Holanda – Rússia (Europeu Sub-21)

Segunda jornada do Grupo B do Europeu de Sub-21, com a Holanda, que entrou a ganhar na competição batendo a Alemanha por 3-2, a encontrar a Rússia, que no primeiro encontro perdeu para a Espanha por 0-1. A equipa laranja foi capaz de demonstrar todo o seu talento, num jogo onde também contou com um pouco de sorte, já que o golo decisivo, de Leroy Fer, foi conseguido em cima do apito final.

Para a Holanda, uma vitória neste encontro será essencial, tendo em conta que a equipa laranja sonhará terminar esta fase de grupos no primeiro lugar. Pelo que vimos no encontro da jornada inicial, tem potencial para isso. Com imenso talento ao seu dispor, Cor Pot organizou o onze para entrar a dominar, não tendo sido de espantar o ter chegado ao intervalo a vencer, com golos de Maher e Wijnaldum. No entanto, com a reação alemã no segundo tempo, ficaram também a descoberto as fragilidades deste conjunto, a nível defensivo e na forma algo infantil como deixou escapar o controlo do jogo. As substituições operadas pelo técnico foram, então, essenciais, para mudar a história do jogo bem perto do final. Frente ao conjunto russo, espera-se que a Holanda adote a mesma atitude da partida inicial. O trio ofensivo composto por Luke de Jong, como pivô, e com Wijnaldum e Ola John soltos nas faixas promete dar muito trabalho à defensiva russa, mas é no meio-campo ultra talentoso com Maher, Strootman e Van Ginkel que estará a origem do domínio laranja. Os russos mostraram uma excelente capacidade defensiva frente a Espanha, voltando a ter aqui um desafio bem exigente.

Onze provável: Zoet – Van Rhijn, de Vrij, Martins Indi, Daley Blind – Maher, Strootman, van Ginkel – Wijnaldum, de Jong, Wijnaldum.

A Rússia de Nikolai Pisarev demonstrou excelência defensiva, não tendo, no entanto, estado à altura no setor ofensivo, sentindo a falta de Smolov e Dzagoev, ambos em Lisboa. No entanto, enquanto Smolov foi utilizado na segunda parte do jogo frente a Portugal, Dzagoev não saiu do banco, colocando-o em excelente posição para ser utilizado frente à equipa laranja. Com ele em campo, aumentam exponencialmente as capacidades atacantes da Rússia, que terá que vencer para continuar na luta pelo apuramento para as meias-finais. No onze deverá manter-se Yakovlev, que acabou por ser o jogador a fazer mais por remexer a frente de ataque, enquanto Cheryshev esteve, quase sempre, muito apagado, acabando até por ser substituído. Para além da atitude defensiva do coletivo, sempre a roçar a perfeição, sobretudo na primeira parte, há a destacar a exibição do guarda-redes Zabolotnyi, que foi evitando, enquanto pôde, o golo dos espanhóis. A intenção de Pisarev, frente aos holandeses, deverá continuar a incluir um elevado esforço defensivo, procurando uma maior efetividade no momento da concretização.

Onze provável: Zabolotnyi – Chicherin, Burlak, Belyaev, Schennikov – Tsallagov – Dzagoev, Petrov, Shatov, Yakovlev – Cheryshev.

Caso a Holanda entre com o mesmo ritmo da primeira partida e consiga marcar um golo bem cedo neste jogo, parece difícil que a Rússia possa vir a igualar os termos. No entanto, repetindo a boa atitude defensiva e reforçados com a presença de Dzagoev e Smolov (este segundo deverá começar no banco), os russos terão aspirações a lutar pelo resultado e pelo apuramento.

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