Wigan na luta pela manutenção, Tottenham e Arsenal na luta pela Liga dos Campeões, somaram empates que deixam para mais tarde as decisões sobre quem sorri e quem chora no momento das contas finais.

Mais uma semana de vida na luta pelo 4º lugar

Jornada difícil para o Tottenham, que ao jogar em Wigan, equipa mais do que necessitada de pontos para sair dos lugares de descida, procurava uma vitória. André Villas-Boas apostava cegamente nos seus recuperados craques e Gareth Bale dava-lhe motivos para sorrir bem cedo, colocando os Spurs na frente logo aos nove minutos. Mas não se deve nunca desvalorizar a força de alguém que está em risco de vida. O Wigan reagiu de imediato, com Boyce a marcar aos 11 minutos, com McManaman a colocar a equipa dos arredores de Manchester na frente a seguir ao intervalo. Tudo parecia indicar uma fabulosa vitória para o Wigan, mas o Tottenham garantiu a continuidade no comboio da Champions, com um autogolo de Boyce, aos 89 minutos.

Bale Tottenham

Bale marcou mas o Tottenham empatou

Isto porque o Arsenal não foi além de um empate, também, frente ao Manchester United, no domingo. Os arsenalistas começaram da melhor forma, com Walcott a abrir o ativo logo aos dois minutos. Mas não foi o suficiente para que a equipa de Wenger pudesse ganhar algum fôlego e distância para o Tottenham. Van Persie alcançaria o empate no derradeiro minuto da primeira parte, através de uma grande penalidade, e o jogo ficou pendurado até ao final, com o Arsenal, precisando de vencer, a não mostrar capacidade suficiente para retomar a liderança, enquanto o Manchester United se limitava a segurar a bola o melhor que sabe.

O Chelsea, por seu lado, fez aquilo que lhe era exigido. Recebeu e venceu o Swansea por 2-0, com golos de Óscar e Lampard, um a seguir ao outro, bem no final da primeira parte, não dando espaço para qualquer reação galesa.

Sem Suárez, Liverpool mostra raça – tarde demais?

São cinco pontos de diferença entre os rivais de Liverpool, quando faltam apenas três jogos para terminar a Premier League. O Liverpool, com Suárez suspenso, alcançou o mais significativo resultado da jornada. Com golos de Agger, Henderson (por duas vezes), Sturridge (também por duas vezes) e Borrini, os Reds venceram por 6-0 no terreno do Newcastle, que vai brincando com a sorte num lugar demasiado próximo do poço da descida.

Já o Everton, que tem apenas quegerir a sua vantagem perante o rival, recebeu e venceu o Fulham, no seu estádio, por 1-0, com golo de Pienaar. Os Toffees estão a três pontos do Tottenham, mas com um jogo a mais, parece pouco crível que possam ainda alcançar uma posição acima do 6º lugar.

Já há despromovidos

Com o Aston Villa a jogar hoje uma partida fundamental para se manter na Premier League, frente ao Sunderland, e o Wigan a esperar que eles percam para manter a sua esperança, já existem despromovidos para o Championship. Reading e Queens Park Rangers enfrentaram-se e mostraram as razões porque não merecem ficar na Premier League. Um chato zero a zero deixou ambos os conjuntos sem mais esperanças, numa partida onde a falta de qualidade e crença foi bem evidente.

sorriso de bosingwa

A imagem da polémica

No final do jogo, a atitude bem disposta com que Harry Redknapp e José Bosingwa regressaram aos balneários levaram à indignação de adeptos do QPR e também do antigo jogador desta equipa, Joey Barton. Os sorrisos pareceram, claramente, deslocados do que acabava de acontecer no relvado. Mas essa será também uma imagem para refletir no futuro do clube. Contratações de craques e treinador mediático pouco valeram a um conjunto que passou todo o ano no fundo da tabela. Refazer o plantel será, agora, tarefa obrigatória.