Eslováquia – Holanda (Amigável de Seleções)
Entre duas seleções que não estarão no Mundial, este encontro amigável tem o condão de nos dar a assistir ao início da preparação da Eslováquia e da Holanda rumo à próxima Liga das Nações e Euro 2020. Tratam-se de dois projetos futebolísticos com histórias diferentes, mas naturais ambições de regressar a uma competição internacional. No City Arena de Trnava, poderemos medir as condições que cada um apresenta para o conseguir.
Na última qualificação para o Mundial, a Eslováquia terminou em segundo lugar do seu grupo, mas acabou por não ser apurada para o playoff. O seu grupo teve um líder incontestado, a Inglaterra, seguindo-se um lote de seleções que revelaram equilíbrio, não tendo nenhuma delas um historial particularmente profícuo nas últimas temporadas. No final das contas, os eslovacos acabaram por superar a Escócia e a Eslovénia, os dois principais rivais num grupo onde também atuaram Lituânia e Malta, mas de forma insuficiente. Posteriormente ao fim da qualificação, a Eslováquia tem somado bons resultados. Uma derrota pela margem mínima frente à Ucrânia, três vitórias frente a Noruega, Emirados Árabes Unidos e Tailândia. Os objetivos passam, agora, por fazer boa figura na Liga das Nações, onde estará na Segunda Divisão, mas com adversários de peso como República Checa e Ucrânia, almejando chegar, de novo, a um Europeu em 2020. Jan Kozak mantém-se como treinador e a sua convocatória não prima pela surpresa. Jogadores como Skriniar, Hamsik ou Nemec continuam como principais referências, começando a abrir-se algum espaço para juventude com Rusnak e Lobotka a chegarem perto da titularidade.
Onze Provável: Dubravka – Pekarik, Skriniar, Durica, Hubocan – Duda, Lobotka, Hamsik – Mak, Nemec, Rusnak.
A Holanda vive um período mais intenso de renovação. A memória da Laranja Mecânica dos anos 70 e 80 apagou-se, sendo que mesmo as equipas fortíssimas que sempre tornaram a representação holandesa uma referência nas grandes provas parecem agora bem longe de reaparecer. Há apenas quatro anos, a Holanda terminou o Mundial em terceiro lugar, depois de ter jogado uma final em 2010, pelo que soou a escândalo a sua ausência do último Europeu, para mais com 24 seleções europeias presentes. As coisas entraram numa espiral negativa, com a Holanda a falhar também o Mundial e obrigando-se a rever quase tudo o que faz parte do seu credo enquanto nação de futebol. O país não perdeu, milagrosamente, o jeito para o futebol, nem interrompeu o fornecimento de bons jogadores para o profissionalismo. Boa parte do problema pode ter estado na gestão e nos treinadores escolhidos para a equipa, algo que agora se pretende resolver com Ronald Koeman, o homem com a missão de devolver a Holanda a altos voos. Vitórias contra Escócia, Roménia (ambas ainda com Dick Advocaat no comando) e Portugal são já um sinal claro desse renascimento, que teve apenas um episódio negativo com a derrota frente a Inglaterra. O antigo defesa central do Barcelona aposta numa geração que atua nos grandes campeonatos e que precisa de entender a seleção como parte das suas obrigações, é certo, mas também oportunidade para fazer carreira.
Onze Provável: Cillessen – Janmaat, de Ligt, van Dijk, Aké, Tony Vilhena – van de Beek, Propper, Wijnaldum – Babel, Depay.
Estas seleções disputaram apenas dois encontros, ambos com a Holanda a sair como vencedora no final.
Não se colocando grande pressão no resultado, ambos os técnicos procuram ter forma de mostrar evolução rumo à concretização dos seus próximos objetivos.