Bom filho a casa torna.

José Mourinho voltou a Londres, em 2013/2014, para relançar o Chelsea nos títulos. Um objectivo alcançado esta época com a conquista do campeonato.

Estratégia

O Chelsea sagrou-se campeão da Premier League no passado domingo, com uma vitória caseira sobre o Crystal Palace, por 1-0, com golo de Hazard, a estrela maior dos blues. A vitória selou a réstia de esperança que os adversários directos tinham de ver o Chelsea a escorregar e a perder o campeonato nas jornadas finais.

Com 3 jornadas para o fim, o Chelsea soma 83 pontos, mais 13 que o 2º classificado, Manchester City. Destaque para o registo de 25 vitórias, 8 empates, 2 derrotas, 69 golos marcados e 27 sofridos.

O médio belga tem sido um dos destaques da equipa de José Mourinho, mas não é o único. O treinador português recuperou jogadores experientes, como Terry e Drogba, quando muitos pensavam que o momento de ambos já tinha passado. Defensivamente, Courtois e Matic foram dois pilares na arte de bem defender. Juntamente com o prodígio belga, Fàbregas e Diego Costa figuram como os responsáveis pelo título. Duas contratações sonantes e que elevaram o futebol dos blues e relançaram o Chelsea na conquista dos títulos.

Chelsea 2 - 4 Bradford City

Atípico foi a derrota em casa, perante o Bradford City, por 4 a 2, que afastou os blues da FA Cup

O espanhol, de 28 anos, chegou do Barcelona, a troca de 33 milhões de euros, para encaixar no meio-campo do Chelsea e fazer dupla com o ex-benfiquista, Matic. A dinâmica que Fàbregas implementou ao sector intermédio fez com que o Chelsea atingisse outro estatuto. Com 32 jogos na Premier League, 3 golos e 18 assistências, o espanhol é um dos favoritos ao prémio de Melhor Jogador da época.

Diego Costa chegou ao Chelsea esta época, vindo do Atlético de Madrid, a troco de 38 milhões de euros. Mourinho pediu e acertou com a sua aposta. O hispano-brasileiro é o terceiro Melhor Marcador do campeonato, com 19 golos, menos 3 que Kun Agüero. A diferença reside no número de jogos. Diego Costa leva 24 jogos no campeonato, número inferior aos 30 de Agüero. Um registo que se deve às lesões enfrentadas esta temporada que o obrigaram a parar.

A saída de David Luiz foi fundamental para que José Mourinho pudesse organizar o Chelsea da forma como tinha pensado. Os cerca de 50 milhões de euros recebidos permitiram ao Chelsea atacar o mercado e escolher jogadores de topo para posições carenciadas.

Lukaku também significou uma entrada significativa de dinheiro nos cofres londrinos. Perto de 36 milhões foi o valor que o Everton pagou. Schurrle, Bertrand, Demba Ba e Fernando Torres também abandonaram o clube, abrindo vagas para as entradas de Cuadrado, Filipe Luís e Remy que, apesar de não serem primeiras opções, ofereceram ao Chelsea uma segunda-linha de luxo.

Desafios

Juntamente com a Premier League, o Chelsea conquistou, esta temporada, a Football League Cup, frente ao Tottenham. Vitória por 2-0, com golos de Terry e Walker na própria baliza.

Chelsea 2 - 4 Bradford City

Atípico foi a derrota em casa, perante o Bradford City, por 4 a 2, que afastou os blues da FA Cup

Na Liga dos Campeões a história foi diferente. O emblema inglês teve a passagem aos quartos-de-final nas duas mãos, mas acabou por se deixar empatar em casa, a dois golos, frente a um PSG reduzido a 10 unidades desde os 31 minutos, sendo que o jogo só se resolveu no prolongamento, depois do empate a uma bola em Paris.

Este será o grande desafio do Chelsea, de Mourinho, na época 2015/2016. O sucesso da Europa terá de passar, sempre, pelas meias-finais da Liga dos Campeões.

Internamente, não houve quem fizesse frente aos blues, com excepção feita para a derrota, por 4-2, em casa, frente ao Bradford City, no jogo a contar para os 16avos-de-final da FA Cup, um resultado decepcionante que ditou o afastamento da competição.

Mourinho foi acusado de adoptar uma postura muito conservadora ao longo da temporada. Contra equipas teoricamente mais acessíveis, o Chelsea vencia mas, deixava a sensação que podia ser muito melhor. A verdade é que a mentalidade defensiva das equipas de José Mourinho têm dado resultados e, enquanto assim for, o treinador português não abdicará desta sua nova identidade e matriz de jogo.

A conquista da League Cup e da Premier League amenizou a desilusão pela campanha negativa na Liga dos Campeões. Na próxima época, José Mourinho sabe que terá de fazer muito melhor, com a pressão a aumentar e com os rivais, Manchester City, Manchester United, Arsenal e Liverpool a investirem para contrariarem o domínio do Chelsea.

Boas Apostas!