Costa do Marfim – Tunísia (CAN 2013)
Na segunda jornada do Grupo D da Taça das Nações Africanas, a Costa do Marfim enfrenta a Tunísia, num jogo que decidirá, muito provavelmente, o vencedor do grupo. Depois de ambas as equipas terem confirmado o favoritismo com vitórias na primeira jornada, a sua candidatura ao título será testada neste frente a frente.
Quer a Tunísia, quer a Costa do Marfim alcançaram a vitória com golos tardios, embora, no caso dos costa-marfinenses, a sua superioridade não tenha sido colocada em causa. Apontados como os grandes favoritos a vencer a CAN, a equipa da Costa do Marfim entrou bem, com um golo, mas pareceu algo apática perante a reação do Togo, não mostrando ainda uma postura competitiva muito elevada, algo que até tem sido habitual em edições anteriores da prova.
O onze do técnico Sabri Lamouchi não apresentou grandes surpresas. Na baliza, Copa Barry continua como titular indiscutível, com Eboué a ocupar a lateral direita, Tiené na esquerda e as dupla de centrais constituída por Bamba e Kolo Touré. No meio-campo, Zokora, Ya Konan e Yaya Touré tinham as responsabilidades de equilibrar a equipa e alimentar o trio ofensivo.
Max Gradel e Gervinho ocupam as faixas, embora ambos apareçam regularmente no centro do terreno, onde Didier Drogba continua a ser dono e senhor da equipa. Apesar de uma exibição mais apagada, Drogba mantém-se como a figura a quem os marfinenses podem recorrer nos jogos decisivos. Frente ao Togo, foi Gervinho quem acabou por estar em destaque, marcando o golo da vitória e surgindo sempre muito ativo no ataque às linhas recuadas do adversário.
Frente à Tunísia, a Costa do Marfim terá de recorrer a todo o seu arsenal, tendo em conta que a equipa do norte de áfrica demonstrou ser das defensivas mais seguras deste torneio. Sabri Lamouchi, que foi internacional pelos tunisinos, sabe bem o que terá que enfrentar.
O conjunto treinado por Sami Trabelsi é um onze fechado e calculista, que oferece a iniciativa de jogo ao adversário, esperando no contra-ataque encontrar um caminho para o golo. Não será nunca de esperar muitos golos num jogo em que a Tunísia esteja em campo.
Bem Cherifia, o jovem guarda-redes do Esperance, foi a opção para a baliza, com a liderança defensiva entregue a Abdennour, o central do Toulouse. Ifa, Hicheri e Chemmam completam um quarteto que conta ainda com a presença próxima de dois médios com características defensivas, Mouelhi e Traoui, uma dupla que se conhece bem por jogarem juntos no Esperance, ambos com experiência e excelente capacidade de colocação. Estes seis jogadores funcionam como uma cápsula onde é difícil de penetrar.
Com a lesão de Jemaa, a equipa tunisina perde o seu jogador com características mais adaptáveis a uma posição de ponta-de-lança, sendo que dificilmente o veremos em campo no que resta desta competição. Assim, Msakni e Khelifa terão maiores responsabilidades de marcar golos, dois jogadores muito rápidos e com grande qualidade técnica. Msakni marcou um golo memorável, compensando assim as dificuldades demonstradas por ter sido colocado mais no meio, quando Jemaa saiu. Com Hammami a ocupar uma posição mais próximo dos outros médios, fica a dúvida de caber a Darragi ou a Harbaoui a ocupação do lugar do lesionado. Outra das opções poderia passar pela chamada de Dhaouadi, outro jogador veloz e com boa capacidade para ocupar uma posição na frente de ataque ou nos extremos.
Em 17 encontros disputados entre as duas seleções, a Tunísia leva magra vantagem, com seis vitórias, frente a cinco da Costa do Marfim. Ainda assim, num encontro muito equilibrado, fica difícil de antever um resultado, sendo que os principais artistas de ambas as equipas acabarão por ser decisivos sobre o desfecho final da partida:
Tunísia | 0-2 | Costa do Marfim | Amigáveis 2012 |
Tunísia | 0-0 | Costa do Marfim | Amigáveis 2009 |
Tunísia | 2-0 | Costa do Marfim | Amigáveis 2008 |
Costa do Marfim | 0-2 | Tunísia | Amigáveis 2008 |
Tunísia | 0-2 | Costa do Marfim | Amigáveis 2004 |
A maior experiência da Costa do Marfim nos grandes palcos poderá ter a sua importância, mas é bom não esquecer que os tunisinos, embora menos conhecidos na Europa, são um dos mais poderosos países africanos, quer ao nível de seleções, quer ao nível das equipas.
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