Itália – Holanda (Europeu Sub-21)
Depois de disputar a liderança do grupo até ao último minuto do jogo frente à Noruega, os italianos festejaram a vitória no Grupo A, mesmo que as vantagens e desvantagens desse feito possam ser pouco discerníveis. Escapando-se à Espanha, acaba por encontrar a Holanda, conjunto que esteve praticamente infalível nos dois primeiros jogos, perdendo depois, também com grande efeito, por 0-3 com a Espanha, num encontro em que preferiu recorrer às opções secundárias. Agora, num jogo de tudo ou nada, é difícil prever um favorito, no encontro de duas mentalidades bem diferentes no que toca à aproximação do jogo de futebol.
A Itália é a seleção que usou de maiores precauções neste Europeu. Parte disso deve-se ao facto de o seu técnico reconhecer que não dispõe de tanto talento como os restantes concorrentes ao título. No conjunto de Devis Mangia, o jogador que mais pode desequilibrar é o extremo-esquerdo Insigne. Mesmo assustando, ao lesionar-se no encontro frente a Israel, tudo indica que o jogador do Nápoles estará disponível na meia-final. Esperamos que esteja em condições de brilhar, já que ele oferece um alto grau de imprevisibilidade ao ataque transalpino. Outra zona do terreno onde Mangia estará bem confiante é no miolo, onde Marco Verratti exerce um claro controlo de todas as operações da equipa. Ao seu lado, Marrone ou Florenzi completam a missão de conectar as duas metades do conjunto italiano. Porque, atrás, a linha defensiva tem menor experiência de alto nível, embora mantenha o adn de segurança típica das equipas italianas. Na frente, a mobilidade vai sendo chave, com avançados possantes e capazes de explorar bem as fragilidades do adversário. Gabbiadini e Immobile deverão ser as escolhas mais pertinentes.
Onze provável: Bardi – Donati, Caldirola, Bianchetti, Donati – Verratti, Florenzi – Saponara, Insigne – Gabbiadini, Immobile.
A Holanda é um poço de talento, uma bomba pronta a explodir na baliza de um adversário mais distraído. Se excetuarmos o jogo frente à Espanha, onde as segundas opções de Cor Pot não foram capazes de segurar o furor espanhol, foram holandeses os melhores momentos nesta competição. Com um meio-campo de qualidade de topo, com Strootman, van Ginkel e Maher, a seleção laranja fascina a bola e domina os adversários. No apoio, estão os extremos Ola John e Wijnaldum, que tanto procuram a linham, como entram em diagonais em direção à área. Aí, vive Luuk de Jong, que mesmo sem estar a sobressair na competição, tem tido um trabalho excecional na fixação dos centrais, abrindo espaços para os seus companheiros de equipa. No setor defensivo, onde se apontavam algumas fragilidades, De Vrij e Martins Indi também têm sido exemplares. Mas, como é óbvio, os holandeses terão um forte teste às suas capacidades frente à Itália. O seu meio-campo, de inspiração mais ofensiva, terá que saber conter Verratti, que estará em todo o lado, e os seus defesas laterais terão um final de tarde bem ocupado. Ainda assim, no que toca a decisores, a Holanda tem vantagem, tem mais jogadores que podem fazer a diferença. E será nisso que Cor Pot estará a apostar.
Onze provável: Zoet – van Rhijn, Martins Indi, de Vrij, Daley Blind – van Ginkel, Strootman, Maher – Wijnaldum, de Jong, Ola John.
Um jogo que se espera muito equilibrado, onde o fator tático terá presença central, e onde os craques de cada lado serão chamados a fazer a diferença. Um golo poderá ser o que chega para ganhar um bilhete para final, entre Itália e Holanda.
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