Girona – Valência (La Liga)
O Municipal de Montilivi recebe os Ché este sábado para a penúltima jornada de La Liga. Ambas as equipas fizeram campanhas de sucesso. Ainda que estimulante, a Liga Europa não seria grande ideia para o Girona, que se estreou esta época na primeira liga. O Valência tem garantida a Liga Milionária e ainda pode chegar ao terceiro lugar se os Merengues perderem os dois últimos compromissos. Agora é preciso trabalhar rápido para que a próxima temporada seja tão boa ou melhor.
O Girona está a planear a festa para o final da receção ao Valência. Na sua estreia em La Liga o clube catalão está sólido na metade superior da tabela e, em teoria, ainda pode igualar em pontos o Sevilla, que está na sétima posição, a última que dá possibilidade de acesso às pré-eliminatórias da Liga Europa. Seria preciso que os andaluzes perdesse os seus jogos e mesmo assim continuariam a ter vantagem nos confrontos diretos. Mas só o facto de estarem nesta situação já é prova da extraordinária campanha levada a cabo esta época.
O Girona só venceu um dos últimos oito encontros da Liga Espanhola – no terreno do Alavés (1-2) – e a derrota do fim de semana passado, em casa, frente ao Eibar (1-4), sentenciou o fim do sonho europeu. O treinador dos Blanquivermells considerou que o marcador foi demasiado castigador para os esforços dos seus homens mas reconheceu que aos visitantes tudo correu de feição. Pablo Machin também se referiu ao facto de estarem frustrados e irritados consigo mesmos, por não terem tido maior acerto, quando objetivamente deviam estar felicíssimos. A verdade é que aquilo que o Girona fez esta época é histórico e impressionante, a todos os níveis, mas a certa altura ambicionaram ainda mais, e agora ficam com esse sabor amargo na boca.
José Suárez e Portu são os indisponíveis para sábado, o primeiro por lesão, o segundo por castigo.
Onze Provável: Bono – Alcalá, Juanpé, Lozano – Aday, Pons, Granell, Mojica – Portu, Stuani, García.
Marcelino fala também no milagre da Champions. De facto, para um conjunto que nas temporadas anteriores passou as passas do Algarve, terminando pelo meio da tabela e com um entra e sai de treinadores, ter presença garantida na Liga dos Campeões é obra. Apesar da competência reconhecida, poucos acreditaram que Marcelino Toral conseguisse ter sucesso em endireitar o Valência de imediato, dado esse historial recente. Mas conseguiu, praticando um estilo de futebol que entusiasma os adeptos, não apenas os valencianos.
À entrada para a penúltima jornada, os Ché já não podem ser alcançados por que vem atrás – o Betis está a oito pontos – e ainda podem alcançar o Real Madrid, no terceiro posto, se os Merengues perderem os dois últimos compromissos. Questão de pormenor, já que o prémio europeu era o que interessava realmente.
Agora a preocupação é com o que está para vir. Para que a equipa não afunde na próxima temporada, vai ser preciso uma gestão exigente dos recursos humanos. Tanto o treinador como as maiores figuras da equipa estão e continuarão a ser alvo de assédio. Rodrigo quer ficar mas sabe que não depende apenas de si. Gonçalo Guedes é uma das situações-chave. O português está interessado em continuar mas o passe pertence ao PSG e já se fala no interesse do Nápoles também. Será preciso acionar a opção de compra de Kondogbia, outra das peças fundamentais, mas antes disso o clube precisa de vender jogadores, para cumprir as regras da boa gestão.
Coquelin está lesionado, Parejo cumpre castigo. Jímenez e Maksimovic estão em dúvida.
Onze Provável: Neto – Vezo, Garay, Gabriel, Gayá – Soler, Parejo, Kondogbia, Guedes – Santi Mina, Rodrigo.
Valencia | 2-1 | Girona |
Liga Espanhola 2017/18
|
Valencia | 1-1 | Girona |
Taça do Rei 1978/1979
|
No jogo Mestalla, na primeira volta, o Girona marcou primeiro, logo aos oito minutos, por intermédio de Portu. A remontada Ché deu-se com uma ajudinha de Jonás Ramalho, que marcou na própria baliza, secundado por Dani Parejo, de grande penalidade, no arranque do segundo tempo.