Argentina – Honduras (Jogos Olímpicos 2016)
Esta quarta-feira, no Estádio Manuel Garrincha, Argentina e Honduras disputam entre si a última vaga de apuramento do Grupo D para os quartos de final dos Jogos Olímpicos. Os argentinos sofreram mas lá conseguiram a vitória sobre os argelinos. Os hondurenhos entraram a matar, marcando no primeiro minuto frente a Portugal, mas acabaram cedendo os três pontos à organização superior do adversário. O conjunto de Rui Jorge, com duas vitórias, tem a qualificação já garantida.
A Argentina precisa de vencer o último compromisso da fase de grupos para passar aos quartos de final. A seleção das Pampas perdeu na jornada inaugural com Portugal (2-0) e conseguiu os três pontos na segunda partida, frente à Argélia (2-1). Foi um triunfo suado e com o seu toque de contrariedade. Com ambas as equipas vindas de desaire, entraram conscientes de que qualquer erro podia significar o fim das suas aspirações. Apesar das cautelas de parte a parte, as duas formações tem uma mentalidade ofensiva e ainda fizeram umas quantas tentativas para surpreender até encaixarem uma na outra. Ángel Correa – de longe o elemento com mais qualidade e objetividade neste conjunto argentino – e Jonathan Calleri mostraram sinais de bom entendimento e os dois golos da Argentina saíram da ação direta desta dupla atacante. Em cima do intervalo o capitão azul celeste, Victor Cuesta, foi expulso, com segundo amarelo, ao derrubar Bounejdad. Os argentinos viam-se assim na iminência de jogar o segundo período com dez.
Nunca é bom ficar com um elemento a menos mas a acontecer foi a altura ideal. Porque assim Julio Olarticoechea pode acalmar e reorganizar os jogadores durante o intervalo. Aquilo que podia ser um ligeiro ascendente da Argélia no final da primeira parte foi anulado pelo golo dos argentinos, logo na saída dos balneários. Correa deu o melhor seguimento a um remate de Calleri, antecipando-se para fazer a recarga e bater o guardião argelino. Os africanos não baixaram os braços e acabariam por chegar à igualdade aos sessenta e quatro minutos, em lance de penetração de Bendebka. Os últimos vinte e cinco minutos podiam ser dramáticos para a Argentina, com o desgaste acrescido de estar em inferioridade numérica contra um adversário fisicamente forte mas as coisas ficaram niveladas quando Abdellaoui viu o segundo amarelo por jogo perigoso, pois minutos depois do empate. O golo da vitória viria da iniciativa de Correa e da pontinha de sorte do avançado do West Ham, que acabou por introduzir a bola na baliza com o corpo, após defesa incompleta de Chaal.
Onze Provável: Rulli – Gómez, Gianetti, Magallán, Alexis Soto – Ascacibar, Mauri Martínez – Pavón, Lo Celso, Ángel Correa – Calleri.
A seleção das Honduras, orientada pelo costarriquenho Jorge Luis Pinto, entrou da melhor maneira no embate frente a Portugal. A equipa viu-se a vencer logo no primeiro minuto, literalmente, com um golo de Alberth Elis no lance que abriu a partida. Podia ter sido um arranque auspicioso, já que obrigava o adversário a correr atrás do resultado. Mas a equipa hondurenha não t4em na solidez defensiva a sua maior força e talvez até preferisse estar na posição inversa. Nos minutos iniciais os portugueses acusaram a impacto do golo madrugador e não conseguiam pegar na bola no meio-campo para construir jogo. Mas aos poucos foram acalmando e percebendo as fragilidades defensivas das Honduras. A meio da primeira parte, Tobias Figueiredo reestabeleceu a igualdade, com um cabeceamento a centro de Paciência. O mesmo que aos trinta e seis fez o 2-1 para a equipa das Quinas. Já antes Salvador Agra tinha desperdiçado uma oportunidade em que se isolou frente a Luis lópez.
Onze Provável: Luis López – Brayan Ramírez, Marcelo Pereira, Palacios, Vargas Murillo, Brayan García – Elis, Acosta, Banegas, Quioto – Lozano.
Este será o primeiro confronto em Jogos Olímpicos entre as duas seleções. As duas equipas somam três pontos mas as Honduras levam vantagem mínima na diferença de golos (0 contra -1 dos argentinos). Razão pela qual um empate não serve às aspirações da Argentina para seguir em frente.