República Checa – Croácia (Euro 2016)
Ante Cacic já disse que a Croácia vai para os copos se vencer a República Checa esta sexta-feira e garantir assim, ao segundo jogo, a passagem aos oitavos de final. O selecionador croata pode brincar depois de ganhar o jogo de estreia, frente aos turcos. Mas sabe que terá pela frente uma partida muito exigente. Só o cabeceamento de Piqué, a três minutos do fim, impediu os checos de pontuar frente à atual bicampeã europeia. Não há volta a dar. Para se manter na luta a Rep. Checa tem que vencer este jogo.
A República Checa abriu a participação no Euro 2016 com uma derrota mas Pavel Vrba tem boas razões para estar satisfeito. Claro que perder o jogo a três minutos do fim é um tremendo banho de água gelada mas tendo em conta que o adversário era a bicampeã europeia a sensação é atenuada. De facto o selecionador checo tem muitos elementos positivos a retirar desse primeiro encontro. Apesar de ter ganho o seu grupo do apuramento para o Europeu – à frente da Islândia, relegando a Turquia para o play-off e descartando a Holanda – a equipa de Vrna não tinha impressionado no setor defensivo. E em várias ocasiões ficou a ideia de que podiam ter comprometido não tivesse Petr Cech entre os postes. Diante da seleção espanhola a Rep. Checa teve uma prestação defensiva exemplar. Cada um usa as armas que tem e os checos sabiam que não tinham como contrariar o poderio espanhol sem muita capacidade de sacrifício. Entregaram a iniciativa e recuaram a defender. A força deste conjunto é mesmo a solidez, o funcionar como um bloco. E na segunda-feira todos defenderam. Exemplo dessa filosofia de entrega à equipa e à estratégia montada foi a exibição de Tomas Rosicky. O veterano jogador do Arsenal não fez o que mais gosta – pegar na bola e avançar – e cumpriu o que o treinador lhe pediu.
O esforço dos checos foi notável mas infelizmente não lhes deu pontos. O que significa que precisam mesmo de vencer este segundo jogo. No mínimo, de empatar. É que o último encontro da fase de grupos coloca-os frente à Turquia.
Onze Provável: Cech – Kaderábek, Sivok, Kadlec, Limbersky – Plasil, Darida – Dockal, Rosicky, Krejci – Necid.
A Croácia entusiasmou quem a viu no jogo de estreia. É certo que o triunfo sobre a Turquia foi pela margem mínima (0-1) mas ficou na retina o futebol mexido e inteligente dos croatas, além daquele golo tremendo de Luka Modric. O “pequeno Mozart” mereceu, mais uma vez, o título. Todos os cordelinhos da seleção croata passam pelos seus pés. Um golo solitário, um remate de primeira a chegar o tempo de intervalo, valeu os três pontos e coloca a Croácia na iminência de garantir desde já a presença na fase seguinte, se vencer o segundo jogo.
Ante Cacic testemunhava a leveza que se sente, de momento, entre a comitiva croata. O selecionar tão contestado, que poucos consideram estar à altura da função, era só sorrisos e até lhe deu para a brincadeira. Disse que estava a preparar a festa para a eventualidade de conseguirem atingir já o objetivo da passagem aos oitavos. Há uma bebedeira – corrigiu logo a seguir para três ou quatro cervejas – combinada entre todos.
Mas nem tudo foram rosas na estreia. Verduz Corluka rachou a cabeça em choque com o adversário e apesar dos três pontos e do turbante aplicado sangrou até ao fim. O capitão Darijo Srna, que fez um jogo excecional, foi informado no final do encontro do falecimento do pai e foi mesmo dispensado para se ausentar para ir ao funeral. Já está de volta e segundo Cacic vai entrar de início na sexta.
Onze Provável: Subasic – Srna, Corluka, Vida, Strinic – Badelj, Modric – Brozovic, Rakitic, Peresic – Mandzukic.
Croácia
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4-2 |
República Checa
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Amigáveis 2011
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Croácia
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1-1 |
República Checa
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Amigáveis 1996
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Esta será a primeira vez que estes países se defrontam numa partida competitiva. Os dois anteriores foram amigáveis.