New Orleans Saints – Atlanta Falcons (NFL)
Thursday Night Football traz-nos um duelo entre primeiro e último classificados da NFC Sul. 2012 é, neste momento, o ano de referência para as duas equipas. Os Saints estão a ter o pior início de temporada desde então, tendo vencido apenas um dos cinco primeiros jogos, e há rumores do interesse de outros nos serviços de Sean Payton, sugerindo que ele possa estar para ser despachado de New Orleans. Os Falcons vivem a situação oposta, impulsionados pela chegada de Dan Quinn.
No domingo passado os New Orleans Saints foram massacrados em Philadelphia (39-17), esticando assim o seu registo negativo para quatro derrotas em cinco jogos que lhes dá o último posto na divisão. Com o jogo de quinta-feira, madrugada de sexta em Portugal, New Orleans termina a primeira ronda pelos adversários da NFC Sul e arrisca-se a fazer o pleno dos desaires. Na semana dois recebeu os Tampa Bay Buccaneers e perdeu (26-19). O mesmo acontecendo na jornada seguinte, em deslocação ao terreno dos Carolina Panthers (27-22).
Os Atlanta Falcons levam um registo de cinco vitórias nos cinco primeiros encontros da época regular e lideram a divisão, embora seja preciso fazer a ressalva de que os Panthers também ainda não foram batidos e têm um jogo a menos. Mesmo assim, a equipa agora orientada por Dan Quinn já não tinha um arranque de campeonato tão bom há três temporadas, o que enche os fans de entusiasmo. Há quem diga que os cinco triunfos de Atlanta são algo enganadores, no sentido em que a oposição não foi a mais exigente e na dificuldade com que alguns deles chegaram. À exceção da vitória na receção aos Houston Texans (48-21), os outros resultados foram muito equilibrados. Os triunfos sobre os Eagles (26-24), Giants (24-20) e Redskins (25-19) foram por menos de um touchdown de diferença. Sendo que no domingo, em Washington, só chegou no prolongamento, através de uma interceção de Robert Alford, que o cornerback converteu num TD de cinquenta e nove jardas.
Mas enquanto os críticos veem nisto fragilidades os adeptos veem motivos para otimismo. Nos momentos decisivos a equipa une-se e supera as adversidades. A ideia que passa para quem assiste é que estas vitórias podem ter o seu pozinho de sorte mas só porque todo o plantel trabalha muito para que aconteça. Nem sempre bem, nem sempre com sucesso – é um grupo em (trans)formação – mas sempre com um objetivo claro em mente. Outra coisa que os Falcons de Quinn mostraram nesta primeira parte do calendário é que não estão dependentes de Matt Ryan e Julio Jones para vencer jogos. Mesmo quando estes dois elementos têm dias menos explosivos outros assumem o protagonismo, como foi o caso de Devonta Freedman (oito TD’s, quatrocentas e cinco jardas pelo chão, duzentas e quarenta na receção aos passes) ou mesmo de jogadores defensivos, como Alford.
| New Orleans Saints | Atlanta Falcons | casa | D 30-14 |
| New Orleans Saints | Atlanta Falcons | fora | D 37-34, OT |
| New Orleans Saints | Atlanta Falcons | fora | V 17-13 |
| New Orleans Saints | Atlanta Falcons | casa | V 23-17 |
Dito isto, é claro que ainda há muito a trabalhar, sobretudo na defesa, como é apanágio do seu treinador. É coisa que leva o seu tempo a interiorizar e consolidar mas já se notam claras melhorias. É bem possível, e até provável, que confrontados com um adversário com melhores recursos os Falcons possam baixar à terra. Pode até acontecer na próxima jornada, com a visita a Tennessee, mas não deve acontecer já esta quinta. No Mercedes-Benze Superdome os Falcons têm tudo para manter a liderança na NFC Sul.
