Croácia – Dinamarca (Mundial 2018)

A Croácia impressionou na fase de grupos ao vencer o Grupo D só com vitórias e agora defronta a Dinamarca por um lugar nos quartos de final do Mundial 2018. O momento alto foi o triunfo sem espinhas sobre a Argentina de Messi, com Modric a brilhar bem forte. Os dinamarqueses foram segundos no Grupo C e o único golo concedido nas primeiras três jornadas foi de penálti. É provável que a seleção croata tenha que lidar com alguma frustração para chegar ao golo, o que não é o seu forte.

A Croácia chega a estes oitavos de final cavalgando a crista da onda. Se houve equipa que impressionou na fase de grupos pelo futebol praticado foi a de Zlatko Dalic. As antevisões do Mundial indicavam este como o grupo da morte mas o certo é que a Croácia se qualificou só com vitórias, enfrentando adversários bem complicados. Em três jogos marcou sete golos – Nigéria (2-0), Argentina (0-3) e Islândia (1-2) – e encaixou apenas um, na última partida em que já estava apurada e poupou vários titulares.

O triunfo sobre os nigerianos, no jogo de estreia, foi importante para marcar o tom mas foi o duelo com os argentinos é que fez toda a diferença no modo como esta seleção é encarada. A certa altura, ficou a sensação de que se a Croácia quisesse pisar o acelerador e humilhar o marcador podia facilmente ter sido ainda mais expressivo. Luka Modric fez uma partida brilhante, quase encarnando uma aura de Messi, na forma como criativamente encontrou as alavancas para derrubar a seleção sul-americana.

No último encontro, Dalic decidiu poupar alguns jogadores como Ivan Rakitic, Marcelo Brozovic ou Mario Mandzukic. Curiosamente, o médio do Real Madrid foi a jogo de início e só foi dispensado nos últimos vinte e cinco minutos. Agora estas figuras regressam todas ao alinhamento. A Croácia tem oito jogadores em risco de falhar o próximo jogo se virem mais algum amarelo, entre eles os três que o selecionador achou por bem manter no banco frente à Islândia.

Quem acompanhou o Euro 2016 sabe que esta equipa croata é imprevisível. Da mesma forma como uma ou duas coisas a correr de feição chegam para a embalar para exibições entusiasmantes, um percalço, um erro ou o simples estar em desvantagem, situação que ainda não tiveram que enfrentar, pode chegar para um desmoronamento coletivo.

Onze Provável: Subasic – Vrsaljko, Lovren, Vida, Strinic – Rakitic, Brozovic, Modric – Rebic, Mandzukic, Perisic.

A Dinamarca apurou-se com o segundo lugar no Grupo C, atrás da França, com uma vitória – Peru (0-1) – e dois empates – Austrália (1-1) e França (0-0). Não se pode dizer que a formação de Christian Eriksen e Kasper Schmeichel tenham tido que ultrapassar grandes desafios. Sendo uma formação com uma defesa sólida e que aposta no seu médio criativo para desbloquear, tinha as condições ideias para frustrar o jogo impulsivo dos peruanos. Mais ainda para travar uma seleção australiana que chegava sem rumo. Quando chegou ao duelo com a França estava em circunstâncias propícias também. Não tinha que assumir o jogo para o ganhar. Bastava-lhe evitar a derrota. Ainda por cima, os gauleses também já estavam a fazer gestão de esforço para a fase seguinte, portanto não enfrentaram uma França na sua máxima força.

Há que sublinhar que a Dinamarca marcou dois golos nos primeiros três jogos, manifestamente pouco. Sobretudo se se virem na necessidade de marcar para dar a volta ao marcador. Mas também é certo que o único golo sofrido na fase de grupos foi de penalti.

William Kvist é baixa por lesão. Poulsen regressa depois de cumprir jogo de suspensão.

Onze Provável: Schmeichel – Dalsgaard, Kjaer, Christensen, Larsen – Schone, Delaney – Poulsen, Eriksen, Sisto – Jorgensen.

Dinamarca	1-2	Croácia	Amigáveis 2004
Croácia	0-1	Dinamarca	Amigáveis 1999
Dinamarca	3-1	Croácia	Mundial 98 [Q]

O último confronto entre as duas seleções foi um amigável há catorze anos, ganho pelos croatas.