Já não pode haver quaisquer dúvidas. Ao ir vencer o City ao Etihad o Chelsea reforça a sua condição de líder da Premier League e passa a ser o favorito para chegar ao fim da temporada com mais um título. Na batalha de mentes brilhantes, o italiano superou o catalão. Foi a oitava vitória consecutiva do conjunto de Antonio Conte e neste período sofreu apenas dois golos. Liverpool não aproveitou e o Leicester voltou a perder frente aos últimos classificados.

Blues vão embalados

Como se antecipou as duas equipas subiram ao relvado do Etihad com um sistema de três centrais. O Manchester City atacou com tudo e durante uma hora dominou a partida. Kevin de Bruyne teve pelo menos duas oportunidades flagrantes desperdiçadas, que com o autogolo de Gary Cahill deixariam os Citizens numa posição bastante confortável. Mas ao não entrarem, a equipa ficou exposta. Os golos de Diego Costa e Willian, entre os sessenta e os setenta minutos, viraram o sentido da partida. O Chelsea voltou a estar irrepreensível: organizado, alerta, agressivo, e, sobretudo, de uma eficácia letal.

A confusão gerada nos minutos finais vai custar ao City as ausências de Aguero e Fernandinho para as próximas partidas.

A confusão gerada nos minutos finais vai custar ao City as ausências de Aguero e Fernandinho nas próximas partidas.

Vai-se falar bastante do lance de David Luiz e se o bloqueio que fez a Hazard devia ter originado consequências severas por parte da equipa de arbitragem. Vai-se falar do árbitro e do facto de não ter tido mão num encontro que foi durinho desde o início. Mas há que fazer a respetiva vénia a Antonio Conte. O treinador italiano está a fazer a diferença. Ao ponto de, neste momento, as dúvidas sobre o Chelsea se terem dissipado. Os Blues são primeiros classificados e com o embalo que levam é bem possível que cheguem ao fim como mais um título. Justiça seja feita, Conte herdou a equipa montada por Mourinho, que é, ao que se vê, muito equilibrada. E soube, da forma pragmática como já tinha trabalhado a seleção italiana, olhar para os recursos disponíveis e tirar deles o máximo partido. Continuo a dizer que o facto de não estar nas competições europeias é um diferencial que no imediato vai jogar a favor do Chelsea. Falta, por exemplo, profundidade no plantel, para assumir duas frentes de máxima exigência.

Fragilidades defensivas autossabotam o Liverpool

Ao saltar do banco o jovem médio escocês deu início à remontada, com um golo e uma assitÊncia.

Ao saltar do banco o jovem médio escocês deu início à remontada dos Cherries, com um golo e uma assistência.

Os Blues isolaram-se no primeiro lugar com a vitória mas também beneficiaram da derrota do Liverpool na ida a Dean Court. Os pupilos de Jurgen Klopp estiveram a vencer por duas bolas a zero ao intervalo, 1-3 ao chegar ao último quarto de hora. À saída para os balneários o clube da casa estava em sérias dificuldades. O Liverpool jogava muito, circulava a bola a seu belo prazer e criava situações de perigo com toda a naturalidade. Mas nos quinze minutos finais as brechas defensivas deitaram tudo a perder. Três golos neste período e o AFC Bournemouth guardou os três pontos. Não podemos deixar de referir a entrada inspirada de Ryan Frasier, que mexeu com o jogo.

Com este deslize os Reds continuam emparelhados, em igualdade pontual, com os Citizens, mas foram ambos ultrapassados pelos Gunners, que golearam o West Ham. Por falar em goleadas, os Spurs, que deram cinco ao Swansea, fazem pressão vindos de trás.

Acorda, Leicester

Esperava-se que os Leicester City se aplicasse a fundo em recuperar posições na tabela, agora que despachou, no imediato, a qualificação para os oitavos da Liga dos Campeões. Mas o campeão em título foi perder ao Stadium of Light, até essa altura casa do último classificado da Liga Inglesa. Uma contribuição que o Sunderland agradece mas que coloca os Foxes na luta pela sobrevivência no primeiro escalão inglês, dois pontos acima da zona de despromoção.

Boas Apostas!