LA Galaxy – New York City (MLS)
Esta é uma partida que mexe em vários tabuleiros onde se vai discutindo a contabilidade da Major League Soccer 2015. Por um lado, os LA Galaxy estão mais fortes do que nunca, nesta temporada, com todos os seus reforços a demonstrarem um potencial ofensivo que dificilmente terá igual na Liga. Ao mesmo tempo que já subiram ao topo da Conferência Oeste, vão também brilhando na Liga dos Campeões da CONCACAF. Por sua vez, os New York City vão lutando para encontrar forma de ainda entrar na corrida do playoff, descobrindo em Poku, um jovem ganês que desde o início da temporada vai dando sinais de qualidade sem merecer especial atenção de Jason Kreis, destronar um Frank Lampard longe de estar em forma. Num confronto entre gigantes das duas costas, quem levará a melhor?
Três vitórias na MLS e mais duas goleadas na Liga dos Campeões da CONCACAF ajudam os LA Galaxy a fazer um pleno desde a estreia de Giovani dos Santos. Não se deve, no entanto, creditar ao mexicano todas as melhorias da equipa. Ele veio apenas servir como o último pormenor de uma casa que esteve a ser reconstruída nos últimos meses. Letget ajudou a equilibrar o meio-campo, que passou a brilhar com Gerrard ali incluído. Robbie Keane fez a sua “pré-temporada” depois de uma lesão e está tão forte como nunca. Peças menos brilhantes da equipa, como Juninho, Alan Gordon ou a linha defensiva, continuam a dar cartas e a subir alto o nível de um conjunto que Bruce Arena parece insistir não ter teto, nem condição final. Os Galaxy recuperam a vida num ano em que muitos os davam como perdidos e mesmo se a saída de Jaime Penedo após a Gold Cup deixa a baliza entregue a um guarda-redes com menos condições de ser considerado um atleta de topo na sua posição, também não é menos verdade que o potencial ofensivo parece tudo poder. Em mais uma partida perante o seu público, essa volta a ser a expetativa.
Onze provável: Ricketts – DeLaGarza, O. Gonzalez, Leonardo, Rogers – Zardes, Juninho, Gerrard, Letget – Giovani dos Santos, Keane.
Para o New York City este também pode ser um tempo de acreditar na recuperação da equipa. Depois da chegada de Pirlo e Lampard, Jason Kreis voltou a sentir problemas para desenhar o seu onze. O técnico não se pode queixar da falta de argumentos para criar um meio-campo e ataque em condições, apenas no corredor central da defesa nos parece perder realmente para outras equipas. Mas também não está livre de cair no saco dos treinadores que faz menos do que aquilo que poderia, tendo em conta os meses de trabalho já feito. Defensivamente a equipa sofre bastante, sobretudo porque lhe falta cobertura e intensidade de meio-campo (onde já ouvimos isto?). Lampard, no entanto, voltou a sentir problemas físicos e a chamada de Poku ao onze valeu dois golos e um empate em Columbus a meio desta semana. Calle e Shelton também estão entregues ao departamento médico, pelo que Kreis deverá voltar a apostar no ganês, mesmo que Lampard, entretanto, possa regressar às contas, pelo simples facto de Poku garantir muito mais presença do que o inglês em baixa de forma. Facey regressa de suspensão e pode ser opção.
Onze provável: Saunders – Iraola, Facey, Hernandez, Angeliño – Jacobson, Pirlo – Diskerud, Poku, McNamara – Villa.
Este será o primeiro encontro entre as duas equipas.
Os Galaxy têm tudo para conseguir mais uma vitória, mas a perspetiva de atingir o playoff torna os New York City numa equipa perigosa, até pelo talento e experiência que vários dos seus jogadores têm.
