Bósnia-Herzegovina – Chipre (Mundial 2018)
O Grupo H ainda agora começou, com duas jornadas disputadas, mas quer a Bósnia-Herzegovina, quer o Chipre, já mostraram que estarão aquém do que é necessário para estarem no Mundial 2018. Se para a equipa cipriota essa parece ser uma realidade à qual estarão habituados, para os bósnios, sentir-se-á o lamento de não conseguirem estar ao nível de há dois anos atrás, quando conseguiram marcar presença no Mundial disputado no Brasil. Ainda assim, para a equipa dos Balcãs, o caminho será, com certeza, de luta, porque as diferenças marcadas para com a Bélgica poderão não ser tão grandes frente a uma Grécia que está agora a ressurgir no futebol europeu. Para entrar nessa discussão, tem que ser capaz de ultrapassar o Chipre. Jogos decisivos à terceira jornada.
A Bósnia-Herzegovina sofreu uma pesada derrota na Bélgica, esta sexta-feira, sentindo aí o peso da diferença de qualidade e talento disponíveis para com o favorito do grupo. Um autogolo de Spahic aos 26 minutos, seguido de um golo de Hazard aos 29 deitaram por terra as esperanças da equipa. Outros dois golos sofridos na segunda parte fizeram o resto. Este confronto com a realidade confirma, por um lado, aquilo que todos já imaginávamos. A Bósnia não terá o nível esperado para estar no Mundial. Apesar de ter conseguido o bilhete para o Brasil, depois de falhar o Euro 2016, os bósnios vivem em confronto com as suas limitações. No entanto, estando num grupo onde apenas a Grécia se poderá intrometer entre si e os belgas, mantendo alguma constância exibicional, os bósnios poderão ainda sonhar com um segundo lugar. É por isso que este encontro, em casa, com o Chipre, à terceira jornada, se transforma em momento decisivo. Ou seja, é aqui que está a linha que separará a Bósnia-Herzegovina ambiciosa por nova presença num Mundial e a Bósnia que se limitará a cumprir calendário. É por isso que a vitória é necessária, quase obrigatória.
Onze Provável: Begovic – Bicakcic, Spahic, Zukanovic – Lulic, Medunjanin, Jajalo, Kolasinac – Pjanic – Ibisevic, Dzeko.
Sem presenças em Mundiais ou Europeus, o Chipre está longe de ser uma referência no futebol europeu, podendo até dizer-se que já passou a fase em que terá estado mais perto de poder entrar numa das grandes provas internacionais. Perdidas algumas referências, a equipa do Chipre ainda está algo envelhecida, sofrendo dificuldades para se renovar. A fase de qualificação para um Mundial apresenta, também, maiores dificuldades, sendo que só os dois primeiros classificados podem ambicionar chegar à Rússia, parecendo que um Europeu será mais provável, sobretudo agora que se disputa a 24, do que a prova que reúne as melhores seleções do mundo. Dito isto, os dois primeiros jogos do Chipre neste grupo foram de grande desilusão. O calendário impôs-lhe uma visita da Bélgica, começando por uma derrota por 0-3, seguindo-se uma viagem à vizinha Grécia, onde voltou a não marcar, sofrendo dois golos na sua segunda derrota. Na Bósnia-Herzegovina, encontrará o terceiro conjunto de topo do Grupo H, pelo que se adivinha nova derrota. A terceira derrota, aliás, deverá ser o ponto de não retorno para qualquer aspiração a ser surpresa no caminho para a Rússia.
Onze Provável: Panayi – Demetriou, Dossa Júnior, Laifis, Charalambous – Artymatas, Laban – Charalambidis, Kastanos, Efrem – Mytides.
Estas seleções encontraram-se na fase de qualificação do Euro 2016, com a Bósnia-Herzegovina a vencer no Chipre, mas só depois de ter perdido em casa para a seleção do Mediterrâneo. O favoritismo estará do lado do conjunto bósnio, ainda que tendo em conta que o Chipre tem esse historial de já ter perturbado as ambições das Bósnia uma vez.
