Coreia do Sul – Honduras (Jogos Olímpicos 2016)
Enquanto a Coreia do Sul apresenta uma larga experiência nos Jogos Olímpicos, tendo estado sempre presente desde 1988, contando com uma presença nos quartos-de-final em 2004 e uma medalha de bronze em 2012, as Honduras fazem no Rio a sua quarta presença, terceira consecutiva, sendo que em 2012 atingiram os quartos-de-final. Ou seja, estamos perante duas equipas com experiência nesta prova e, no caso dos coreanos, até na corrida para repetir uma presença no pódio. Mas será que o caminho está facilitado por defrontar as Honduras? Não nos parece.
A Coreia do Sul é uma das presenças mais regulares nos Jogos Olímpicos, comprovando que nos últimos trinta anos, o futebol coreano de seleções é uma das referências do futebol asiático. Presente em todos os Mundiais desde 1986 e em todos os Jogos Olímpicos desde 1988, não deixa de ser curioso, no entanto, que as boas prestações nas provas internacionais (quarto lugar no Mundial em 2002, medalha de bronze olímpica em 2012) não tenha reflexo na Taça da Ásia, onde a sua última vitória data de 1960. No entanto, neste período de trinta anos, jogaram duas finais e ficaram três vezes em terceiro lugar. A equipa coreana também chega ao Rio com um plantel muito equilibrado, onde se destacam, na frente de ataque, vários jogadores com larga experiência na Europa. Son, do Tottenham, Ryu, do Bayer Leverkusen, e Suk, ligado do FC Porto e emprestado ao Trabzonspor, elevam o nível de um conjunto que costuma ter na velocidade e na transição as suas principais armas. A falhar, apenas, uma superior organização defensiva, muitas vezes com lacunas físicas, que terá que ser ultrapassada perante uma equipa, a das Honduras, que tem no choque um dos seus pontos fortes.
Onze Provável: D-J Kim – S-C Lee, G-B Choi, S-H Jung, S. Sim – H-S Jang, Y-W Park – C-H Kwoon, C-J Moon, H-M Son – H-J Suk.
A seleção das Honduras pode ter surpreendido alguns por ter afastado os Estados Unidos no apuramento para estes Olímpicos, mas depois de ter marcado presença nas últimas duas edições, é preciso creditar este país como um dos emergentes no quadro da América Central, que tem na Costa Rica o seu representante mais conhecido. Curiosamente, o treinador da equipa sensação do Mundial 2014 é, agora, o selecionador das Honduras, Jorge Luís Pinto, colombiano que parece especializado em brilhar naquele ponto do planeta. Sabia-se, à partida, que as Honduras poderiam criar dificuldades a seleções com maior currículo, porque a dimensão física e a velocidade do seu jogo criam muitas dificuldades aos adversários. A vitória frente à Argélia surgiu com forte contributo do guarda-redes adversário, mas a forma como defrontou Portugal e, no último encontro, quase bateu a Argentina, deixa bem claro o tipo de dificuldades que os coreanos vão ter que defrontar. Apesar de menor experiência internacional dos seus jogadores, os hondurenhos terão o estilo de jogo que mais poderá afetar a organização coreana e será nesse confronto de estilos que se acabará por decidir um dos semi-finalistas dos Jogos Olímpicos.
Onze Provável: L.Lopez – A. Vargas, J.Palacios, M.Pereira – B.Ramirez, A.Banegas, B.Acosta, Garcia – A.Elis, R. Quioto – A. Lozano.
As duas seleções defrontaram-se na fase de grupos dos Jogos Olímpicos de 2008, com a Coreia do Sul a vencer por 1-0.
O favoritismo parte do lado da equipa asiática, ainda que se preveja um encontro muito equilibrado e eventualmente decidido com poucos golos.