Era suposto o duelo entre United e Liverpool dominar a jornada vinte e um da Premier League mas o jogo de Old Trafford foi uma espécie de anticlímax. O encontro em Goodison Park foi o grande destaque. O Everton aplicou quatro sem resposta aos Citizens. Pep Guardiola já admite que o seu Manchester City pode estar fora da corrida ao título.
Um empate que sabe a derrota

O empate não serviu os intentos de nenhuma das partes e tanto Mourinho como Klopp acharam que mereceram vencer a partida.
A jornada vinte e um terminava com a deslocação do Liverpool a casa do Manchester United. Em virtude da rivalidade entre os dois clubes e a importância dos três pontos para as respetivas ambições de progredir na tabela classificativa carregavam o encontro ainda de maior excitação. Como acontece muitas vezes nestas coisas, o empolgamento acaba por gerar frustração. O encontro terminou empatado a um, o que deixa as duas partes insatisfeitas. Os Reds voltam a ver o Chelsea ganhar distância e perdem mesmo o terceiro lugar para o Tottenham. O United desperdiçou a oportunidade de alcançar os rivais de Manchester, que tinha isso perder ao terreno dos azuis de Liverpool.
Os visitantes marcaram primeiro, através de uma grande penalidade convertida por James Milner, e os da casa chegaram à igualdade aos oitenta e quatro minutos, pelo inevitável Zlatan Ibrahimovic. No fundo, o recursos das bolças bombeadas para a área do Liverpool, à procura das torres gémeas, Ibra e Fellaini, surtiu o seu efeito mínimo, que foi o de evitar a derrota em Old Trafford. Klopp e Mourinho desentenderam-se na lateral e ambos terminaram o jogo considerando que a sua equipa tinha sido a melhor e que o adversário não merecia o ponto que amealhou.
City já não é candidato ao título (?)
A derrota do City em Goodison Park (4-0) deixou o Manchester City a dez pontos da liderança e Pep Guardiola reconhecia, no rescaldo, que a sua equipa pode estar em definitivo arredada da luta pelo título. Os Citizens caem para o quinto lugar, com quarenta e dois pontos, a dois do Arsenal e com o United logo atrás. É um problema para as ambições da equipa mas é sobretudo um golpe na autoconfiança do clube.

Na lateral Guardiola dava mostras de preocupação. O City tem que encontrar rapidamente uma forma de se blindar.
Não era nenhum segredo que o City tem fragilidades defensivas e que, ao contrário do que muito afirmam não se resumem a John Stones nem à relação entre Claudio Bravo e a linha defensiva. A equipa não sabe lidar com a agressividade do outro lado, com a pressão sobre o portador da bola. O que aconteceu em tempo mais recentes é que os adversários vão aprendendo uns com os outros a tirar partido dessa característica. Ronald Koeman soube montar a equipa para receber o amigo Pep. Romelu Lukaku marcou o primeiro aos trinta e sete minutos e Kevin Mirallas fez o segundo no regresso dos balneários. A partir daí o estado mental das duas equipas era o inverso. Os Toffees estavam motivadíssimos para seguir a estratégia, os Citizens lutavam muito mas sem confiança na ideia de jogo. No banco, o treinador catalão parecia absorto nos seus pensamentos. É verdade que tem muito que pensar.
Uma última referência para o triunfo do Hull City na receção ao Bounemouth. A equipa de Marco Silva entrou a perder mas mostrou resiliência para dar a volta ao resultado. Era importante esta reação porque dificilmente terá pontos fáceis no próximo mês de competição.
Boas Apostas!