A maior competição do Basquetebol Europeu de clubes inicia-se hoje, reunindo as 24 equipas mais fortes do continente, oriundas de 12 países diferentes. O Olympiakos entra com a missão de defender o título conquistado em Londres, na temporada passada, perseguindo o mesmo objetivo até Milão, onde se realizará a edição de 2014 da Final Four. Até lá, duas fases e um playoff eliminatório deixarão bem claro quem merecerá fazer a festa.
No Grupo D, podemos encontrar as equipas do Panathinaikos, Maccabi Electra Telavive, Lokomotiv Kuban, Laboral Kutxa, Estrela Vermelha, Lietuvos Rytas. Eis a nossa análise de cada uma delas.
Panathinaikos
Eterno candidato a vencer esta prova, o conjunto grego falhou por pouco a Final Four do ano passado, ao ser eliminado pelo Barcelona nos quartos-de-final. A aposta deste ano passa por manter-se em terreno conhecido, com Dimitris Diamantidis a conduzir uma equipa com vários elementos muito experientes, como é o caso de Roko Ukic, Michael Bramos ou Jonas Maciulis. Juntem a estes nomes um jogo interior onde estão Antonis Fotsis, James Gist, Mike Batiste e Stephane Lasme, para além de Loukas Mavrokefalides. Será um grupo muito forte para enfrentar uma primeira fase onde os gregos terão que estar ao máximo das suas capacidades, tendo em conta adversários de grande monta e em momentos de confiança. Ainda assim, com maior ou menor dificuldade, o “Pana” passará esta fase, sendo forte candidato a estar na Final Four.
Maccabi Electra Telavive
A equipa israelita desiludiu nos quartos-de-final do ano passado, ao não conseguir dar qualquer luta ao Real Madrid. Para este ano, David Blatt preparou uma revolução na equipa, promovendo o regresso do poste grego Sofoklis Schortsanidis, para um jogo interior onde também marcará bem presença o norte-americano Shawn James. Depois, com Joe Ingles a equipa ganha uma dimensão bem alargada no jogo exterior, sendo que o australiano tem uma capacidade defensiva também muito forte. Na condução da bola, Ricky Hickman tentará colocar em campo as ideias de Blatt. Para a rotação, surgem nomes como Tyrese Rice, Guy Pnini ou Sylven Landsberg, tudo jogadores com capacidade para elevar o jogo do Maccabi nos momentos mais difíceis. Tendo em conta a forte concorrência, o Maccabi não terá vida fácil para voltar a atingir os quartos-de-final, mas será sempre uma equipa que todos os outros quererão evitar.
Lokomotiv Kuban
Campeão da Eurocup na passada temporada, o conjunto russo do Lokomotiv Kuban fará por merecer a sua presença nesta Euroleague, reforçando um grupo com muita qualidade e talento, para além de confiança ganhadora adquirida na corrida da temporada passada. O lituano Mantas Kalnietis é peça fundamental no jogo exterior da equipa de Evgeny Pashutin, com a sua capacidade anotadora bem a par da força de organização, como se viu no último Eurobasket. Sergy Bykov, Krunoslav Simon, Marcus Williams e Simas Jasaitis confirmam essa força de tiro exterior que levará muitas dores de cabeça aos técnicos adversários. No jogo interior, a dupla norte-americana Derrick Brown e Richard Hendrix poderá deixar mossa, sabendo-se que o plantel conta ainda com o sérvio Aleks Maric, um peso pesado com capacidade de se impor. O Lokomotiv Kuban não terá sido beneficiado pelo sorteio, encontrando-se num grupo muito equilibrado, mas parece ter tudo para poder assegurar um lugar entre os quatro primeiros e seguir para a segunda fase.
Laboral Kutxa
Depois de ter conseguido marcar presença nos quartos-de-final da temporada passada, onde foram eliminados pelo CSKA Moscovo, o Laboral Kutxa viu o seu orçamento ser, de novo, reduzido, pelo que a missão se apresenta ainda mais complicada para o plantel às ordens de Sergio Scariolo. O italiano não beneficiará, para mais, de nenhum estado de graça da parte dos seus adeptos, tendo em conta o quanto o seu trabalho é posto em causa em solo espanhol. A época começou mal, mas a equipa de Vitória tem talento. Fabien Causeur e Thomas Heurtel são as peças que compõem, com Walter Hodge, o jogo exterior, num grupo onde Thomas Kelati, Fernando San Emeterio e Adam Hanga oferecem boas opções para a posição de extremo. No jogo interior, Andres Nocioni continua a ser rei e senhor, com Tibor Pleiss a demonstrar evolução e Daniel Clark a lutar por minutos durante a lesão de Leo Mainoldi. As lesões poderão mesmo ser o problema desta equipa. Se sobreviver as falhas, então o Laboral pode bem acreditar na sua evolução.
Estrela Vermelha e Lietuvos Rytas
Duas equipas que lutarão para estar na fase seguinte, ambas com talento nos seus plantéis, tendo que conseguir juntar capacidade para se sobreporem à experiência dos seus adversários. O Estrela Vermelha volta ao topo do basquetebol europeu depois de 13 anos afastado. Boban Marjanovic, o gigante sérvio, é a sua figura mais temida, embora o trio de norte-americanos possa conseguir equilibrar algumas partidas, com Blake Schilb, Charles Jenkins e DeMarcus Nelson. O esloveno Jaka Blazic é outro elemento de quem se esperarão pontos, a partir jogo exterior. O Lietuvos Rytas venceu a fase de qualificação para conseguir mais uma presença na competição. Omar Cook continua a ser peça fundamental para Dirk Bauermann, que tem ainda na experiência de jogadores como Seibutis, Palacios e Songaila fortes cartas para jogar durante esta fase regular. Uma equipa que mostra ter fibra para lutar por uma posição adiantada na prova, terá que começar a somar vitórias desde cedo, para o conseguir confirmar.
Boas apostas!