Holanda – França (Mundial 2018)
O terceiro jogo desta fase de qualificação coloca frente a frente duas seleções que têm algo a provar. A lição de ter ficado fora do último Europeu está ainda bem viva na Holanda e dada a constituição do Grupo A sabem que não podem pestanejar. A França quer apagar o quanto antes o sabor amargo de perder a final com Portugal, em solo pátrio. À entrada para este jogo há três equipas com quatro pontos no agrupamento. Quem se destaca primeiro?
Há neste momento três seleções com quatro pontos no Grupo A. Holanda, França e Suécia estão todas com um empate e uma vitória. Seguem-se a Bulgária com três, Bielorrússia com um e o Luxemburgo ainda a zeros. As três do topo têm todas ambições elevadas de marcar presença no Rússia 2018 e embora cedo será importante perceber qual será a primeira a ganhar a dianteira.
A Holanda ainda está escaldada, depois de ter se ter espalhado no apuramento para o Europeu, que sendo alargado devia ter sido ainda mais simples. Portanto, nada de distrações. Em setembro abriu a qualificação para o Mundial com um empate na Suécia (1-1). Claro que os três pontos teriam sido preferíveis mas já foi uma afirmação de intenções importante. Na sexta-feira os holandeses aproveitaram ao máximo a visita da Bielorrússia (4-1). Sacaram os pontos e deram uma boa imagem de si mesmos diante do público holandês que, naturalmente, ainda olha para este conjunto com reservas. É que nem sequer houve grandes mudanças na seleção holandesa. Danny Blind manteve o cargo de selecionador e os jogadores são grosso modo os mesmos envolvidos na campanha anterior. O pai Blind deu preferência a Quincy Promes em detrimento a Memphis Depay, o que não chega a surpreender dada a pouca utilização que tem tido no Manchester United, e o homem do Spartak de Moscovo marcou dois golos à sua conta. Foram os que abriram as hostilidades, aos quinze e trinta e um minutos, e deram a inclinação necessária para que o encontro se descomplicasse para os da casa. Ryos reduziu logo a abrir a segunda parte mas aos cinquenta e cinco Klaassen fez o terceiro e enterrou o assomo de reação. Vincente Janssen fez o quarto.
Onze Provável: Stekelenburg – Karsdorp, Van Dijk, Bruma, Blind – Strootman, Wijnaldum – Promes, Klaassen, Sneijder.
O fantasma de perder a final do Euro 2016 em casa ainda assombra a seleção gaulesa. E este grupo sabe que só conseguirá eliminar esse gosto amargo com uma fase de qualificação forte. O pontapé de saída, na deslocação à Bielorrússia (0-0), ficou aquém desse objetivo. Por isso foi tão importante a reação na receção à Bulgária (4-1). A jogar em casa, diante do seu público, a França espantou os maus espíritos com uma vitória consistente. Mais do que isso, fez mesmo uma exibição entusiasmante e de caráter. Aleksandrov abriu o marcador logo aos seis minutos, depois de Bacary Sagna ter derrubado Georgi Milanov em falta na grande área. Uns minutos mais tarde o lateral direito gaulês redimiu-se ao lançar Kévin Gameiro para o golo que daria a igualdade. Dimitri Payet ficou contagiado pelo entusiasmo dos companheiros e inverteu o resultado ainda antes da meia hora de jogo. Griezmann e Gameiro marcaram os dois seguintes, por esta ordem, e é muito interessante ver como os dois vão prolongando na seleção o entendimento muito próprio que foi crescendo também no Atlético de Madrid.
Onze Provável: Lloris – Sagna, Varane, Koscielny, Kurzawa – Pogba, Matuidi – Sissoko, Griezmann, Payet – Gameiro.
Holanda
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2-3 |
Amigáveis 2016
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França
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2-0 |
Amigáveis 2014
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Holanda
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4-1 |
Euro 2008
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A França venceu os dois últimos confrontos, ambos amigáveis. O resultado favorável à Holanda mais recente foi na fase de grupos do Euro 2008, há oito anos.