbach – Jensen, Konradsen, Midtsjo – Helland, Gytjaer, Skjelvik.
O Austria Viena chega à segunda mão com vantagem e defendê-la será a sua primeira missão no jogo de Trondheim. Os dois golos marcados em casa ficaram mesmo muito perto de se terem transformado numa autêntica muralha para evitar qualquer sofrimento na deslocação à Noruega, mas faltou um pouco mais de resistência competitiva para conseguir impedir o golo do Rosenborg nos minutos finais. O técnico Thorsten Fink terá, assim, que saber gerir um resultado, sempre utilizando também as suas melhores armas do plantel para tentar atacar a baliza adversária e conseguir marcar, até porque o golo obrigará o seu adversário a um número de golos muito maior. Ultrapassados os albaneses do Kukesi e os eslovacos do Spartak Trnava, perante os quais o Austria Viena venceu sempre fora de casa, resta entender até onde aguentará a resistência do conjunto austríaco frente a um adversário de um nível superior.
Onze Provável: Almer – Larsen, Rotpuller, Filipovic, Martschinko – Serbest, Holzhauser – Lucas Venuto, Grunwald, Felipe Pires – Kayode.
Foi sempre a equipa da casa a vencer nos jogos disputados entre Austria Viena e Rosenborg.
Se se cumprir a tradição, o Roseborg terá meia porta aberta para seguir em prova. Mas do lado austríaco conta também o facto de em todos os jogos ambas as equipas terem marcado, o que poderá mexer com as contas finais da eliminatória.