Estados Unidos – Jamaica (Gold Cup 2015)
Se não fosse a imprevisibilidade que sempre guia as partidas da Gold Cup 2015, poderíamos bem dizer que o vencedor desta meia-final poderá vir a ser o campeão da prova. Estados Unidos e Jamaica têm sido, até ao momento, as duas equipas mais fortes, ambas vencendo os respetivos grupos e avançando nos quartos-de-final sem precisar de ir além dos 90 minutos. Com a equipa norte-americana a apresentar melhor cartel nesta prova, não é demasiado pensar que o programa de preparação da equipa das Caraíbas, que incluiu uma passagem pela Copa América, possa estar agora a oferecer dividendos para quem quer ser a surpresa da Gold Cup.
Os Estados Unidos tiveram a sorte de encontrar a seleção cubana nos quartos-de-final e venceram por 6-0, sem o mínimo de dificuldades. O primeiro golo surgiu logo à passagem do quarto minuto e quebrada dessa forma a resistência dos cubanos, foi com alguma naturalidade que a soma continuou a aumentar partida fora. Jurgen Klinsmann sabe que o resultado, por saboroso que seja, significa muito pouco para o que resta da partida. O germânico até talvez esperasse encontrar um adversário de maior monta, que pudesse significar um crescendo em termos de competitividade depois de uma fase de grupos que já ofereceu adversidades interessantes aos yankees. Depois de bater Honduras e Haiti, os Estados Unidos empataram com o Panamá, possibilitando a passagem dos panamianos à fase seguinte, sendo que agora a equipa de Blas Pérez e companhia até estará nas meias-finais. Num encontro em que as dificuldades passarão, sobretudo, por conseguir parar a força física dos Reggae Boyz, Jurgen Klinsmann deverá apostar na experiência ao seu dispor para fazer a diferença.
Onze provável: Guzan – Chandler, Gonzalez, Alvarado, Johnson – Beckerman – Zardes, Bradley, Bedoya – Dempsey, Johannsson.
A Jamaica tem feito um campeonato com muito acerto, depois de ter entrado na Gold Cup a empatar frente à Costa Rica. Seguiram-se vitórias perante o Canadá, El Salvador e, já nos quartos-de-final, perante o Haiti, sempre pela margem mínima, mas sempre deixando claro que os jamaicanos sabem como controlar um jogo e podem ser uma verdadeira ameaça para quem não entender a força que reside na essência dos Reggae Boyz. Com uma linha defensiva fisicamente muito poderosa e com capacidade de acerto, um meio-campo igualmente com resistência e capacidade de luta e jogadores muitos rápidos a surgirem pela faixa e a servir as referências atacantes, a Jamaica tem tudo aquilo que faz uma equipa grande e ambiciosa na Gold Cup. Também treinados por um técnico alemão, Winfried Schafer, não se projeta que possam existir segredos de parte a parte.
Onze provável: Thompson – Mariappa, Morgan, Hector, Lawrence – McCleary, Austin, McAnuff, Grant – Dawkins, Barnes.
A história mostra-nos um domínio dos Estados Unidos no encontros frente aos jamaicanos, com vitórias nos últimos três encontros disputados e sempre que as duas equipas jogaram na Gold Cup.
| Estados Unidos | 2-0 | Jamaica | WC2014 CONCACAF |
| Jamaica | 1-2 | Estados Unidos | WC2014 CONCACAF |
| Estados Unidos | 1-0 | Jamaica | WC2014 CONCACAF |
| Jamaica | 2-1 | Estados Unidos | WC2014 CONCACAF |
| Jamaica | 0-2 | Estados Unidos | Gold Cup ´11 |
O favoritismo dos Estados Unidos só é colocado em causa devido ao excelente momento da seleção jamaicana que talvez seja capaz de criar mais dificuldades do que tem sido habitual entre as duas seleções.
