Esta terça e quarta-feira disputou-se a 2ª mão dos oitavos de final entre o Benfica e o Borussia Dortmund, PSG e Barcelona, Real Madrid e Nápoles, e Bayern de Munique e Arsenal. O verdadeiro destaque vai para o jogo histórico em Barcelona, com os catalães a conseguirem dar a volta a uma eliminatória onde estavam com 4 golos de desvantagem da 1ª mão, conseguindo a qualificação.

Barça faz história em Camp Nou

O lance do golo que Sergi Roberto nunca mais irá esquecer.

O lance do golo que Sergi Roberto nunca mais irá esquecer.

Depois de ter perdido por4-0 na primeira mão, em Paris, o Barcelona precisava de conseguir uma reviravolta histórica para garantir acesso aos quartos de final, algo que para muitos estava já dado como impossível. Num jogo onde só deu Barcelona durante 90 minutos, os catalães precisavam de entrar a matar e procurar golos desde o primeiro minuto. E assim o fizeram. Apenas 2 minutos depois de começar o jogo Luis Suárez estava a fazer o 1-0. Pouco depois, Neymar podia ter aumentado a vantagem, mas rematou por cima da trave da baliza defendida por Trapp, num bom lance de perigo.

Antes do intervalo houve tempo para o Barcelona conseguir o 2-0 no marcador, muito graças a insistência de Iniesta, que pressionando Marquinhos, que tentava proteger a bola e deixa-la sair pela linha de fundo, com o médio a ganhar espaço ao defesa e, de calcanhar a toca-la para dentro de área, com Kurzawa a ter a infelicidade de fazer um auto-golo. O intervalo acabou por chegar e a vantagem parisiense já estava cortada a meio. O PSG entrou em campo com a equipa mais subida na segunda parte mas sempre com grandes dificuldades em se aproximar da baliza de Stegen, com Messi a aumentar ainda mais a vantagem, para 3-0, aos 49 minutos, na sequência de uma grande penalidade de Thomas Meunier sobre Neymar. A remontada catalã estava lançada e o PSG sabia perfeitamente que não podiam tentar segurar o resultado até ao final do jogo e partir à procura do golo. Pouco depois do 3-0, Cavani acerta com uma bola ao poste da equipa da casa e, aos 61 minutos, o avançado uruguaio não desperdiçou e fez o 3-1 com um forte remate de primeira dentro de área, assistido por Kurzawa.

O golo de Cavani gelou as bancadas de Camp Nou, com as contas a complicarem-se ainda mais e com a qualificação muito mais longe. Os jogadores sentiram o golo de Cavani e o Barcelona acabou por quebrar durante grande parte do segundo tempo, mostrando menos intensidade e organização, mas continuaram a procurar novamente o golo que lhes trouxesse de volta a esperança. Foi então apenas nos últimos minutos de jogo que se escreveu um novo capítulo da história do futebol europeu. Aos 87 minutos Neymar, de livre-directo, reacende a esperança catalã ao marcar um grande golo, deixando Trapp pregado ao relvado. O marcador apontava 4-1 e haviam apenas mais alguns minutos para marcarem mais 2 golos.

O ambiente voltou ao rubro em Camp Nou e o Barcelona voltou a pressionar muito o PSG, que apenas conseguiu fazer 4 passes desde que Neymar marcou o golo de livre. Sim, 4 passes. Aos 89 minutos, um pênalti mal assinalado sobre Luis Suárez, que simulou descaradamente, trouxe o 5-1 para o Barcelona, com Neymar a não desperdiçar na marca do castigo máximo. O árbitro deu ainda 5 minutos de descontos, e os catalães encostaram o PSG à sua baliza de Trapp. Sergi Roberto, em campo desde os 76 minutos, seria quem fecharia as contas depois de um passe de Neymar no último lance do jogo.

Era de esperar um grande jogo de futebol nesta eliminatória. Mas esta qualificação do Barcelona foi um verdadeiro hino ao futebol.

Fim da linha para as Águias

Gabonês foi o carrasco do Benfica, em Dortmund.

Gabonês foi o carrasco do Benfica, em Dortmund.

Com uma mínima vantagem de 1-0 sobre o Borussia Dortmund da primeira mão, o Benfica viajou até Dortmund na tentativa de levar a melhor e alcançar os quartos de final, mas encontrou um gigante alemão pelo qual não conseguiu passar, acabando derrotado por 4-0. A vantagem que tinham conquistado na Luz rapidamente foi deitada abaixo, com Aubameyang a mostrar logo aos 4 minutos que a sua falta de pontaria da 1ª mão não se iria repetir. Canto batido aos 4 minutos, Pulisic penteia a bola e Aubameyang, sozinho a saltar ao segundo poste, fez o 1-0.

Foi um golo duro e madrugador, que deixava as contas todas em aberto. Ainda assim, os Encarnados responderam bem ao golo, mas não era possível deixar de notar as enormes dificuldades que tinham em chegar ao último terço do campo, alcançando-o apenas duas vezes na primeira parte, aos 223 minutos Cervi rematou de pé direito à baliza de Burki, sem perigo, e depois aos 31, de livre batido por Pizzi e com Luisão a cabecear para a baliza, mas com o guarda-redes suíço a mostrar-se atento. O Benfica manteve-se vivo para a segunda parte e foi mesmo o primeiro a criar perigo, com Cervi a receber sozinho dentro de área, mas com o seu remate a acabar por ser bloqueado. Foi a ocasião perfeita para os Encarnados voltarem a estar na liderança. Aos 58 minutos começou o pesadelo Encarnado, Piszczek faz um passe a rasgar para a desmarcação de Pulisic que não perdoou a Ederson, picando a bola por cima do brasileiro. O Benfica ainda estava a tentar reorganizar-se e o Dortmund acabou com o sonho benfiquista logo aos 61 minutos, apenas 2 minutos depois de terem sofrido o 2º golo. Bola para o corredor esquerdo, cruzamento de Schmelzer e Aubameyang a aparecer na zona de pênalti a finalizar de primeira.

Estes dois golos de rajada abalaram o Benfica. Rui Vitória tentou reagir, lançou Jonas, Zivkovic e Raúl Jiménez, mas até mesmo este sangue fresco foi incapaz de fazer a diferença. Foi Aubameyang quem acabou por marcar o último golo da partida, aos 86 minutos, em contra-ataque e numa jogada semelhante ao 3º golo, mas pelo lado direito, com Gonzalo Castro a assistir o gabonês. O marcador ditava 4-0 e não se viria a alterar, com o sonho dos quartos de final deitado por água abaixo.

Outras curtas da jornada:

  • Bayern de Munique volta a golear o Arsenal, desta vez no Emirates Stadium, por 1-5. No agregado das duas mãos, o Bayern de Munique venceu por 10-2 os Gunners, que voltam a falhar em seguir em frente na prova.
  • No jogo do Real Madrid, Sergio Ramos voltou a mostrar ser uma peça fundamental quando os Merengues mais precisam. O Nápoles marcou na 1ª parte e o jogo foi 1-0 para o intervalo, com o capitão espanhol a marcar dois golos na 2ª parte e a lançar a remontada Blanca, que acabaria por terminar 1-3.

Boas Apostas!