Israel – Itália (Europeu Sub-21)
Como país organizador deste Europeu, o onze israelita esteve perto do começo perfeito, levando o encontro com a Noruega a vencer até bem perto do final. No entanto, permitiu o golo norueguês já nos descontos, desperdiçando assim aquela que parecia uma oportunidade única de alcançar uma vitória neste torneio. Os israelitas são, claramente, a equipa mais frágil da competição, não dando qualquer sinal de que poderia ter conseguido o apuramento, caso não fosse a sua condição de organizador do torneio. Por outro lado, a Itália enfrentou a Inglaterra e, apesar de só ter garantido a vitória com um golo de livre direto, mostrou atributos para estar colocado entre os favoritos à vitória final da prova.
Na equipa de Israel, todo o futebol passa pelos pés de Nir Biton, médio centro de alto porte físico, que passeia classe sempre que toca no esférico. Não terá um índice maior de aproveitamento nos passes por a sua equipa deixar muito a desejar em termos de qualidade técnica, mas tudo o que é bom jogo tem o toque deste jogador, que é também o capitão da equipa. No onze titular de Guy Luzon, Barouch e Dabbur tentaram imprimir alguma agressividade na frente de ataque. Ambos os jogadores são velozes, mas tiveram muitas dificuldades para ganhar duelos com os centrais noruegueses. Essas dificuldades só sairão multiplicadas quando tiverem que defrontar os italianos. Por outro lado, Turgeman, que saiu do banco para marcar, mostrou ser uma excelente opção, mais posicional e física, mas com capacidade para lutar no corpo-a-corpo. Na linha defensiva, destaque para o central Bem Harush, a tentar sempre resolver com qualidade, enquanto na baliza, Kleiman mostrou ser um guarda-redes com bons atributos.
Onze provável: Kleiman – Dasa, Gutliv, Ben Harush, Tawatcha – Kriaf, Nir Biton – Kalibat, Dabbur, Golasa – Turgeman
A Itália venceu o jogo entre os favoritos do Grupo A, com um golo de Insigne, na marcação de um livre direto. O pequeno napolitano foi mesmo a grande figura desta Squadra Azzurra. Lançado pelo corredor esquerdo, nunca deu descanso ao último reduto dos ingleses, fosse pela velocidade, fosse pela capacidade de controlar a bola. Quem também deixou, várias vezes, os ingleses de cabeça à volta foi Immobile, que, no entanto, acabou por ser substituído por Gabbiadini, quando parecia que os transalpinos iam deixando passar o tempo sem marcar. Peças fundamentais para o funcionamento da equipa são os dois médios, Marco Verratti e Luca Marrone, que asseguram a ligação defesa/ataque e resolvem grande parte dos problemas criados pelo meio-campo contrário. Frente a Israel, estarão em luta direta com a dupla Kriaf – Biton, pelo que a vantagem italiana parece muito maior do que foi frente à Inglaterra. Nas linhas defensivas, a calma e maturidade habituais dos italianos, mesmo que os jogadores desse setor não tenham experiência na principal divisão do futebol italiano. Uma equipa completa e muito compacta, dificilmente terá dificuldades para bater os israelitas.
Onze provável: Bardi – Donati, Caldirola, Bianchetti, Biraghi – Verratti, Marrone – Florenzi, Insigne – Immobile, Borini.
No papel, a equipa italiana é bastante superior a Israel. Em campo, só poderão encontrar dificuldades auto-infligidas. Caso consigam marcar cedo, não haverá razão para que a Itália não vença este encontro com todo o conforto.
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