New England Patriots – Miami Dolphins (NFL)
Com este embate em Foxborough as duas equipas terminam a primeira ronda pelos adversários da AFC Este, com resultados opostos. Os New England Patriots venceram todos os jogos, os Miami Dolphins sofreram derrotas às mãos dos Jets e Bills. À partida, os Pats são superfavoritos mas há dois pormenores que podem baralhar este ascendente. A equipa de New England está muito desgastada pelo acumular de lesões. Do outro lado, a entrada em cena de Dan Campbell deu nova vida aos Dolphins.
Até agora, a temporada de reação ao episódio Deflategate está a ser perfeita para os New England Patriots. A equipa de Belichick segue imbatível (6-0) e na última jornada conseguiu distanciar-se claramente de toda a concorrência, isolando-se, destacada, no topo da AFC Este. O triunfo sobre os Jets foi, sem dúvida, o mais sofrido da época. A rivalidade existente entre as duas equipas ajuda a nivelar os encontros e desta vez os Patriots tinham também muitas limitações devido a lesões. O histórico treinador da equipa, há quatro décadas na NFL, não se lembra de ir a jogo com tão poucos jogadores disponíveis – no domingo só se equiparam dezoito homens da ofensiva. Assim, Belichick não pode fazer as suas habituais rotações para gerir o esforço. Para piorar o cenário, esta semana só teve quatro dias, já que os Pats jogam na quinta-feira.
Voltando aos Jets, não foi um jogo perfeito pela parte de New England. A defesa evidenciou dificuldades nas terceiras tentativas e o ataque esteve quase exclusivamente dependente do que o braço direito de Brady conseguiu produzir. A sorte é que produz muito (completou trinta e quatro dos cinquenta e quatro passes tentados, para trezentas e cinquenta e cinco jardas e dois touchdowns). Gronk continua a ser um monstro muito difícil de parar. Mas o quarterback já advertiu que diante de Miami a equipa não pode ser tão unidimensional no ataque. A ausência de Dion Lewis frente a New York quase eliminou a progressão pelo chão e o running back continua a ser dado como limitado no relatório desta semana.
Há três semanas o reinado de Joe Philbin chegou ao fim e os Miami Dolphins promoveram o técnico dos tight ends a treinador principal, na qualidade de interino. Dan Campbell deu nova vida à equipa e desde que assumiu o comando os Dolphins, que estavam 1-3, somaram duas vitórias consecutivas, ambas por margens muito confortáveis. Claro que vencer duas das formações mais fracas da NFL – Tennessee (38-10) e Houston (44-26) – não transforma Miami na sensação da temporada. Mas há sem dúvida uma energia diferente e os jogadores não se acanham de prestar tributo à forma como Campbell alterou a mentalidade do grupo. Na receção aos Texans o QB Ryan Tannehill fez uma exibição irrepreensível mas quem mais tem beneficiado com a nova orientação técnica é Lamar Miller. De peça fora do baralho nos primeiros quatro jogos o running back tonou-se o ponto fulcral da ofensiva dos Dolphins. Mas esta mudança de atitude não se limitou ao ataque. Nas duas últimas partidas a linha defensiva somou dez sacks, oito dos quais da responsabilidade da dupla Ndamukong Suh e Cameron Wake.
New England Patriots | Miami Dolphins | casa | V 41-13 |
New England Patriots | Miami Dolphins | fora | D 33-20 |
New England Patriots | Miami Dolphins | fora | D 24-20 |
New England Patriots | Miami Dolphins | casa | V 27-17 |
New England Patriots | Miami Dolphins | casa | V 28-0 |
New England Patriots | Miami Dolphins | fora | V 23-16 |
Os Patriots têm um resto impressionante a jogar em casa e apesar dos Dolphins lhes terem causado problemas nas duas últimas temporadas esse superioridade, pelo menos em Foxborough, nunca foi posta em causa.