Chaves – Braga (Liga NOS)
O Municipal de Chaves receberá um dos jogos mais interessantes desta jornada, pelas ligações estabelecidas entre as duas equipas. Chaves e Braga estão intimamente ligados pela passagem de Jorge Simão, que começou a temporada em Trás-os-Montes e procura, agora, no Minho, manter a evolução da sua carreira. Com o treinador, viajaram também três jogadores, três peças fundamentais no sucesso da primeira volta flaviense, o que poderia sugerir uma enorme quebra do Chaves. Mas, com Ricardo Soares, a equipa reorganiza-se, procura novas identidades e demonstra qualidade, reforçada com vários nomes que foram chegando. Agora, no reencontro, duas equipas jogarão um pouco como espelhos que se encontram para se ultrapassar.
O Desportivo de Chaves está mais exposto do que há uns meses atrás. Não podes escamotear essa verdade, que passa muito pela forma como os dois treinadores que se irão defrontar vêem o jogo, mas, sobretudo, pelas opções que cada um tiveram ao seu dispor. Ora, o Chaves de Jorge Simão estava baseado na dupla composta por Assis e Battaglia, na forma como estes se complementavam. Assis oferecia uma capacidade de recuperação de bola que, nas linhas recuadas do Desportivo, ofereciam muita segurança para os raides de Fábio Martins e Perdigão. Battaglia, pelo critério, permitia também uma gestão superior do tempo do jogo. Em suma, o Chaves era uma equipa montada para roubar pontos a equipas que tivessem mais iniciativa. Ora, neste momento, essa é uma das fragilidades do flavienses. A equipa está mais preparada para te bola, as dinâmicas sugerias por Bressan e Pedro Tiba são de qualidade, mas na transição defensiva, a equipa sofre. Para mais, devido a estarem emprestados pelo Braga, Pedro Tiba e Fábio Martins ficam de fora das opções, tal como os lesionados William e Felipe Lopes. Fábio Santos, Vukcevic e Mathaus são dúvidas. Depois de três derrotas, a vida não está fácil para Ricardo Soares.
Onze Provável: António Filipe – Pedro Queirós, Ponck, Victor Massaia, Nélson Lenho – Batatinha, Bressan, João Patrão, Perdigão – Rafael Lopes, Braga.
Depois de seis jogos sem vencer, o Braga conseguiu voltar a somar três pontos, na recepção ao Arouca, o que permitiu a Jorge Simão respirar um pouco e apontar para uma ponta final de campeonato onde possa confirmar presença entre os quatro primeiros classificados, mantendo em vista a eventualidade de aproveitar mais escorregadelas do Sporting. Mas a modificação imposta pelo treinador Jorge Simão na sua chegada à Braga não facilitou esta adaptação. A procura de um Braga mais ríspido, mais duro, mais impositivo no duelo físico, acabou por quebrar as qualidades que a equipa vinha anunciando. Simão tentou um Chaves em Braga que fica aquém das necessidades de uma equipa com a responsabilidade dos bracarenses, sabendo a pouco e expondo a equipa a resultados pouco condignos com o seu estatuto. No regresso a Chaves, uma equipa que conhecerá muito bem (apesar das alterações realizadas), Jorge Simão sabe bem como precisa de uma vitória para se manter desperto e activo na busca dos seus objectivos. Ricardo Ferreira, Battaglia, Mauro e Hassan estão lesionados, enquanto Baiano e Velázquez são dúvidas.
Onze Provável: Marafona – Paulinho, Artur Jorge, Rosic, Djavan – Alan, Rafael Assis, Vukcevic – Fede Cartabia, Rui Fonte, Pedro Santos.
Na primeira volta, ainda com Jorge Simão em Chaves, foi o Braga quem venceu, por 1-0.
Jogo de tripla, ainda que o Braga chegue com mais forças disponíveis para garantir os três pontos da vitória.