Dallas Cowboys – Carolina Panthers (NFL)
Nem há discussão possível: este é o prato forte do feriado de Thanksgiving. Os invencíveis Carolina Panthers, que já deixaram de ser sensação para se afirmarem como uma das melhores equipas da Liga, visitam o AT&T Stadium. Para os Dallas Cowboys é ou vai ou racha mas agora que Tony Romo está de volta tudo é possível.
Os Dallas Cowboys são últimos classificados na infame NFC Este. Mas numa divisão tão perturbada ainda não estão arredados da possibilidade de chegar aos play-offs. Os Cowboys estão com três vitórias e sete derrotas e não por acaso Tony Romo alinhou de início nas primeiras e esteve ausente nas segundas. É tão simples como isso. Bem, simples nunca é nesta modalidade, mas faz uma enorme diferença. No fim de semana passado o quarterback, que estava lesionado desde a segunda semana, voltou a assumir a liderança da equipa e quebrou a série de sete desaires consecutivos que os Cowboys sofreram com ele de fora. Se Dallas conseguir repetir a proeza de um instante para o outro o seu posicionamento altera-se drasticamente. Com dois triunfos consecutivos podem estar com 4-7 e encostados ao primeiro lugar da divisão a que pertencem.
Este Thanksgiving é de vai ou racha para os Cowboys. Encostados à parede não têm mais margem de erro. Precisam de começar a ganhar jogos como se não houvesse amanhã, ou não haverá mesmo. Isso pode jogar a favor deles: é o plano A, B e seguintes.
Dez Bryant ainda não está a cem por cento – também ele esteve afastado com um dedo o pé partido – mas é uma questão de tempo. Se ele e Romo fizerem clique, cuidado, porque aí Dallas pode efetivamente entrar em modo turbo para fechar a temporada regular.
Romo teve uma exibição muito competente frente a Miami (24-14) completando dezoito dos vinte e oito passes tentados, para duzentas e vinte e sete jardas e dois touchdowns. O que é excelente para alguém que esteve tanto tempo sem competir. Mas a defesa de Carolina é de outro calibre.
Os Carolina Panthers não estava entre os candidatos ao Super Bowl no arranque da temporada mas semana após semana foram ganhando e apresentando a sua pretensão. Devo dizer que surpresas destas são sempre muito bem-vindas e esta margem de imprevisibilidade é um dos componentes que mais me encanta na NFL. Dez jornadas consecutivas a vencer não pode ser sorte, nem sequer benesses de um calendário favorável. Não. Carolina vence e convence, independentemente de que tenha pela frente. No domingo passaram o rolo compressor sobre os Washington Redskins (44-16) com Cam Newton a fazer mais uma exibição que justifica plenamente inclui-lo nos candidatos a MVP: vinte e um passes completos de trinta e quatro tentativas, duzentas e quarenta e seis jardas e cinco touchdowns. Outros Qb’s nesta liga têm muito mais armas ao seu dispor mas Cam é ele próprio a arma que dá à ofensiva de Carolina, finalmente, uma rede intrincada e versátil de possibilidades. Mas se noutros anos os Panthers eram apenas Newton agora ele tem um elenco de suporte completo, começando pela unidade defensiva. Carolina lidera os rankings da NFL em turnovers, é terceira no número de sacks e tem nas suas fileiras o candidato a Jogador Defensivo da temporada, Josh Norman. O CB vai ser decisivo no embate com Dallas, já que lhe caberá anular Dez Bryant. E eu sou capaz de apostar que não vai perder o duelo.
| Dallas Cowboys | Carolina Panthers | Bank of America Stadium (Charlotte) | V 19-14 |
| Dallas Cowboys | Carolina Panthers | Cowboys Stadium (Arlington) | V 21-7 |
| Dallas Cowboys | Carolina Panthers | Bank of America Stadium (Charlotte) | V 20-13 |
| Dallas Cowboys | Carolina Panthers | Bank of America Stadium (Charlotte) | V 35-14 |
| Dallas Cowboys | Carolina Panthers | Bank of America Stadium (Charlotte) | V 24-20 |
Os Cowboys ganharam todos os cinco confrontos com os Panthers na última década mas as equipas que se vão defrontar na noite de quinta-feira estão em momentos bem distintos. Sem Romo os 10-0 de Carolina davam-lhes claramente o favoritismo. Assim, ainda acredito que saíram por cima mas o jogo vai ser bem renhido, até aos instantes finais.
